Nota do editor: Como Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series foi dividido em cinco episódios, o Jornada Geek publicou reviews individuais de cada capítulo. Não atribuímos notas individuais para cada capítulo, deixando para o texto do último episódio uma avaliação completa do jogo. Por se tratar de um jogo episódico, essa review contém spoilers que podem estragar a experiência do jogador. Leia por conta e risco!
Como todo bom livro tem o seu fim, com a maravilhosa série da Telltale não seria diferente. Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series finalmente chega em seu quinto e último ato com muitas questões indefinidas e o grupo rachado. O 5° episódio, nomeado de “Não deixe de acreditar”, traz um nome esperançoso, mas o que foi visto no anterior não era bem isso.
E então, o que acontecerá com o futuro da galáxia? Os Guardiões se reunirão? Hala se tornará invencível? Descubra comigo em mais uma crítica do Jornada Geek!
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E agora, Peter?
Ao se embebedar com Rocket num bar, Peter percebe o fim do grupo e sente que terá que enfrentar as coisas apenas com o parceiro restante. Porém, ao ver na TV que Hala havia destruído um planeta, ele se vê obrigado a tentar recuperar o grupo, de forma que eles consigam conter a ameaça kree.
Aqui percebemos que a melhor parte dos heróis é justamente a socialização, e não os grandes feitos alcançados por eles. O lado emotivo aflora mais uma vez, sobretudo quando Mantis traz à tona as origens dos Guardiões por meio de Groot, onde mostra como eles se encontraram pela primeira vez, ambos presos pela Tropa Nova, se vendo obrigados a trabalhar em grupo para fugir.
Memórias de Peter
Mantis mostra pra Peter que é possível tentar rastrear Gamora e a equipe por meio dos seus poderes telepáticos, mas que para isso ela precisaria da ajuda do Senhor das Estrelas, alcançando suas emoções, levando-o para dentro de sua própria mente.
E entre todos esses pensamentos eles descobrem o ponto que mais me deixou feliz: Drax está vivinho e venceu o imenso verme do episódio anterior! Além disso, nosso herói também consegue reencontrar Gamora e o resto da gangue e sim, os Guardiões da Galáxia estão reunidos novamente para encarar a sua possível última ameaça: Hala.
Plano final e… grande final?
Ao se reunir com Rocket, Peter descobre os pontos fracos da nave inimiga que já está à caminho de Luganenhum e a dupla arquiteta em detalhes o que fazer para destruir a temerosa vilã. Nesta parte, você tem que escolher o que cada guardião fará no plano, o que achei muito interessante. Rocket foi o hacker, sendo defendido por Groot, Drax foi a distração, Peter armou os defletores e Gamora roubou o capacete de Hala. Mantis seguiu sendo a Mantis e não fez muita coisa…
Eis que o conflito final chega e a nave inimiga é invadida pelo grupo que luta com Hala e seus capangas. O conflito poderia ser mais bem explorado, mas infelizmente não é tão bom quanto eu imaginaria que fosse, sendo até fácil demais e curto. Mas, o foco do jogo não é a luta, mas o controle das ações dos personagens.
Um desfecho e tanto
Hala é vítima do seu próprio poder, sendo consumida pela Forja e confundindo Peter com seu filho. Eu fiquei com dó, mas tive receio dela fazer algo pior e ficar viva. Escolhi que o Senhor das Estrelas conversasse com ela como se fosse o filho dela e que a dissesse que estava na hora dela desistir de salvar o povo kree. Ela falece e os nossos heróis vão comemorar no bar de Luganhenhum.
Todos estão ali felizes e Mantis oferece a Peter uma chance de estar por alguns momentos com sua mãe. Eu aceitei e dei ao nosso conturbado herói a chance de se despedir dela pela última vez. O momento é muito bonito e o jogo tem um desfecho simples e bem elaborado.
Considerações finais
Pelo que parece, a saga dos Guardiões da Galáxia não acaba aqui. Logo no final a Tropa Nova já entra em contato pedindo socorro, e escolho por atendê-los de imediato. Outro aspecto que nos leva a crer em um outro jogo é a aparição de Thanos no final e um outro personagem desconhecido que parece ter o desejo de ressuscitá-lo. Será que isso realmente acontecerá? Só o tempo nos dirá…
De toda forma, Guardians of the Galaxy: The Telltale Series empolga bastante aos fãs dos Guardiões e proporciona uma ótima aventura, repleta de pontos altos e muita emoção, sendo um jogo divertido e bem maduro. Os gráficos são excelentes, os comandos até que respondem bem nos momentos de interação e confrontos. O jogo só peca por não ter mais ação, que era um ponto que eu esperava mais.
No geral, o jogo é muito agradável, somando em todos seus 5 episódios cerca de 7-10 horas de história. Fico torcendo para que a Telltale faça uma continuação e que Thanos se faça um vilão mais cruel do que nessa temporada.
Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, Mac, iOS e Android. Os preços variam de acordo com a plataforma. Já no Metacritic, a média do episódio foi de 68 pontos na versão que utilizamos para a crítica. O jogo completo terminou com média de 78 pontos.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.