Sabe aquele jogo que remete a experiências já vividas ao longo da vida gamer? My Time at Portia, desenvolvido pela Pathea Games, traz a bagagem de ser parecido com os consagrados Harvest Moon e Stardew Valley, mas também conta com inovações, como a possibilidade de criar sua própria loja e comercializar seus produtos.
Mas nesse espaço onde sandboxes tão consagrados, e sendo relançados para as novas plataformas, será que My Time at Portia conseguiu nos envolver tanto quanto os outros? Confira o que achamos do game agora, em mais uma review do Jornada Geek!
Boas sensações
A primeira impressão que My Time at Portia passa, pra quem vai começar a desfrutar de uma gameplay, é de que vai ser o mais do mesmo, principalmente no gênero que propõe ser. Mas essa impressão acaba logo de cara, quando podemos personalizar o personagem que será usado, com uma grande possibilidades de itens customizáveis, o que surpreende.
O viés cartunesco consegue deixar o game mais leve, mais fluído e também remete a algo descontraído. Desde a casa/comodo inicial até a cidade conseguem aproximar quem joga a uma infantilidade gostosa de se desfrutar. Os personagens que fazem parte do círculo de interações e da história do jogo, ajudam a contribuir com a varição de coisas possíveis de se fazer em Portia, cidade que o enredo se desenvolve.
Muitas coisas com pouco tempo
Para descobrir tudo que é possível fazer em My Time at Portia, seria necessário ter dias com 30 horas e ainda não precisar sair do computador para cumprir as necessidades básicas – pois algumas com certeza irão ser esquecidas – de tão envolvido com o jogo é possível estar, diante da infinidade de possibilidades que temos.
Sem nos trazer tudo logo de cara, My Time at Portia vai mostrando aos poucos o que é possível fazer com os cenários e com os materiais que já temos, enquanto ainda podemos partir para obter novos recursos ou mesmo desbloquear novas interações – como chutar uma árvore. Descobrir esses recursos faz parte das missões iniciais, e dessa forma, o game ajuda a começar a desenvolver um raciocínio lógico, que faz com que descobrir novas coisas para se fazer vire algo normal ou algo intuitivo.
Nem tudo são flores
Apesar do ar leve e também dos gráficos atrativos, com o tempo o jogo começa a ser repetitivo e, mesmo com uma infinidade de coisas para se fazer, fiquei com uma sensação de monotonia após algum tempo. Infelizmente, o que acaba acompanhando esse marasmo é a trilha sonora, que vai começar a ser discreta e sem acrescentar nada de novo das atribuições da personagem ou dos cenários.
Veredito
My Time at Portia, apesar de ser um jogo com uma grande variação de coisas para se fazer, não consegue trazer muitas novidades para o gênero e também possuí uma grande falha, que é não ter nem tradução e nem legendas em em nosso idioma. Quem não domina o inglês, precisa ficar parando o jogo para traduzir alguma coisa e entender o que é pra ser feito – já que é preciso ler bastante as instruções para completar algumas missões.
Após quase um ano em acesso antecipado, My Time at Portia foi lançado para PC, via Steam, GOG.com e Epic Games Store, no dia 15 de janeiro deste ano, e chegou em abril para PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch. No Metacritic, o game está com a média de 73 pontos na versão avaliada.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.