Há duas semanas, escrevi sobre Moss e como o título apontou uma quebra de paradigmas em jogos para o PlayStation VR. Hoje, vou trazer mais um pouco sobre essas experiências diferentes. Que o acessório seria recheado de jogos em primeira pessoa, ninguém duvidaria, afinal, a ideia central dele é te colocar como o personagem principal do jogo. E foi assim que conheci Farpoint.
Lançado há quase um ano, o FPS futurista desenvolvido pela Impulse Gear chegou junto com o VR Aim, o controle em formato de arma que serve como acessório para o PlayStation 4/VR. Infelizmente, não tive acesso ao controle para a realização do review, utilizando o DualShock 4 comum. Mas você se enganaria muito se pensar que não foi uma experiência legal. Vou contar os detalhes agora, em mais uma crítica do Jornada Geek!
História simples e funcional
Lançado alguns meses após o VR, Farpoint não é um jogo que brilha na história ou com uma ampla variedade de coisas para fazer. Até por ser um dos primeiros títulos do acessório, ela funciona de uma forma simples, porém, funcional.
Na pele de um piloto de uma nave espacial, você vai ao espaço buscar uma dupla de cientistas que estavam em uma estação espacial. Mas é claro que algo vai dar errado e todos vão parar em um planeta desconhecido, infestado por aranhas gigantes (Alô, aracnofóbicos!). A sua missão é encontrar sobreviventes e dar o fora dali.
A história segue a medida que você encontra mensagens em hologramas espalhadas pelo mundo e assiste algumas cutscenes. Assim você descobre o que aconteceu com os outros personagens e avança no gameplay.
Jogabilidade diferenciada
Se Farpoint peca por trazer uma história simples, a jogabilidade dele brilha. Com uma troca de tiros bem interessante, o jogador se vê obrigado a pensar em táticas de qual inimigo acertar primeiro, qual cobertura é melhor para se esconder e qual arma vai causar mais dano. Se você pensa em usar estratégias diferentes, esse é um ponto considerável que pesa a favor do game.
Por outro lado, ainda no modo história, o título tem um defeito que pode ser considerado grave: os inimigos sempre vão nos atacar pela frente. Isso poupa um pouco de esforço por parte do jogador, mas diminui bastante a imersão do shooter. Uma pena.
Mas um ponto legal presente em Farpoint é a sua variedade de armas, embora não seja muito grande, é funcional. Cada uma delas tem utilidade no jogo. Seja pelo rifle, a espingarda equipada com mísseis ou o sniper, por exemplo, todas elas servem para minar, até com certa facilidade, as aranhas alienígenas.
Melhor acompanhado
Pontuados quase todos os pontos do jogo, nos resta falar de onde o game mais brilha: os modos para jogar com amigos. Seja no versus, no deathmatch ou no cooperativo, Farpoint traz conteúdo suficiente para te entreter por mais do que as cerca de seis horas da campanha principal.
As missões cooperativas trazem dificuldades variadas e permitem que você se conecte com algum amigo – ou jogador aleatório na PSN – para jogá-las. Por terem um nível de dificuldade maior que o da campanha principal, aqui os inimigos podem surgir de qualquer lugar e torna o desafio mais interessante. Mas fique tranquilo: como em outros jogos cooperativos, é possível reviver o parceiro após ele ter morrido, ou completar a fase sozinho.
Veredito!
Eu sei que não tive a experiência verdadeira de Farpoint ao jogar sem a arma. De tudo o que vi e li sobre o título, vai me parecer outro game quando jogá-lo com o VR Aim. Portanto, talvez eu até faça outra review se eu pegar o acessório. Mas eu tive uma boa experiência com ele, mesmo com o DualShock 4.
Exclusivo para PlayStation VR, Farpoint recentemente passou por uma redução de preço e agora custa R$ 79,90 na PlayStation Store e no varejo. No Metacritic, o game teve média de 71 pontos.
*Cópia fornecida pela desenvolvedora.