A fall season finalmente começou nos EUA e chegou realmente recheada de novidades de gêneros completamente diferentes. Ainda assim, além de todas essas questões, é sempre bom também observar o retorno de atores já conhecidos do público dando novos passos em suas carreiras. E no meio de tudo isso, destacando os dois fatores citados, está Designated Survivor. Prometendo desde a sua campanha uma abordagem mais política, o programa já deixou marcas bem interessantes desde a sua estreia exatamente por saber quando buscar outros caminhos.
A trama acompanha Tom Kirkman (Kiefer Sutherland), Secretário de Habitações e Desenvolvimento Urbano do governo dos EUA que teve suas funções alteradas e deve se transferir para o Canadá inesperadamente. Entretanto, no mesmo dia, ele também é escolhido como o sobrevivente designado em um momento em que todo o governo, Incluindo o presidente dos Estados Unidos, estão participando de uma solenidade no capitólio. Tudo muda quando um ataque catastrófico mata todos os membros do governo e Kirkman deve assumir a função de Presidente dos Estados Unidos.
É simplesmente chamativo quando uma produção decide abordar exatamente os temas que são mostrados ao longo da trama de Designated Survivor. Com coragem de mostrar um ato terrorista gigantesco de modo ficcional, logo o seu roteiro também vai estabelecendo outras vertentes ao longo das cenas seguintes e através dos seus personagens. Logo fica claro então que o seu desenvolvimento não será de destruição, mas de renascimento e com um foco mais pessoal envolvendo certos pontos.
Kiefer Sutherland, o eterno Jack Bauer, volta a chamar atenção por sua atuação em cima de uma proposta completamente diferente da que o público já está acostumado. O seu personagem não tem qualquer ligação com o agente de 24 horas e chama atenção principalmente por conta dos seus dramas pessoas, já que se vê em uma situação de catástrofe e tendo que assumir o cargo de maior poder no mundo. É principalmente interessante observar o seu desenvolvimento por conta desses passos, já que decisões precisam ser tomadas por alguém que não está acostumado a comandar.
A partir desse ponto, com o seu protagonista bem estabelecido no pessoal e político, logo o programa começa então a desenvolver todas as suas questões necessárias de forma correta. Tudo parece ter um espaço bem definido para os acontecimentos, incluindo a apresentação dos seus personagens coadjuvantes e os momentos completamente ligados a investigação em andamento sobre o atentado. Um início interessante para a série de TV, principalmente por conta do seu encaixe em todas as situações.
Para se ter ideia da ótima diversidade apresentada, em apenas dois episódios tivemos questões terroristas, um novo comando, o início de uma conspiração, racismo, além da sobreposição de poder e a busca pelo controle dos acontecimentos. Isso, é claro, sem contar a situação de pai de família ligada ao seu protagonista e todas as questões envolvidas nesse meio. É realmente um seriado diversificado, com situações que não deixam a sua trama ficar perdida por serem separadas da forma correta e encontrarem ligações quando necessário. Se existem apostas certas e programas que merecem ser vistos desde o momento de estreia, esse uma delas é Designated Survivor.
