Sabe aquele jogo com todos os personagens de animes que gostamos, com uma premissa de título com tudo para ser sucesso? Foi assim que, provavelmente, Jump Force foi desenvolvido. Publicado pela BANDAI NAMCO, o game de luta chegou prometendo envolver os jogadores em uma história original: resgatar as personagens que foram capturadas pelo mal.
Mas e aí, será que o jogo conseguiu nos envolver nessa trama? Interessado para saber se o jogo tem mesmo loadings eternos? Confira nossa opinião agora, em mais uma review do Jornada Geek!
Expectativas de um novo jogo
Quando o jogo Jump Force veio a tona, gerou um rebuliço na mídia de games. Como reunir tantos animes em seu contexto e fazer com que isso desse certo? Jump Force trazia consigo uma premissa perigosa, ao reunir vários mundos desconexos sem comprometer o enredo de uma história original. Mas, como nem tudo são flores, é a história que acaba deixando a frustração do jogador falar mais alto: ela é rasa, com repetitivas narrativas e um “ciclo sem fim” de resgates para liberar novos personagens. Pra mim, isso tirou toda a profundidade do game, mas fica ao gosto de quem joga: ficar preso no jogo apenas para liberar o seu personagem de anime favorito?
Jump Force começa com uma luta entre Freeza e Goku, remetendo a um dos momentos mais icônicos dos animes. Porém, o grande clímax é quebrado com o surgimento de um novo personagem (que pode ter o gênero definido pelo jogador), na qual não faz parte de nenhuma narrativa e que será controlado por quem joga. Essa quebra não foi bem vista pela maior parte dos jogadores – inclusive daqueles que vos fala – que ainda não conseguiram entender o porque da adição de um “herói” aleatório e o que ele acrescentaria em uma história que poderia envolver momentos épicos.
Passando por isso, não é somente a escolha de um personagem, mas o grupo no qual Jump Force coloca a disposição dos jogadores consegue deixar confuso a história. Ele é composto por personagens aleatórios e sem pretexto para montar aquele time e, por isso, é preciso escolher bem na hora de progredir.
Combates e Missões
No quesito combate, Jump Force consegue surpreender com uma variedade interessante de poderes e mistura de estilos de um mesmo personagem. Qualquer jogador inexperiente vai conseguir fazer combos e ainda soltar os poderes especiais sem muita dificuldade, o que pode ser considerado ruim pelos mais exigentes, mas que ainda assim, atrai um maior público para o grande espetáculo.
As missões do jogo, como dito anteriormente, são repetitivas, mas são através delas que as melhores batalhas acontecem. Se o jogador usar personagens certos, poderá travar batalhas épicas e é bom lembrar que é através das missões que outros personagens jogáveis são desbloqueados.
Gráficos e artes questionáveis
Um dos pontos mais questionados do jogo após o seu lançamento foi a parte gráfica, seja ela por personagens mal desenhados ou deformados – tamanho de músculos e cabeças desproporcionais são alguns exemplos.
A base, onde o personagem principal passará a maior parte do tempo, é um ambiente inanimado e sem riqueza de detalhes, poucas interações possíveis e acaba se tornando cansativo ficar indo de um lugar para outro, sendo os ambientes apenas um obstáculo até o objetivo – alcançar algum NPC do jogo.
Os cenários das lutas destoam da parte das personagens, pois alguns conseguem retratar bem aqueles apresentados nos animes que fazem referência, trazendo um pouco de alento aqueles que esperavam que seria tudo um desastre.
Veredito
Jump Force não é um jogo que irá concorrer como jogo do ano e é um forte candidato a famigerada lista de jogos que prometiam e não entregaram, ou seja, flopou! Porém, para aqueles que curtem jogos com personagens de animes, vale a pena esperar uma promoção para poder ter essa experiência. A ação, jogando em dificuldade alta, traz lutas de tirar o fôlego. Vale ressaltar a necessidade de ter um PC mais robusto para que Jump Force seja jogado de forma satisfatória – longos loadings e travamentos podem ocorrer se quem jogar tiver um PC mediano.
Jump Force foi lançado no dia 15 de fevereiro de 2019 para PlayStation 4, Xbox One e PC, via Steam. O título é possuí legendas e interface em português brasileiro. No Metacritic, o game ficou com a média de 58 pontos na versão avaliada.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.