Algumas vezes é interessante observar também o status que um programa x pode ir conquistando ao longo dos seu desenvolvimento. The Following pode ser um grande exemplo disso se levado em consideração a forma com que foi iniciada e evoluída, já que chamou muita atenção do público por causa da sua temática voltada para seitas envolvendo serial killers lideradas pelo seu antagonista. Agora, após as grandes mudanças que aconteceram ao final da sua segunda temporada, o último ano chegou ao mercado home vídeo.
Após um extenuante jogo de gato e rato que resultou na captura do assassino em série e líder de culto Joe Carroll (James Purefoy) na Segunda Temporada, Ryan Hardy (Kevin Bacon) finalmente conseguiu tocar sua vida. Ele retornou ao FBI para trabalhar ao lado de sua sobrinha, Max Hardy (Jessica Stroup), e do seu parceiro, Mike Weston (Shawn Ashmore), e ainda encontrou um novo amor, a doutora Gwen Carter (Zuleikha Robinson). Mas a felicidade de Ryan é rapidamente abalada quando outra ameaça surge para reabrir antigas feridas e expor pecados cometidos no passado. Com Joe à espera de sua execução, a equipe deve investigar os atos de um assassino incomum, antes que ele destrua a todos. Por trás das mortes paira uma possibilidade horripilante: será que existe alguém ainda mais perigoso do que o próprio Joe Carroll?
Após os últimos acontecimentos, a série retornou apresentando um novo salto temporal para mostrar a situação dos seus personagens e protagonistas. O destaque, obviamente, ficou em Ryan Hardy e a sua vida pessoal. Entretanto, logo as mudanças também começam a aparecer introduzindo novos assassinos e trazendo de volta antigos nomes. Tal atitude também tira um pouco o foco de Joe Carroll em alguns momentos, fazendo com que a narrativa encontre outros caminhos e consiga se tornar cada vez mais interessante ao longo dos seus episódios e manter o nível da produção.
E as adições ao longo dos capítulos são realmente boas. Com Andrew Jacobs (Michael Irby) sendo o primeiro personagem a aparecer e mostrar uma nova via sociopata, logo também são apresentados Daisy (Ruth Kearney) e Kyle (Hunter Parrish) como outros dois novos membros do grupo liderado por Luke (Sam Underwood). Ainda assim, o desenvolvimento deles, juntamente com Joe Carroll, cuida apenas de uma parte da temporada. Por sua vez, o Dr. Arthur Strauss (Gregg Henry) e Theo Noble, com uma atuação fantástica de Michael Ealy, dominam a segunda parte através de uma evolução mais intensa e inteligente.
O interessante envolvendo esta terceira temporada é realmente as suas mudanças. Ao invés de manter o seu foco em Carroll como o grande antagonista, produção encontrou um novo caminho desde o seu início através dos personagens liderados por Luke para um melhor desenvolvimento e a criação de uma nova tensão através da sua determinação e objetivo. Talvez isso seja o grande acerto ao longo dos capítulos, sabendo utilizar essas novas questões para uma abordagem mais pessoal e angustiante. Quanto ao Joe Carroll, sua construção neste último ano é através de uma ligação para a evolução final da trama e um desfecho que chama atenção por conta dos diálogos presentes.
Com isso, toda a evolução vai aos poucos saindo também de qualquer questão profissional ao longo dos capítulos para apresentar momentos de verdadeiras reviravoltas envolvendo todos os seus personagens. A evolução e melhora é constante se referente ao seu segundo ano, conseguindo com que The Following encontre um desfecho digno do que foi apresentado em seu primeiro episódio e um destino entre felicidades e angústia para todos os seus protagonistas. Nem todos os finais são felizes, mas sim necessários para tudo o que foi mostrado ao longo de todos os acontecimentos.
