UM LUGAR SILENCIOSO | CRÍTICA

Recheado de tensão e misturando gêneros, filme chega aos cinemas nesta quinta-feira.

UM LUGAR SILENCIOSO | CRÍTICA
A QUIET PLACE

Classificação:

Nota Surpreendente

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Um dos pontos mais interessante do cinema é exatamente a sua diversidade de temáticas ao longo dos anos. Contudo, sempre novas misturas acabam surgindo e criando uma nova empolgação. Ao longo dos anos, por exemplo, tivemos muitos filmes de suspense com abordagens distintas, assim como ficções alienígenas de grande destaque na mídia. E.T., Independence Day e Distrito 9 são apenas 3 das que podemos citar. Duas delas, inclusive, são sobre invasões alienígenas. Contudo, sempre existem espaços para inovações, e desta vez, o filme Um Lugar Silencioso está chegando com uma mistura de diversos projetos dos gêneros citados, além de uma tensão gigantesca.

Situado no ano de 2020, a trama começa já nos mostrando uma família lutando pala sua sobrevivência em um supermercado. Dias se passaram após terríveis acontecimentos tomarem conta do planeta, e aos poucos vamos descobrindo os motivos ainda em cena, desencadeado principalmente por uma grande reviravolta. Após um salto temporal, a mesma família reaparece em uma fazenda dos Estados Unidos, agora com situações cada vez mais claras sobre as criaturas assustadores que os perseguem. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.

Com seus aspectos bem definidos desde o início, é fácil destacar os motivos da produção funcionar tão bem em uma tela grande. Sua trama é muito bem posicionada, sem apresentar grandes introduções envolvendo as criaturas que agora dividem o planeta com os humanos. Tudo está presente ao longo do seu roteiro, que  é simples e impecável, com o público fazendo as descobertas dentro das cenas. Seja em um jornal, ou um aviso dos sobreviventes, tudo acaba sendo encaixado e explicado ao longo do desenvolvimento de uma trama que acerta em cheio nas suas decisões.

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A fotografia empregada aqui não ousa muito. Trabalhando com abordagens simples e diretas, John Krasinski, que também está no elenco do filme, toma decisões acertadas com a sua equipe. As cenas são de grande acompanhamento, no ritmo certo, além de alguns enquadramentos fechados quando necessários. Tudo funcionando como deve para o roteiro apresentado, ainda mais quando direção, roteiro, edição e som se fundem de forma perfeita. Por falar em som, o mesmo tem uma amplificação ainda mais necessária quando se faz presente, sendo o responsável por algumas cenas de impacto. Mas não se engane: o pior pode vir para uma pessoa até pela agonia do silêncio.

E todos esses aspectos técnicos, é claro, são ainda mais relevantes com a soma do seu  elenco. E isso se deve ao fato que do nome mais experiente, como Emily Blunt e John Krasinski, ao mais novo, as crianças Millicent Simmonds e Noah Jupe, todos têm uma função dentro do que é apresentado, demonstrando ainda excelentes atuações em posições complexas envolvendo seus personagens ao longo do seu cotidiano.

Com tudo muito bem posicionado, vale destacar que Um Lugar Silencioso é muito mais que um terror como divulgado. Na verdade, ele envolve essa pequena família em verdadeiras situações que poderiam ser normais em um cotidiano  no campo, mas recheadas também por problemas pessoais. Desde as primeiras cenas alguns acontecimentos tomam conta da sua trama, e quando menos se esperam passam a ser debatidos. É um mundo assustador, mas ainda de convivência para quem está nele.

Ao desenvolvimento que estas situações ocorrem, também temos o aspecto de tensão citado desde o início. Ainda assim, o mais interessante é o aspecto de grande imersão que o título leva ao público por conta desta onda de tensão. E isso com um destaque ainda maior para o seu terceiro ato, que é tomado por diversos acontecimentos eminentes, contando com uma cena mais agoniante que a outra de forma seguida. Ao final, a verdade é que uma abordagem sem grandes enrolações se tornou eficaz em um filme que conseguiu misturar simplicidade, terror, tensão e questões familiares de uma forma incrível.

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Marco Victor
Marco Victor
Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pela UniAcademia, e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.

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