Katana ZERO está entre nós! Lançado em abril de 2019, o jogo de ação desenvolvido pela askiisoft e distribuído pela Devolver Digital chegou prometendo muita ação e violência no controle de Zero, um ex-militar sem memórias.
Os jogadores, então, devem testar suas habilidades e, principalmente, a paciência, nesse mix de metroidvania e hack n’slash, enquanto buscam de respostas sobre o passado de Zero. Quer saber o que achamos do jogo? Confira nossa review completa!
Apenas uma questão de tempo
Um dos fatores mais interessantes de Katana ZERO é o que a morte significa dentro do jogo: com o protagonista, a morte é apenas um empecilho, que pode ser corrigido ao voltar no tempo. A forma com que o game retrata isso é fantástica, mostrando que o que você, como jogador, faz em cada parte é importante, mas o necessário mesmo é o planejamento de Zero e as formas efetivas de progredir na missão.
Exemplo: ao fim de cada cenário, é mostrado ao jogador um replay de tudo o que foi feito, em preto e branco, mostrando que o planejamento foi suficiente para se progredir e, no caso de morte durante esse preparo, aparece uma tela literalmente dizendo que aquilo não está correto.
Por várias vezes, por mais que você domine as mecânicas, você vai errar e ter que refazer o cenário todo de novo, o que gera um pouco de irritação algumas vezes. Mas é aquela que sentíamos com os jogos clássicos de plataforma, onde o desafio é recompensador e a sensação de completar uma missão infla seu ego como jogador, afinal, quem não gosta de se gabar por ter passado de uma fase difícil?
História, Trilha sonora e ambientação
Esse para mim é o ponto mais forte de Katana ZERO. Todo o estilo retrô do jogo, remetendo às fitas cassete, com aquele clima neo-noir clássico dos anos 80-90, misturado com trilhas sonoras incríveis, que ambientam cada missão, tornam o título um clássico atual. Aliás, a forma com que as músicas são reproduzidas é interessante, pois no inicio de cada fase, o protagonista coloca fones de ouvido e dá play em uma canção.
O estilo de ação em plataforma 2D traz, além do sentimento nostálgico, a máxima de que gráficos e jogabilidade realista, não fazem um bom jogo. Pesando apenas 145 MB, Katana ZERO desbanca muito jogo grande por aí. Todo o trabalho de direção de arte é fantástico e sinceramente, eu não estava preparado para isso.
A história do jogo é contada em lapsos de memória que mesclam com o tempo presente, as vezes o choque é tão grande, que acabamos perdendo a noção do que é realidade e o que é um flashback. São vários elementos que engradecem toda a narrativa. E não adianta eu tentar explicar, você deve ver com seus próprios olhos. É simplesmente fantástico!
Veredito
Katana ZERO é um jogo fantástico e seu maior defeito é que a história chega ao fim. Se você curte jogos retrô, no estilo de plataforma 2D esse é o seu jogo. E se você não curte, jogue Katana ZERO também! Você vai gostar, é sério, acredite em mim! De quebra, ainda está 100% legendado em português. O jogo é lindo, imersivo e empolgante, e eu passei horas jogando como se fossem minutos. Que venha uma continuação ou mais jogos nesse mesmo estilo.
Katana ZERO foi lançado para Nintendo Switch e PC, via Steam, GOG.com e Humble Store, no dia 18 de abril. O jogo alcançou a marca de 83 pontos no Metacritic na versão avaliada.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.