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Ao longo dos últimos anos diversos personagens da DC Comics foram aos poucos conquistando o seu espaço na televisão. Muito disso, como é de conhecimento, foi iniciado com Arrow, seguindo através de The Flash. Mas o caminho parece longe de estar no final, com uma expansão gradativa seguindo o seu caminho por conta do destaque conquistado. Ainda assim, certos títulos ainda vão buscando o seu espaço nesse caminho já tão concorrido e envolvendo também produções de outros heróis que chegam através de outros canais e editoras. Um bom exemplo disso tudo é exatamente o nosso tema de hoje: a 1ª temporada de Supergirl.
Na série de TV, a jovem Kara Danvers, também conhecida como Kara Zor-El, escapou do seu planeta natal, Krypton, aos 12 anos de idade. Uma das suas missões era cuidar do seu jovem primo, mas ela acabou ficando presa na zona fantasma. Quando chegou ao planeta terra, Kal-El já havia crescido e se tornado o Superman. A partir de então, a jovem passou a ser criada por uma família adotiva, os Danvers. Ao longo dos anos ela não aprendeu a controlar, como também esconder os seus poderes. Entretanto, já adulta e morando em National City, a jovem acaba tendo que revelar suas habilidades e assumindo o codinome como a heroína Supergirl. E assim, assumindo tal responsabilidade, ela agora tem que conciliar sua vida pessoal, profissional e heroica ao longo dos dias.
É interessante ressaltar desde o começo que a produção em questão não tem muitas ligações com os outros projetos da DC Comics, por enquanto. Tirando um episódio que acontece perto do final da sua temporada, até agora Supergirl conseguiu se manter sozinha. O seu roteiro inicial não é dos melhores, já que acaba dando espaço demais para a vida pessoal da protagonista, mas ainda assim o seu ritmo vai ganhando alguns destaques ao longo da sua trama. Ela evoluí ao apresentar vilões e outros aliados da protagonista, mostrando assim um vislumbre interessante para o futuro. Sobre os efeitos: não são excepcionais, mas para um programa de TV conseguem entregar o prometido.
Quando o assunto passa a ser o elenco do projeto: a protagonista Melissa Beinoist é o que um personagem precisa para cair nas graças do público. Com uma carisma gigantesca, ela é logo aceita como Kara ao se encaixar muito bem em todos os aspectos da sua personagem ao longo dos seus momentos distintos. A produção também foi esperta ao escalar elenco e personagens coadjuvantes, utilizando um bom elenco, personagens ligados à própria heroína, mas também sempre cercando a mesma com pequenas relações ao seu primo mais famoso. O Superman não se faz completamente presente no primeiro ano, mas é citado como lembrete e se faz presente principalmente através de Jimmy Olsen, que se mostra cada vez mais importante na trama.
No geral, a série de TV não é perfeita e está longe disso. Falha em alguns momentos, fica entediante em outros, mas também possuí os seus momentos de grandes revelações e aventuras dignos de uma heroína. Com uma abordagem de origem, o roteiro vai mostrando um caminho de provações e comparações que devem ser vencidos por sua protagonista. Além disso, existem dois arcos interessantes ao longo da primeira temporada.
Um deles envolve a versão Bizarro da jovem, assim como um maior destaque para um aliado inesperado, enquanto o segundo tem um ponto algo marcado pela participação de Barry Allen. Além do mais, com um final que coloca a jovem de vez como uma grande salvadora, é interessante ver o que vai acontecer com sua futura interação envolvendo outros heróis e o próprio Superman. O ritmo não começou muito bem, falhando, se arrastando, mas as peças estão expostas para que Supergirl consiga um grande destaque daqui pra frente.