NieR: Automata recebeu uma demo grátis na PSN essa semana, e após jogar posso dizer que estou empolgado.
NieR: Automata é o novo jogo da Platinum/Square Enix dentro da série NieR. Essa, por sua vez, é um spinoff de uma série antiga chamada Drakengard. Uma coisa que sempre notei nessas séries é que elas sempre tiveram uma trama estelar, mas um gameplay mediano. NieR, por exemplo, tinha uma história sensacional com personagens bem construídos, mas não tinha uma experiência de jogo tão boa. Missões repetitivas, falta de fast travel, controles travados e mais faziam chegar ao fim do conto ser algo complicado.
Mas, de qualquer modo, a história valia o sacrifício. Foi com essa pensamento que joguei a demo de hoje, e estou feliz em afirmar que as coisas parecem ter mudado. A Platinum sabe o que faz, e esse tem o potencial de ser um outro jogo de peso esse ano.
Assim que entramos no jogo, caímos direto em um combate. Nada de muito diferente, ataques fortes e fracos, um dash e um robô que pode atirar por nós. O que me deixou contente é de como o combate flui bem (60 fps ajudam muito) e como os controles são precisos. 2b, a protagonista, responde muito bem aos comandos, e fazer combos e desviar é fácil. Um avanço tremendo em relação aos anteriores, e um passo na direção certa.
Outro acerto foi com a trilha sonora. Mesmo com certa repetição, nunca me cansei de nenhuma das músicas que ouvi, e muitas delas vão ficar na sua cabeça. Batidas fortes para momentos mais intensos, ou calmas para exploração, elas casam muito bem com o que ocorre na tela.
Além disso, temos várias formas de combate. A câmera muda em certos pontos do jogo, fazendo com que a movimentação seja apenas horizontal ou vendo a ação por cima. Isso muda completamente o esquema do jogo, e ajuda a evitar a monotonia. Por exemplo, algumas vezes jogamos num esquema de “hell shooter”, onde vários inimigos atiram bolas de energia que devemos desviar e destruir com tiros. Pense em algo parecido com Furi. Achei essa ideia genial, e espero que seja bem implementada na versão completa.
Os gráficos também ficaram excelentes, com modelos bem feitos e uma paleta de cores agradável. A resolução em 1080p (no PS PRO) ajuda bastante, ainda que algumas vezes possamos ver algumas texturas menos detalhadas. Mesmo em 900p no PS4 base, não tenho muito do que reclamar no visual. Os ambientes funcionam, e não tiveram muita variedade nessa demo. Vamos poder analisar melhor na versão final com mais áreas disponíveis para visitar.
As vozes e diálogos ficaram bem melhores do que eu esperava. Não tiveram muitas frases forçadas ou mal executadas, e os dubladores souberam usar emoções da maneira correta para dar impacto às cenas. Isso também é um avanço excelente em relação aos anteriores.
Quanto à história, há pouco para se julgar aqui. A premissa de NieR: Automata, ao menos, é interessante, e acredito que possa chegar ao nível dos anteriores. Ou, ao menos, prender a atenção o suficiente para nos motivar a terminar a história.
Uma das únicas coisas que não me agradou foi o design dos inimigos. Pela temática e modelo dos personagens, eu esperava algo mais variado. Temos robôs simples aqui, sem muitos detalhes e sem muito charme. O chefe da demo é bem criado e original, até, me fazendo pensar se na release final enfrentaremos esses robôs sem graça com um chefe arrumado vez ou outra. A outra foi a câmera que, em alguns momentos, fica meio perdida e em ângulos estranhos na hora da ação.
Em suma, a demo me agradou bastante. A Platinum mostra que ainda não perdeu o tino para games de ação, e que pode estar criando mais uma joia para sua coleção de títulos. Fico feliz de ver que estão melhorando o ponto que sempre foi a fraqueza da série e trazendo da melhor forma para a nova geração.
Também ficaram animados e intrigados como eu? NieR: Automata estará disponível dia 7 de março para PlayStation 4 e 10 de março para PC, via Steam.