FÉRIAS FRUSTRADAS | CRÍTICA

Classificação:
Regular
Férias frustradas poster críticaNão tem como se falar em cinema americano nos anos 80 sem se falar o nome de John Hughes. Em meio ao turbilhão de superproduções carregadas de efeitos especiais, tais como a franquia Indiana Jones e De Volta para o Futuro, e também de dramalhões influenciados pela linguagem televisiva, aí cita-se Gente como a Gente (1981), Laços de Ternura (1983) e Entre Dois Amores (1985). Hughes conseguiu implantar a comédia de costumes envolvendo jovens que queriam que a vida fosse apenas diversão. Porém, antes que se tornasse um fenômeno, ele atingiu o estrelato com uma bobagem que deu certo, Férias Frustradas caiu no gosto do público, ganhou diversas sequências, sendo que a de agora traz o filho de Clark Griswold (Chevy Chase) tentando repetir a mesma viagem que fez com a família trinta anos atrás.

O piloto de uma empresa de pequeno porte Rusty Griswold (Ed Helms) decide dar uma fim em sua rotina quando tem sua grande idéia: fazer uma viagem de carro com sua família até Walley World, o melhor parque de diversões da América, refazendo assim, a mesma aventura que teve com sua família a trinta anos atrás (em episódio narrada no filme original). Porém sua esposa Debbie (Christina Applegatte) e seus filhos James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins) não ficam entusiasmados. Talvez imaginassem que até conseguirem cruzar o país e chegar ao parque, muita confusão aconteceria.

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É impressionante pensar que uma fórmula construída a tanto tempo ainda consegue surtir efeito e fazer com que as pessoas solte boas gargalhadas. Mais um ponto para o saudoso John Hughes. Sim, pois não há nada que o roteiro que John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein apresenta que não tenha uma influência direta das gags implausíveis que o filme original, e suas intermináveis sequências não tenham apresentado. Aquela narrativa que lembra a de um sitcom ainda acompanha o filme, e são demarcados os momentos em que a tirada de humor acontecerá. É quase um episódio maluco do Saturday Night Live, só que em proporções bem maiores.

O humor genérico acaba por irritar mais do que fazer sorrir, pois, certas situações são inaceitáveis, mesmo que se tratando de comédia. As partes em que somos surpreendidos por um toque ou outro de criatividade são bem-vindos, como o carro maluco cheio de traquitanas, isso sim traz um humor gracioso. Outra sacada legal é a incessante implicância do filho mais novo com o mais velho, que mesmo com uma constituição mais agridoce e de mau gosto para algumas pessoas, estão entre as passagens mais engraçadas do filme.

Ed Helms, que fez muito sucesso na franquia Se Beber não Case, tem um jeitão bem parecido com o exagerado Chevy Chase, porém consegue ser mais incisivo em provocar gargalhadas sem extrapolar tanto. As pontinhas de Chris Hemsworth, como o cunhado exibido que provoca desejo em Debbie, e Chevy Chase, como eterno Clark Griswold também conseguem agradar, mesmo que em muito pouco tempo.

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Talvez por falta de experiência dos diretores, que seguem o mesmo padrão de direção, ou mesmo por falta de originalidade, Férias Frustradas consegue apenas ser um passatempo agradável em um fim-de-semana sem grandes filmes disponíveis. Vale-se mais pela genialidade de John Hughes que adaptou o primeiro roteiro de um conto de sua autoria em uma revista, do que de qualquer coisa que venha a mostrar agora. E para quem não faz questão de ir ao cinema, ficar em casa e assistir ao orignal com certeza vale muito mais à pena.

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