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Ao longo dos últimos anos alguns títulos foram desenvolvidos para consoles e PC com diversas interações para que o jogador ou jogadora conseguissem decidir o destino dos seus personagens. Essa mecânica acabou alcançando um certo público, estabelecendo assim o sucesso de diversos títulos, e se tornando cada vez mais comum. E é trabalhando em cima deste conceito de interação e escolhas que The Quarry chega ao mercado. Contudo, com um bônus interessante: tendo a sua trama toda estabelecida dentro do gênero de terror em seu melhor estilo envolvendo monitores e o final de um acampamento de verão.
A história de The Quarry
É o fim do verão nas remotas florestas ao norte de Nova York, e os monitores adolescentes do acampamento Hackett’s Quarry terão o local para aproveitarem sozinhos nesta última noite. Ou seja, sem crianças, sem adultos e sem regras.
Neste conto cinematográfico eletrizante, você controla o destino de todos os nove orientadores do acampamento, quando seus planos para a festa se desenrolam para uma noite imprevisível de terror. Com decisões de vida ou morte a serem tomadas após cada acontecimento, as suas escolhas determinam como a história se vai se desenrolar.
Um roteiro ambicioso com múltiplos finais para The Quarry
Como já vem sendo destacado há meses através da campanha de marketing de The Quarry, assim como também em sua própria sinopse, este é um jogo que está sendo lançado com um status de grande ambição por conta do trabalho envolvendo todo o desenvolvimento do roteiro. Trata-se de algo grande, onde cada uma das ações que o jogador toma se tornam importantes para o destino dos seus muitos personagens.
E sim, isso funciona de forma incrível enquanto você está com o controle em mãos. The Quarry conta realmente com diversas decisões a serem tomadas em cada um dos seus 10 capítulos, podendo nos apresentar até 186 finais diferentes ao depender daquelo que decidimos para os personagens (Alguns deles, é claro, mais importantes que outros). Ainda assim, este trabalho dos criadores de Until Dawn em parceria com a Supermassive Game consegue proporcionar uma definição de interação ainda mais intensa e recheada de surpresas.
O príncipal aspecto aqui, além da situação da trama como um todo, acaba girando justamente através dos seus muitos personagens. Muitos caminhos tomados, se percebermos bem, podem até mesmo definir o estilo de cada um que nos é apresentado mais superficialmente no início da trama. Você quer que o Jacob seja um babaca, ou alguém mais sentimental? Quais envolvimentos amorosos devem ser trilhados pela história? Quais intrigas devem ser alimentadas? Tudo isso é possível fazer neste jogo, e depende somente da sua escolha.
Os gráficos e a jogabilidade de The Quarry
Deixando o roteiro de lado, e indo assim para o lado gráfico, The Quarry consegue entregar ao público imagens impressionantes. Toda a produção conta com captação de movimentos de um elenco real, que por sua vez conta com nomes conhecidos dos fãs de filmes como Justice Smith (Detetive Pikachu), David Arquette (Pânico), Ariel Winter (Modern Family), Lin Shaye (Sobrenatural), entre tantos outros.
Em alguns dos casos até demoramos para reconhecer um rosto, mas em outros é possível saber de quem se trata com apenas um rápido olhar. E sim, mesmo em 202, isso consegue impressionar de uma forma possível. E mesmo que algumas falhas existam nos gráficos em pontos específicos, como em cenas envolvendo água, ainda assim fica a sensação de que esta tecnologia é utilizada da melhor forma possível para nos apresentar toda esta grandiosa produção em seus mínimos detalhes.
Por sua vez, a jogabilidade de The Quarry não chega a ser inovadora. Para alguns que estejam se aventurando nesse estilo de jogo interativo pela primeira vez ela pode até ser estranha, mas aqueles que já experimentaram títulos como Heavy Rain, Detroit: Become Human, e The Medium não enfrentarão qualquer problema.
Ela é basicamente formada, na maioria dos casos, por movimentos em momentos específicos através de botões analógicos no caso dos controles de Playstation e Xbox. Ou seja, sem grandes surpresas, embora em alguns momentos também conte com a solicitação para pressionar alguns outros botões. Algo simples, direto, e extremamente eficiente para este tipo de jogo.
Deixando um pouco de lado ainda gráficos e jogabilidade, ma sinada destacando um aspecto técnico chamativo, vale citar como um ponto extremamente positivo o fato de que a 2K está lançando The Quarry totalmente localizado em português brasileiro. O jogo está completamente dublado e legendado nos mínimos detalhes possíveis, fazendo assim com que a experiência seja ainda mais completa.
The Quarry: Vale a pena jogar?
Se você é um fã de jogos interativos ou terror, então certamente irá se divertir muito com The Quarry. É um jogo que certamente tem o seu público algo girando em torno principalmente destes dois aspectos, embora também tenha a capacidade de conseguir expandir a sua base de fãs por conta da qualidade apresentada em torno da sua trama e todo o seu desenvolvimento.
Para alguns, como eu, este tipo de jogo pode até mesmo se tornar viciante por conta das escolhas a serem tomadas. E se fosse possível seguir o outro caminho, qual seria o resultado? Certamente isso motivará uma boa parcela do público a retornar ao jogo mais de uma vez. No geral até trata-se de uma história curta, composta por cerca de 10 horas, mas o diferencial ficará justamente nessa busca de encontrar novos caminhos. E por isso, para uma parcela do público, ele valerá o investimento.
No mais, o que coloca este título como algo em destaque no mercado são justamente os seus aspectos que já destacamos ao longo de toda esta review. Não é um jogo que todos vão amar, e algo que alguns vão achar até curto, mas se você gosta do gênero certamente não se arrependerá de acompanha a história sombria de Hackett’s Quarry.
*Texto escrito a partir da experiência no Playstation 5 com o código fornecido pela distribuidora.
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