MAXIMUM RIDE: PROJETO ANGEL | LITERATURA

Maximum Ride - Projeto Angel
Maximum Ride – Projeto Angel

Um dos grandes sonhos do ser humano sempre foi voar. Júlio Verne fez dessa ferramenta etapas para dar A volta ao mundo em 80 dias ou para fazer a Viagem à Lua, Peter Pan tinha em sua eterna infância as brincadeiras que rodeavam o Capitão Gancho pelo ar, Super-Homem lutou para defender o planetas dos males daqui ou que vinham de outros lugares. Leonardo da Vinci fez de um parafuso um helicóptero, Santos Dumont saiu do chão sem bater asas e Rocketeer voou com seu foguete acoplado às costas.

Maximum Ride tem asas. Ela e os amigos Fang, Iggy, Nudge, Gasman e Angel. Todos eles podem voar como os pássaros. Max e Fang, os mais velhos, têm 14 anos e Angel, a mais nova, tem 6. Todos são crianças modificadas geneticamente pela Escola e pelo Instituto e têm ossos pneumáticos, enorme força e asas nas costas, o que lhes permite alçar voo e curtir a brisa e a vista de um lugar privilegiado.

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A vida deles, no entanto, não é tão boa assim. Fugitivos da Escola, conseguiram passar alguns anos em uma casa isolada do mundo sem que ninguém os perturbasse. Um dia, foram encontrados pelos Apanhadores, crianças também modificadas, mas misturadas a lobos, de modo que crescessem em menos tempo, ficassem mais fortes e fossem capazes de se transformar, como lobisomens. Angel é levada por eles e os demais se organizam para recuperá-la.

Divididos em dois grupos, na primeira parte da aventura essa família de crianças-pássaros descobre que suas características diferentes são grandes problemas. Não podem andar entre as pessoas sem esconder as asas, para que não sejam notados, e também têm que olhar desconfiados para todos, pois nunca se sabe quem é um Apanhador escondido na multidão.

Sem aliados, os jovens têm que usar suas habilidades para lidar com os inimigos. Como se encontram separados, a forma como a história é contada varia ao longo dos capítulos. Quando Max está em cena, é ela quem narra e seus pensamentos trazem comentários espirituosos. Ela conversa com o leitor o tempo todo, divertindo-se com ele até nos momentos mais tensos, o que gera cumplicidade. Quando Max não está, o narrador é como a câmera, que acompanha a história e conta ao leitor da forma que pode.

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Enquanto os grupos tentam chegar à Escola, a pequena Angel é torturada pelos experimentos dos jalecos-brancos, os cientistas que ajudaram a produzir aquele ser diferente e querem saber quais são os limites de seus poderes. Angel lê pensamentos, e isso eles não descobrem, o que a coloca em uma situação de alerta quando alguma comida é oferecida ou alguma pergunta é feita: ela sabe tudo o que está por trás.

De dentro ou de fora, a Escola e o Instituto vão sendo revelados aos poucos ao leitor, que encontra reviravoltas constantes na história, um thriller de ação com direito a explosões, tiros, paisagens belas, desconfiança e, claro, muita comida, porque os seres voadores precisam repor as energias. O senso de humor se contrapõe aos momentos de tensão e pancadaria e a leitura gera uma expectativa para virar cada página.

James Patterson assina sozinho este livro do selo #irado, uma emocionante aventura de seres geneticamente modificados em busca de explicações e de sua origem. A história não acaba neste volume, que tem capítulos curtos, ação frenética e um pouco de violência além do que seria normal no cotidiano das crianças daquela idade, mas para o leitor, o banho de sangue não suja as mãos.

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