O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS | CRÍTICA

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RuimO último caçador de bruxas posterNada como curtir um bom filme de bruxas logo no exato dia do Halloween, certo? Foi nesta tentativa de agradar a aqueles que são viciados em filmes de terror, que remetem ao dia das bruxas é que Vin Diesel sai à caça das criaturas nefastas que povoam o submundo e fazem travessuras contra a humanidade. Porém, o que era para ser uma aventura de alto nível, se perde em um punhado de bobagens, um roteiro pueril, desconexo e que ainda conta com um protagonista totalmente apático.

O caçador de bruxas Kaulder (Vin Diesel) e seus companheiros encontram e conseguem destruir a Rainha das Bruxas. Entretanto, ele acaba por ser amaldiçoado com a imortalidade e passa a trabalhar para uma seita conhecida como “A Cruz e o Machado” caçando e exterminado bruxas. Oitocentos anos depois, nos dias atuais, Belial (Ólafur Darri Ólafsson) um poderoso necromante tem planos obscuros para trazer as trevas de volta ao mundo. Cabe agora a Kaulder, seu assistente Dolan (Elijah Wood) e a jovem bruxa Chloe (Rose Leslie) interromper seus planos.

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Sinceramente, projetos como este O Último Caçador de Bruxas só vai para frente mesmo devido ao fato de seus ator principal estar produzindo. Só assim para um roteiro risível como este, assinado a seis mãos (!) por Corey Goodman, Matt Sazama e Burk Sharpless, seja levado em consideração. Eles até poderiam causar expectativas por serem responsáveis pelo roteiro de filmes como Padre (2011) e Drácula – A História Nunca Contada (2014), que mesmo não sendo unanimidades, tinham lá seus dotes. Porém, aqui se perdem em meio a uma mitologia que tenta ser autêntica, surpreendente, mas que apontam equívocos na lógica da trama.

As reviravoltas são um tanto forçadas, sem noção mesmo, pois espectador que tenha um senso de lógica não engole. Ainda podemos perceber que a mitologia não é bem arquiteta, já que afirmam que bruxas são imortais, mas a todo momento são assassinadas. Perdoem se algo este que vos escreve não entendeu, mas não há nada de lógico que foi mostrado que justifique tais situações. As cenas de ação são como um clipe de apresentação de um game, frenético, curto e sem emoção. Diferente dos citados Padre e Drácula, que ganharam pontos por capricharem neste quesito.

Tudo bem que o argumento é fraco, mas a direção de Breck Eisner é fraca e sem experiência, no mesmo nível dos outros filmes B que já dirigiu (Sahara, A Epidemia). Outro atenuante para o resultado final do filme é Vin Diesel. É impressionante como ele está mais inexpressivo como nunca, tanto que até seu desempenho nas sequências de ação, que o alçou ao estrelato na franquia Triplo X, está abaixo das expectativas. As cenas em que tem de demonstrar um mínimo de dramaticidade se tornam patéticas e vergonhosas (cena que ele abraça e tenta consolar Chloe).

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Quem esperava um grande evento cinematográfico para comemorar o Dia das Bruxas deve ter se decepcionado muito com O Último Caçador de Bruxas. Um filme que não justifica a razão para ter sido rodado, pois nem é bom como terror, nem consegue ter o mínimo de qualidade como ação. Vin Diesel poderia ter poupado alguns milhões e manter suas travessuras apenas na interminável franquia Velozes e Furiosos, pois neste Halloween, melhor optar pelos doces.

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