PAST CURE | Um suspense psicológico

O game tem boas ideias, mas uma execução ruim

Quando um jogo promete muito, as expectativas sobre ele sempre são altas. Buscando trazer uma pegada dos thrillers de suspense psicológico como Clube da Luta e alguns aspectos do filme A OrigemPast Cure, até que tenta trazer uma narrativa de qualidade. Porém, o game desenvolvido e distribuído pela Phantom 8 Studio parece não ter sido muito polido, chegando ao consumidor precisando de uma série de correções, o que compromeu o material final.

E eu vou detalhar logo abaixo todos os motivos que me levaram a considerar Past Cure um jogo fraco, em mais uma resenha do Jornada Geek!

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Questões iniciais

Inicialmente, a história de Past Cure parece ter uma pegada interessante, mas acaba pecando em seu decorrer. No jogo, você encarna Ian, um soldado que não se lembra dos seus últimos três anos de vida. Um personagem perturbado por seu esquecimento, que conta com poderes psíquicos e uma habilidade incrível com armas. A realidade e os sonhos de Ian são partes que se intercalam na trama, mas não convencem.

Past Cure segue uma linearidade típica, além de contar com uma série de puzzles, sendo alguns até enjoados de serem feitos e que quebra completamente o ritmo da aventura. Em vários momentos me senti frustrado por conta disso. E pra completar, os poderes do protagonista são um tanto sem sal. Ah, e quase não há variedade de armas no jogo, contando com apenas três.

Past Cure
E esses “manequins”!? (Foto: Divulgação)

Ainda piora

Seus gráficos simplórios e sua mecânica muito limitada ainda são outros aspectos desanimadores. Há a repetição de vários modelos de inimigos e os cenários são pouco variados. Isso sem contar com uma série de bugs onde o personagem, rígido por si só, não consegue executar certas tarefas ou é visto pelos rivais entre as paredes, quebrando toda tática possível e necessária em shooters.

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As repetições tornam-se entediantes, sobretudo nos puzzles. O jogo permite que você seja furtivo ou saia como um louco atirando, tendo pouca diferença a forma de se chegar ao objetivo. Existem missões em que o personagem não pode ser visto, o que aumenta o nível de emoção da coisa, mas espere alguns possíveis erros na programação do jogo que te tirarão do sério.

Past Cure
Foto: Divulgação

Algumas considerações

A história, mesmo que não prenda o jogador, tem algumas sacadas legais. Entre sonhos lúcidos e a realidade de Ian, muita coisa acontece – e isso pode nos deixar perdidos. O supersoldado vive em guerra consigo mesmo, e isso poderia ter sido melhor explorado, como no incrível Max Payne.

A escuridão dos cenários ajudam no clima de suspense. Mas é só. A história poderia tomar caminhos diferentes e as missões poderiam ser menos repetitivas. Os inimigos – alguns são uns bonecos brancos bizarríssimos – são extremamente fortes quando surgem, matando várias vezes o nosso perturbado soldado. Aliás, morrer é uma coisa natural neste jogo. Mas isso é apenas questão de hábito… ou não.

Past Cure
Os gráficos não são tão bons assim… (Foto: Divulgação)

Veredito

Infelizmente, Past Cure parece uma verdadeira bricolagem de elementos importados de outros jogos e filmes. As ideias parecem até convergir para um ponto positivo, mas logo desandam. Um título que se propõe a criar um clima de suspense deveria ter o mínimo de emoção. Aqui, só teremos alguns momentos de tensão para passar uma horda de inimigos.

A questão é que, mesmo com essas questões, é um jogo que merece uma chance. O seu final inconclusivo é tentador, mas certamente o jogo não terá nenhuma sequência. A meu ver, Past Cure não foi tão polido quanto deveria, pecando em aspectos técnicos essenciais para o seu funcionamento. A rigidez da movimentação do personagem principal é terrível e frustrante.

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Nota Razoável

Past Cure está disponível na Steam por R$ 79,00, na Microsoft Store por R$ 99,00 e na PlayStation Store por R$ 107,50. No Metacritic, o jogo levou a fraca nota 48. Já na Steam, os próprios usuários o avaliaram com críticas ligeiramente negativas, mostrando que o game não foi tão bem recebido pelos jogadores.

*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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