Em meio a tantos FPSs sobre a Segunda Guerra Mundial, a série Battlefield, da Electronic Arts e a DICE, lançou o tão aguardado Battlefield V, prometendo a mesma ação vista em Battlefield 1, com uma física arrojada e gráficos dignos dos melhores jogos da atualidade. É bom lembrar que esse pano de fundo já foi utilizado em outra ocasião, em Battlefield 1942 (2002).
Particularmente, como um fã, faço essa análise com certo gosto. A série marca minha história com os games desde 2002, época do boom das lan houses e das longas jogatinas nas madrugadas. Hoje, com um jogo completamente repaginado, buscarei trazer minhas impressões sobre a tão aclamada série. Se você está curioso pra saber mais, fique ligado em mais uma crítica aqui, no Jornada Geek!
Modo campanha
Não há como começar essa crítica sem abordar o modo single player. Desde o tutorial inicial, maravilhosamente regido por uma narrativa intensa e emocionante, onde os jogadores encarnam soldados em veículos e em manobras à pé, ensinando o básico dos comandos, até as breves campanhas e suas histórias.
Tudo bem, é verdade que o modo Histórias da Guerras poderia ter sido mais bem desenhado, com inimigos um pouco mais espertos e tempo de duração mais longo, mas não há como dizer que a ideia foi horrível. Como se sabe, os jogos hoje acabam por priorizar muito mais os modos online. E bem, aqui, Battlefield V poderia fazer um pouco melhor na diferença. Mas já é algo bom, auxiliando os jogadores, sobretudo os novos, a se guiarem nos campos de batalha.
Jogabilidade e gráficos
No primeiro ponto, Battlefield V tratou de aprimorar o que já andava muito bem em sua versão anterior. Colocou novas armas, veículos e mapas, condizentes com a guerra jogada e acertou nas escolhas. Além disso, conta com novos apetrechos e formas de ajudar as equipes. De pacotes de kit médico e munição até a bombardeios mirados pelos jogadores, a novidade implementada pelo jogo pode auxiliar ainda mais na matança, sendo crucial para a tomada de novos pontos estratégicos.
Mais do que isso, o jogo e as suas ideias fluem tão bem quanto no antecessor. É bem verdade que poderia ter um “algo a mais”, mas a EA e a DICE fizeram um bom trabalho, digno de muitas horas de jogatina. Me incomodou um pouco a dificuldade em desbloquear as armas, mas talvez seja apenas uma questão de tempo – coisa que nem todo jogador pode ter.
Os tiroteios estão bem intensos. Qualquer passo em falso ou exposição exagerada, e uma bala derruba seu soldado. Estratégia e trabalho em equipe seguem sendo aspectos importantes – mesmo que os jogadores no multiplayer pouco dialoguem.
Já na questão gráfica, o jogo da um show. As cutscenes do modo single player são excelentes e muito bonitas. Mas, a grande sacada é a beleza da gameplay, que surpreende. Entre terrenos acidentados e campos floridos, os mapas e personagens são muito bem desenhados. O melhor de tudo é que o jogo não tem grandes problemas para rodar em computadores medianos. Mesmo que custe um pouco do desempenho, as pessoas não ficarão sem jogar.
Agora, só uma coisa me incomoda… Enquanto os jogadores estão caídos, esperando um médico para salvá-los, ocorrem alguns pequenos glitches, que chegam a ser até engraçados. Não influencia a jogabilidade, mas poderia ser algo mais polido.
Multiplayer – o que mudou?
Bem, o multiplayer segue algo muito próximo do que já era visto, contando com os modos Dominação, Ruptura, Conquista e Linhas de Frente. Há também um modo especial e que é o diferencial desta versão, o Operações Grandiosas. Nele, misturam-se os modos anteriores, recriando batalhas monumentais em diferentes momentos da guerra, que são representados diariamente. Em cada data os mapas e estilos de jogo se alternam, onde os resultados das batalhas influenciam diretamente nos dias que se seguem. Essas mudanças impactam os atacantes e os defensores, criando facilidades para um dos lados e, consequentemente, dificuldades para o outro.
Neste modo, há uma necessidade das equipes se balancearem entre as quatro classes, mesmo que nessa versão outros personagens possam curar, além do já tradicional médico. O restante, por exemplo, pode alternar entre batedor, atento sniper que marca e assassina de longe; suporte, que faz o fogo de supressão e assalto, responsável pelo ataque rápido, com um estilo mais equilibrado.
Há uma novidade simples, mas interessante: a maior personalização dos soldados. Nesse aspecto, pode-se escolher desde o sexo do personagem, diferentes aparências, até mesmo as roupas, pinturas faciais e capacetes.
O que está por vir?
Bem, como foi falado antes do lançamento, Battlefield V contaria com mais modos de jogo, como o Combined Arms, modo cooperativo, e o famigerado battle royale, intitulado Firestorm. Todos esses modos serão introduzidos no jogo gratuitamente, para a alegria dos jogadores que já andam cansados das mil e uma DLCs lançadas no mercado, além dos sistemas exagerados de micro transações. Mas isso só acontecerá em 2019.
Veredito
Battlefield V é um grande jogo de tiro, sobretudo se jogado online. Os campos de batalha contam com proporções imensas e os confrontos são densos e belos. Graficamente falando, o jogo é um dos mais bonitos que já vi. Quanto a jogabilidade, ela está no caminho bem sucedido do antecessor, sendo simples e intuitiva.
Com um bom material inicial, o game ainda pode surpreender com suas próximas novidades. O modo battle royale, por exemplo, poderá atrair novos jogadores para os campos de batalha da Segunda Grande Guerra. O modo cooperativo pode agradar aos jogadores mais antigos, assim como eu. E por todo esse material já feito e pelo que está por vir, pode-se considerar Battlefield V como um dos grandes sucessos de 2018, sendo mais um acerto da dobradinha entre a EA e a DICE.
Battlefield V está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC, via Nuuvem, com o preço variando de acordo com a plataforma escolhida. No Metacritic, o jogo ficou com a média de 81 pontos na versão avaliada.
*Review elaborado usando as versões de PC e PS4 do jogo. Cópias fornecidas, respectivamente, pela loja Nuuvem e pela desenvolvedora.
Sobre a Nuuvem
A Nuuvem é a maior loja de jogos digitais da América Latina, feita de gamers para gamers. Focada na transparência com o consumidor, a loja já conta com mais de 1.6 milhões de usuários. Fundada em 2012, a empresa teve sucesso em atrair a atenção do mercado global de games para o Brasil e outros países das Américas, obtendo parcerias diretas com as maiores produtoras de jogos do mercado, como: Warner, Ubisoft e 2K. Trabalhando com o objetivo de oferecer sempre preços mais acessíveis, a Nuuvem possui hoje um catálogo com milhares de títulos, incluindo lançamentos e pré-vendas. Adquira Battlefield V e outros jogos para computadores agora mesmo!