Como um fã da série, logo que soube do lançamento de Warhammer: Chaosbane, fiquei louco para jogar. O título, desenvolvido pela Eko Software e a publicado pela Bigben para PC, Xbox One e PlayStation 4, é um RPG ambientado no já conhecido universo da saga.
E como todo título lançado com a marca Warhammer, o que tem sido cada vez mais comum, surgem algumas questões. Afinal de contas, com um cartel extenso de jogos, a coisa pode ficar banalizada e perder toda a graça. Será que isso acontece em Warhammer: Chaosbane? É justamente isso que veremos aqui, em mais uma crítica do Jornada Geek!
Onde tudo começa
O jogo se passa um pouco depois de 2301, onde Avasar Kul, um lorde Kurgan consegue reunir as diversas tribos do Chaos e invadir o reino de Kislev, mas sem sucesso, sendo detido por Magnus. Porém, os homens de Kul não foram instintos, resistindo nas terras de Kislev.
Até então, nada de muito excepcional, seguindo um pouco do padrão de história narrado em outros títulos da franquia. Porém, as cutscenes são bem bacanas e explicam bem as coisas que se ocorrem no universo do jogo, que muitas vezes lembra a série Diablo.
Jogabilidade
A partir do início da história, você devera escolher quatro personagens diferentes, que contam com árvores de habilidades bastante específicas, devendo ser criteriosamente escolhidos de acordo com os gostos do jogador. Eu optei por jogar com Konrad Vollen, o Capitão do Império, que mais parece o famigerado cavaleiro de escudo e espada. O típico badass dos jogos de ação. A partir daí, a trama se desenrola. Mas existem outros três, que são variados: Bragi Axebiter, um anão berseker, Elontir, um alto mago e Elessa, uma wood elf com arco e flecha.
E é aí que as coisas começam a ficar um pouco estranhas. Particularmente, achei o sistema de jogo sem muita novidade. Aponte, clique, bata nos inimigos, use suas habilidades, colha itens e aprimore seu personagem. Não há nada demais, nada de novo.
Mas, mesmo gostando bastante da bagunça que é o universo Warhammer, achei o jogo pouco desafiador e bastante repetitivo, o que é um bocado frustrante. Tudo bem, isso não importa no geral, já que os jogos atualmente estão cada vez desta forma e o gênero de RPG tem lá suas várias características padronizadas.
Todavia, gostei das árvores de habilidade de cada personagem e, mais do que isso, da diversidade de itens dropados para auxiliar no aprimoramento deles. Custei achar armas boas, é verdade, mas isso vem com o tempo e seria exagerado querer começar forte demais.
Gráficos de outra geração?
Warhammer: Chaosbane é um jogo de gráficos simples, mas bonitos. Porém, em muitos momentos o jogo não parece ter sido feito em pleno 2019. Isso se dá por conta da pouca qualidade nas animações e a constante repetição de inimigos, que vão pouco a pouco saturando os jogadores mais exigentes. Os sons são bacanas, dando um bom toque na ambientação do título, mas parecem desatualizados para a atual geração.
O que mais me incomoda nesse ponto é que os gráficos poderiam ser um pouco mais polidos e as animações mais apuradas. Mesmo sabendo que um RPG point-and-click não precisa ser necessariamente lindo, eu ainda acho que esses pontos poderiam ser melhor trabalhados.
Veredito
Sinceramente, eu esperava mais de Warhammer: Chaosbane, mesmo tendo me divertido no geral. Mas é o que eu disse anteriormente: o jogo em alguns momentos não parece ser dessa geração e, além disso, não acrescenta nada de novo no cenário dos RPGs. E parece que a sina da franquia Warhammer em não conseguir criar um bom jogo de RPG segue, infelizmente. Mas se você, assim como eu, curte a série, vale a pena gastar umas horas aqui. Se você não conhece nada ainda, mas curte jogos tipo Diablo, pode vir tranquilo também. Fora os pontos negativos citados, ainda dá pra se divertir esmagando hordas de inimigos.
Warhammer: Chaosbane foi lançado no começo de junho para PC, via Steam e Origin, PlayStation 4 e Xbox One. No Metacritic, a versão avaliada teve média de 69 pontos.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora