Planet of Apes: Last Frontier, produzido pela Fox Next Games e Imaginarium Studios, chegou ao PlayStation 4 no último dia 17 para apresentar alguns eventos paralelos a uma das maiores franquias cinematográficas, Planeta dos Macacos.
O título trouxe excelentes recursos gráficos e uma riquíssima narrativa, que faz jus aos filmes. Mas, além disso, o que esperar do game? Confira conosco mais um review do Jornada Geek!
O Jogo
Planet of Apes: Last Frontier segue a mesma linha dos filmes, com uma pegada de aventura narrativa com tomadas de decisões, estilo Until Dawn, Life is Strange, jogos da Telltale, entre outros. O usuário pode controlar tanto os humanos, quanto os macacos, cada um com seus respectivos dramas, desafios e acontecimentos, no qual são totalmente influenciadas de acordo com as escolhas do jogador, e isso consequentemente, será visto no desfecho da história.
Os eventos do jogo se passam entre o segundo e o terceiro filme da franquia, sem os personagens principais, mas com o mesmo ambiente e acontecimentos. Após a morte de Koba, o macaco separatista do segundo filme, seus seguidores migram para as montanhas afim de fugir do conflito que ocorre no mundo, como uma tentativa de sobrevivência a parte da guerra. Nisso, os problemas surgem, como a falta de comida, que os obrigam a descer em busca de alimentos, e manter sua comunidade viva.
O confronto começa quando os macacos invadem uma aldeia humana que também possuem seus dilemas de sobrevivência, com a mesma filosofia de neutralidade do mundo caótico presente dos macacos. É interessante, igualmente no filme, ver os dois lados desse conflito que permeou uma das maiores trilogias do cinema, o lado dos humanos e o lado dos macacos, e aí que o papel do jogador entra em voga.
As falhas
A mecânica é bem simples, após um breve diálogo sobre uma determinada situação, o jogador possui alguns segundos para escolher a resposta da direita ou da esquerda, e seu respectivo botão a ser pressionado. No entanto, temos um enorme problema para uma parte dos jogadores brasileiros: não possui nem dublagem e nem legendas em português. Isso dificulta muito para quem não tem alguma intimidade com o inglês para esse tipo de jogo, pois a história é muito mais intensa que do que jogabilidade, então não oferecer esse recurso, exclui muitas pessoas de ao menos tentar seguir a diante com o jogo.
Sem duvidas o jogo graficamente é impecável. Muito bem feito, seguindo os mesmos padrões de realismo tecnológico que foram utilizados nos filmes. Os humanos, também construídos em CGI, são bem fiéis ao estilo dos macacos, e combinam com o ambiente do jogo como um todo. A ideia é realmente fazer um jogo sobre a história. E, bom, esse é o problema.
Veredito
O jogo poderia ser um RPG em mundo aberto, com modo competitivo e sobrevivência, no qual, você escolheria ou os macacos, ou os humanos, e lutaria pela resistência, conquistaria colônias e territórios, realizaria alguns tipos de missões. Seria algo mais dinâmico e corajoso ao meu ver. Poderia ser muito mais do que ele apresenta, pela excelente qualidade gráfica e grandiosa narrativa, porém, muito mal adaptada.
A impressão que eu tive foi a tentativa de expandir o universo dos filmes em uma história paralela para o mundo dos games, e dar a opção para o jogador em qual caminho seguir, quais escolhas são mais interessantes em um determinado contexto. Mas a jogabilidade é baixa, fica apenas nisso. Minha expectava quanto esse jogo era muito alta. Tinha potencial para isso, mas se limitaram em fazer um filme no jogo, e se for para assistir ao filme, eu vou aos cinemas, é melhor e mais barato.
Planet of Apes: Last Frontier foi lançado para PlayStation 4 no dia 21 de novembro e é encontrado por R$ 61,50 na PlayStation Store. Posteriormente, o jogo deverá chegar para Xbox One e PC. No Metacritic, o game está com a média de 64 pontos.
*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.
