TT Isle of Man: Ride on the Edge foi lançado pela Kylotonn Games, desenvolvedora é focada em jogos de corrida, no começo de março deste ano. Conhecida principalmente pela série WRC, desta vez, a Kylotonn voltou a arriscar nas corridas em duas rodas e com tom mais sério, principalmente após o fracasso de Motorcycle Club.
O jogo é focado na TT da Ilha de Man, uma corrida lendária, realizada todos os anos desde 1907, que é considerada o maior desafio dos entusiastas das motocicletas, exigindo resistência extrema, habilidades de equitação muito específicas e uma disposição para assumir muitos riscos. Afinal, ela é conhecida por ser uma das mais perigosas competições do mundo, ganhando até o apelido de “A Corrida da Morte”, vitimando 255 competidores até 2017.
Mas como será que o jogo da Kylotonn se saiu? Todos os aprendizados dos últimos anos com os jogos de rally trouxeram resultados? Coloque seu capacete e se prepare para acelerar! É hora de mais um review no Jornada Geek!
Muita velocidade e adrenalina
Um dos pontos principais aqui, sem dúvida, é a sensação de velocidade e o medo de errar uma curva. Assim como na corrida real, a velocidade e a perfeição são pontos cruciais, cair é uma opção inviável e as chances de se recuperar em uma corrida após um acidente são mínimas. Então você acaba sendo praticamente obrigado a decorar os momentos de aceleração e frenagem de cada pista.
A jogabilidade é muito boa, com foco na simulação, trazendo uma dificuldade aos primeiros olhos que amarga, mas com o tempo e a habilidade de quem joga, se torna divertida e prazerosa.
Pouco conteúdo
TT Isle of Man: Ride on the Edge tem modo multiplayer, mas vamos nos focar no conteúdo para um jogador primeiro. Existe o modo de corrida única, o contra tempo e o modo carreira, o básico para os dias de hoje em um jogo de corrida. O destaque é, obviamente, o modo carreira, que é o que vai te deixar mais tempo em frente ao videogame. Tudo é simples, mas recompensador e divertido, com objetivos diretos: se torne o melhor piloto. Isso é divertido até você se cansar e encontrar o maior problema do jogo, a falta de conteúdo.
Existem apenas dez pistas disponíveis em TT Isle of Man: Ride on the Edge. A corrida verdadeira é feita em apenas um trajeto de 60,7 km, e o jogo a retrata em uma réplica 1:1, mas pelo preço cobrado ao jogador final, acabamos sentindo falta de algo. Isso não é um problema total, até porque algumas pistas (tirando a gigantesca principal) são grandes e em países diferentes, mas mesmo assim incomoda a baixa variedade. Vale ressaltar, no entanto, que o game deve receber uma DLC gratuita em maio deste ano.
Toda aceleração tem uma frenagem
Os gráficos de TT Isle of Man: Ride on the Edge são muito bonitos e algumas paisagens, apesar da velocidade, chamam atenção. Mas o maior destaque aqui são as detalhadas motos. São 40 modelos no total, divididas em duas categorias que se diferenciam pela potência, as Supersport e Superbike. Todas com estatísticas diferentes e fácil de entender aos olhos leigos.
Por outro lado, em alguns momentos durante minhas jogatinas, tive quedas na taxa de quadros, algo que faz muita diferença em um jogo de corrida, principalmente de motos, onde qualquer erro pode custar todo seu progresso. Essas travadas não são frequentes, mas existem. É bom ressaltar que a análise foi feita em um PlayStation 4 comum.
Veredito
Sendo um jogo com uma proposta bem direta, TT Isle of Man: Ride on the Edge é muito bem trabalhado, e com grandes qualidades técnicas, porém, infelizmente perde para sua falta de conteúdo e um preço alto por isso. É um jogo de nicho, com gráficos bonitos e sonorização realista o suficiente para divertir. Contudo, quando exploramos o game o suficiente, ele acaba perdendo um pouco da graça. Não desconsiderando a qualidade do jogo, mas ele é apenas bom.
TT Isle of Man: Ride on the Edge está disponível para PC, via Steam, PlayStation 4 e Xbox One, com preços variando entre R$ 97,99 e R$ 232,00, conforme a plataforma. O game tem média de 65 pontos no Metacritic.
*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.
