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Iniciada no ano de 1996, a franquia de jogos de terror Resident Evil rapidamente se tornou um grande fenômeno no universo dos games. Entretanto, o mais interessante é que a franquia da Capcom conseguiu manter esse status ao longo dos anos mesmo passando por diversas mudanças. Novos protagonistas foram apresentados ao público em sua trajetória, mas todos conseguiram conquistar seu espaço de alguma forma.
E mesmo com uma variedade de nomes estabelecida ao longo dos anos, com títulos sempre diversificando a sua abordagem e trazendo novidades para o seu apocalipse, em 2017 tivemos uma nova mudança com a chegada do protagonista Ethan Winters e um jogo completamente em primeira pessoa e muito elogiada. Agora, em 2021, esta história ganhou uma continuação através de Resident Evil Village. Quer saber o que achamos deste novo capítulo aqui no Jornada Geek? Então leia o texto abaixo.
A premisssa de Resident Evil Village
Ambientado alguns anos após os terríveis eventos de Resident Evil 7 biohazard, a nova trama começa com Ethan Winters e sua esposa Mia vivendo tranquilamente em um novo lugar, livres dos pesadelos do passado. E bem quando estavam construindo uma vida nova juntos, a tragédia cai sobre eles novamente. Chris Redfield, o icônico personagem da franquia Resident Evil™ que fez uma breve aparição em Resident Evil 7 biohazard, reencontra o casal e muda drasticamente a vida deles, deixando Ethan sem chão e em meio a um novo pesadelo em que ele voltará a enfrentar inimigos desconhecidos e extremamente perigosos.
Retornos de Ethan Winters e uma jogabilidade já conhecida
Após muita expectativa gerada desde o seu anúncio, o jogo Resident Evil Village chegou ao público justamente com destaque para o que era esperado: uma trama que em seu início é recheada de mistérios. E é seguindo tal abordagem na busca por respostas que tudo começa a se destacar nesta continuação da história de Ethan Winters, até que rapidamente tudo é cercado por revelações e novas ameaças extremamente instigantes. Ou seja, prepara-se para perder a noção do tempo em busca de soluções e respostas.
Embora seja uma nova história de mistérios e revelações, o retorno de Ethan não é algo que deixa aquele que está segurando o controle mais confortável na situação. Isso porque a Capcom, como sempre, teve o cuidado de manter a jogabilidade de Resident Evil Village o mais parecido possível do seu antecessor. Ou seja, aqui você terá acesso principalmente a uma grande variedade de comandos conhecidos com uma mecânica que deixa claro a intenção de continuar explorando uma mistura de novidades e situações que estavam lá na raiz da franquia.
O poderoso gráfico de Resident Evil Village
Além de ser atrativo em sua história e jogabilidade, o novo Resident Evil também apresenta ao público um gráfico extremamente poderoso para a nova geração em boa parte das suas cenas e acontecimentos. Desde o início os detalhes são realmente surpreendentes, sendo um ponto alto válido a ser destacado as cenas no castelo da Lady Dimitrescu justamente pela sua beleza de detalhes que vão sendo exibidos.
Também é válido ainda citar também que os próprios inimigos estão muito bem trabalhados no jogo, com um grande destaque para a aparência dos Licanos e os chefes com detalhes que realmente chegam a impressionar o seu jogador ou jogadora.
Dito isso, existe também aquele que ao meu ver é um dos poucos pequenos problemas de Resident Evil Village: os espelhos foscos. Embora seja explicável através das ideias da Capcom, e até mesmo as especulações que surgiram sobre o final do jogo, ainda assim a presença de espelhos foscos me incomodou um pouco ao experimentar o título. Levando em consideração a tecnologia do console com Ray Tracing, e a fama de tantos personagens conhecidos e icônicos da franquia, não conseguir ver o rosto de Ethan foi uma tristeza.
Uma mistura de ação e terror
Assim como acontece em quase todos os títulos da franquia, Resident Evil Village voltou a contar com uma mistura de gêneros interessante que vão da ação ao terror. Em certos momentos o agito e tiros se torna grande, e mesmo com a presença de muitos seres sobrenaturais, o medo fica de lado. Por sua vez, em outros momentos a trama esquece completamente as armas e nos apresenta uma grande tensão e horror. Em especial, neste aspecto, podemos citar a casa Beneviento.
Com esta linha entre ação e terror extremamente bem trabalhada e equilibrada, o jogo também aproveita para recriar algumas abordagens clássicas. Assim como tivemos o Mr.X na delegacia em Resident Evil 2, aqui em Resident Evil Village temos a Lady Dimitrescu em seu castelo.
É ainda válido citar também que esta chegada de novas criaturas foi extremamente bem trabalhada para equilibrar estes dois gêneros, enquanto o jogo também aproveita para recriar algumas abordagens clássicas. Assim como tivemos o Mr.X na delegacia em Resident Evil 2, aqui em Resident Evil Village temos a Lady Dimitrescu em seu castelo. Entretanto, as perseguições no castelo estão longe de ser assustadoras, sendo somente mais um obstáculo “chato” enquanto você explora o local.
Afinal, vale a pena jogar Resident Evil Village?
Uma coisa é certa: Resident Evil Village não agradará a todos. Alguns certamente já estão citando que este novo título é tudo, menos Resident Evil. Por sua vez, outros já enaltecem como um dos melhores da franquia iniciada em 1996. Se você for jogar, tenha em mente estes dois lados em destaque. Dito isso, a minha opinião é extremamente direta: Sim, vale MUITO a pena jogar Village.
Como já destacado, o jogo sabe equilibrar gêneros de uma forma incrível, e também consegue instigar a sua curiosidade para o desfecho da história apresentada. Afinal, quem são esses novos vilões? Quais as suas origens? O que aconteceu nesta vila? Todos estes questionamentos giram em torno da história desde o seu início, e por sua vez também encontram respostas ao longo dos acontecimentos e desfecho de Village. E sim, existe um motivo para termos Ethan novamente presente como o grande protagonista.
Resident Evil Village consegue, através de toda a sua abordagem, também equilibrar sentimentos diversos. E, por mais que algumas pessoas discordem, este sempre foi um dos aspectos mais interessantes da franquia. Afinal, sempre queremos saber o motivo de todos os acontecimentos, a história que está sendo contada, e para sempre foi preciso justamente enfrentar momentos de ação e terror.
O fato de ser primeira pessoa inicialmente é estranho, assim como foi no 7, mas logo também é adaptável. Ou seja, fazendo assim valer cada minuto gasto até aqui. O sentimento, após o seu desfecho, é de que teremos mais. Agora é esperar a continuação e o que pode estar reservado para o futuro com novos rostos ou personagens já conhecidos.
*Texto escrito a partir da experiência no XBOX Series X com o código fornecido pela Capcom.
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