Underworld Ascendant, game produzido pela OtherSide Entertainment e publicado pela 505 Games, chegou há uma semana para PC. O título mistura ação em primeira pessoa com elementos comuns aos RPGs. A proposta parece ótima, não é mesmo?
Mas será que toda a expectativa em torno do título é justificável? Descubra agora em mais uma crítica do Jornada Geek!
Fui iludido!
Pois bem. Ao colocar as mãos em minha cópia de análise, logo corri atrás do trailer e de suas referências. Logo me animei. Fã que sou de RPGs, pensei que a proposta seria uma mistura de tudo que eu já havia visto em um jogo só. Coitado de mim. Desde o início fiquei tentando entender qual era a proposta de Underworld Ascendant.
Logo no início, você passa por uma espécie de tutorial para ir se familiarizando com as armas e a mecânica do jogo. Até aí tudo bem. Legal a ideia do arco e flecha como ferramenta para auxiliar o modo stealth e tal, mas… bugou algumas vezes.
No geral, o jogo é bem intuitivo. Mas já comecei a me incomodar com a jogabilidade, um tanto quanto travada. Além disso, a inteligência artificial dos inimigos é meio esquisita, pra não dizer bizarra. As caveiras do início são completamente idiotas e ruins de mira! Mas isso é só o começo…
Uma voz do além
A pegada meio que fantasmagórica e “dungeonesca” de Underworld Ascendant tinha tudo pra dar certo. Mas não deu. A voz ao fundo, de Cabirus, que te escolhe para derrotar o terrível Typhon até que tenta nos guiar, mas parece em vão. A qualidade do áudio é boa, sobretudo ao se comparar com os limitados gráficos e a jogabilidade dura. Isso não seria problema nenhum, se a jogabilidade não fosse tão bisonha. E aí as coisas vão acumulando…
Você deve estar pensando: nossa, ele está pegando pesado demais! Infelizmente, não. O jogo realmente não foi bem diante da crítica internacional. O Metacritic dele bateu míseros 37 pontos. Isso se deve a todos esses fatores citados acima e a bugs grotescos. Acho que fiquei travado na parede por duas vezes e vi objetos “teletransportarem” no mapa. Não entendi absolutamente nada… E, sinceramente… SALVAR O JOGO PLANTANDO UMA ÁRVORE E O JOGO NÃO SALVAR? Pera, eu explico: quando você grava o jogo, ele não para naquele ponto específico, mas no início da missão. Aí não, né!?
Hora de cravar a faca
Não há como defender Underworld Ascendant. Como eu disse ao longo da crítica, nem a temática ajudou a amenizar a situação. Os desenvolvedores estão tentando aprimorar os bugs, mas acho que esse é um daqueles jogos que já nascem mortos. Ou isso, ou um milagre o trará a vida, mas duvido muito.
Ainda assim, aspectos como a jogabilidade ruim e o enredo pouco empolgado desanimam. E ainda me colocam um modo de salvamento bizarro… E aí fica mais difícil defender. E olha que não sou exigente com gráficos. Aliás, o jogo é até bonitinho, sendo os mapas bem feitos.
Sendo bastante franco, não indicaria a compra de Underworld Ascendant nem para o meu pior inimigo (mentira, acho que faria isso sim…). O jogo já está disponível para PC, via Steam, e, incrivelmente, tem versões previstas para chegar em 2019 para PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
*Cópia fornecida pela desenvolvedora.