A inovadora franquia de RPG tático da SEGA está de volta! Valkyria Chronicles 4 chega na próxima terça, 25, para Nintendo Switch, PC, PlayStation 4 e Xbox One, trazendo uma história da Segunda Guerra Mundial de um mundo fictício, entre exércitos da Federação e o Império.
No controle do comandante Claude Wallace e do Esquadrão E, você deve se tomar parte na “Operação Northern Cross”, uma estratégia arriscada para mudar o rumo da guerra contra os imperiais. E como será que o RPG tático se saiu? Vem com a gente, em mais um review do Jornada Geek!
Personagens únicos
Uma das coisas que define o gênero do RPG são os personagens disponíveis em sua equipe e suas características próprias. No caso de Valkyria Chronicles 4, o jogador tem um esquadrão inteiro de lutadores que se dividem em seis classes, além da possibilidade de se utilizar um tanque de guerra:
- Scout, que possui poder de ataque mediano, mas andamais que qualquer outra tropa;
- Shocktropper, que possui um ataque potente de media/curta distância;
- Sniper, que pode atacar de muito longe, mas é fraco no combate de perto;
- Lancer, que possui uma munição que causa dano grande em tanques;
- Engineer, que pode reparar o veículo de guerra, repor munição e desativar minas inimigas;
- Granadier, que tem a capacidade de lançar projeteis que atingem vários alvos em um certo ângulo, mas não possuem muita capacidade de movimento.
- O tanque, por sua vez, é um veículo de guerra devastador que pode esmagar a infantaria inimiga. Mas não pode entrar em lugares apertados ou certos terrenos.
Essa variedade de classes já garante múltiplas possibilidades de estratégia. Porém existem outros fatores que ajudam a individualizar ainda mais as tropas do esquadrão E. Cada soldado tem características de personalidade única que se manifestam no campo de batalha. Isso pode levar a resultados positivos e negativos em sua performance. A personagem Kai, por exemplo, ganha um bônus de ataque quando está perto de seu amigo Raz, por ter a vontade de protege-lo. Ao mesmo tempo, é esfomeada e sofre de ataques de fome quando anda muito durante uma jogada, perdendo pontos de vida.
Todo o personagem tem defeitos e virtudes. Alguns deles completamente voltados à personalidade e outros ligados ao stress, trauma e dor que a guerra pode trazer. O que acaba por adicionar mais elementos interessantes na história do jogo, estimula o jogador a conhecer cada um de seus comandados.
Gameplay único
Nada chama mais atenção ao jogador novato na série do que o sistema híbrido entre estratégia e ação. Nele, após selecionar uma unidade, o jogador assume o controle do soldado e o controla livremente pelo cenário, como se fosse um jogo de tiro em terceira pessoa. Para atacar, é necessário entrar em um modo de mira, que também emula o gênero antes mencionado. Nessa parte do gameplay, é possível encontrar obstáculos de cenário, os quais os personagens podem interagir, como gramas altas para se esconder. Isso ressalta o elemento de estratégia, uma vez que as unidades possuem limite de passos, e não é recomendável deixa-las expostas aos inimigos.
A experiência de guerra é ressaltada por um sistema de morte permanente. Se algum dos soldados for abatido e não resgatado dentro de um certo tempo, ele morrerá definitivamente. Não sendo possível utilizá-lo daí para frente no jogo. Isso coloca uma pressão enorme no jogador, inclusive pelo título estimular que conheçamos e criemos afeição por cada membro do nosso esquadrão.
O sistema de upgrades é excelente. Ao invés de cada personagem subir individualmente de nível, as classes que o fazem. Assim, todos os Scouts, por exemplo, se beneficiam quando pontos de experiência são investidos em seu grupo. Isso remove uma potencial frustração, possibilitando que vejamos o potencial máximo de todos os soldados mais cedo. Novos níveis trazem novas características de personalidade e novas ordens que podem ser distribuídas ao esquadrão, garantindo melhoras em diversas áreas do combate.
Criar combinações de personalidades e classes, dependendo do objetivo da missão em questão é algo extremamente divertido de se fazer. Em missões que existem muitas minas e combate a distância, melhor levar snipers e engenheiros. Onde há muitos tanques, scouts para localizá-los e lancers para destruí-los, e assim vai.
Um jogo único!
Valkyria Chronicles 4 é um prato cheio para apreciadores do gênero de RPG estratégico. Uma história bem construída, cheia de capítulos especiais que expandem as relações entre os personagens envolvidos nesse universo, combinada a um gameplay diferenciado, que apresenta diversas possibilidades para criar combinações úteis de soldados, somadas a possibilidade de re-jogar estágios em busca de uma nota maior garantem, pelo menos, 40 horas de diversão.
É importante ressaltar, no entanto, que esse jogo é demorado. Existem muitos diálogos, cenas e reflexões dos personagens. Além disso, ao mesmo tempo que o gameplay é dinâmico a principio, há um grande investimento de tempo e paciência para mover todas as suas unidades de acordo com sua estratégia. Assim, não é muito recomendado para quem não gosta do gênero e não tem muita paciência em geral.
Um ponto que poderia ser trabalhado para o próximo jogo é uma liberdade maior entre classes. Algumas características de personalidade podem beneficiar mais um tipo de soldado que outro, então seria interessante ter a capacidade de muda-los de função e fabricar ainda mais tipos de equipes.
De modo geral, um jogo fantástico. Fãs de um bom combate estratégico não podem perder. Valkyria Chronicles 4 está disponível em pré-venda na PlayStation Store, Nintendo eShop, Microsoft Store e Steam.
*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.