O bom humor é fundamental para aliviar o estresse do dia a dia. A arte de rir de algo ou até de si mesmo é sinal de que aceitamos o lado mais leve da vida para poder seguir mesmo em meio aos problemas. Para Freud, o pai da psicanálise, o humor é um prazer capaz de aliviar a tensão psíquica e uma forma de recuperar os prazeres perdidos dos tempos de infância.
Além disso, faz bem para o organismo: a máxima “rir é o melhor remédio” nunca foi tão verdadeira. O riso libera endorfina, hormônio responsável pela felicidade e diminuição do estresse, fortalecendo até mesmo o sistema imune. O riso também estabelece e fortalece vínculos sociais, aumentando a confiança e também a autoestima, criatividade e resiliência.
Pesquisas também associam o bom humor à redução de dores crônicas, diminuição de pressão sanguínea e até mesmo de doenças do coração. Segundo levantamentos, devemos rir de 10 a 15 minutos por dia para obtermos todos esses benefícios. E, para alcançar esse número, os serviços de streaming são ótimos aliados.
O catálogo da Netflix, por exemplo, esconde várias pérolas do humor, valiosas principalmente para quem acha que já viu de tudo e quer algo completamente novo.
É o caso da série Crashing, uma série original da Netflix, toda rodada na Inglaterra, e que carrega vários tons de humor britânico, sarcástico e leve ao mesmo tempo.
Crashing (2016)
A série, criada e estrelada por Phoebe Waller-Bridge, de “Fleabag”, conta a história dos “guardiões”, um grupo de pessoas que têm em comum o fato de morarem em um hospital abandonado no coração de Londres e que devem protegê-lo, em troca de um aluguel mais barato. No mais, suas diferenças vêm logo à tona nos primeiros episódios, e é quando a comédia se apresenta.
São seis episódios, com cerca de 24 minutos, totalizando cerca de 2 horas, tornando-a perfeita para maratonar. Lulu, a personagem principal, mochileira que transforma tudo em música em seu ukulele, é a mais carismática da série e vive um certo romance com Anthony, seu amigo de infância. Os demais “guardiões” também têm seu lugar na série, envolvendo paixões, neuras e uma série de confusões daquelas bem engraçadas.
Disque Prazer (2022)
Direto ao clima dos anos 80, temos Disque Prazer. A série holandesa conta a história da criação do primeiro telessexo do mundo. Baseado em uma história real, nos remete direto a Amsterdã de 40 anos atrás, e toda sua liberalidade misturada com um clima pesado que envolvia drogas e crimes. Nela, dois irmãos resolvem ter a ideia de criar uma linha telefônica exclusiva para que clientes pudessem ouvir histórias picantes.
Marly, interpretada pela atriz Joy Delima, é uma universitária estudante de psicologia que aceita gravar as falas quentes que farão parte do serviço oferecido pela empresa TeleDutch, de Frank e Ramon Stigter, vividos por Minne Koole e Chris Peters. Logo, os irmãos se veem ricos repentinamente com tamanho sucesso, em meio ao caldeirão cultural que envolve o fim da Guerra Fria, a explosão da música eletrônica e a invenção da droga do amor, XTC.
Boa para maratonar, e entrega muitas risadas.
Master of None (2015)
A premiadíssima Master of None, criada por Aziz Ansari, do igualmente ótimo “Parks and Recreation”, é daquelas séries que, entre uma zapeada e outra no catálogo, pode passar despercebida, mas é altamente recomendada. Com três temporadas lançadas e 25 episódios, baseia-se no cotidiano do ator e comediante e em todas as situações cômicas e sérias da vida, tudo ao mesmo tempo.
Aziz é Dev, o personagem principal, que, em meio aos acontecimentos de sua vida, é capaz de extrair humor e também encarar assuntos como racismo de forma sarcástica, divertida e inteligente. A série está situada completamente nos tempos atuais, logo não faltam referências a tudo que conhecemos. Seu caráter crítico é capaz de fazer pensar e também fazer rir na mesma medida.
Por Que Você é Assim? (2021)
Também situada nos tempos atuais, porém em outro continente, mais precisamente na Oceania,“Por Que Você é Assim?”é uma produção australiana de apenas 6 episódios que conta a história de um grupo de jovens cheios de questões envolvendo trabalho, amor, sexualidade e pertencimento. Em suma, levanta bandeiras como cultura do cancelamento, homofobia e conflitos culturais de maneira despretensiosa.
Mia, Penny e Austin, o trio de amigos principal da série, têm suas próprias causas, mas vivem juntos a experiência do amadurecimento do início da vida adulta. Seus 6 episódios, de cerca de 25 minutos, trazem questionamentos sobre os valores da sociedade, como questões de gênero e depressão, e estão na medida certa para maratonar.
Uma vez que os benefícios do riso estão comprovados pelos mais diversos estudos realizados nas faculdades de psicologia, é só escolher uma pérola escondida no catálogo da Netflix e aproveitar para colocar o bom humor em dia. Além de um tempo de qualidade, é possível pensar sobre os problemas atuais de maneira bem humorada e cuidar da saúde.
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