O interessante no desenvolvimento dos títulos da Netflix é que não existe um limite de gêneros. Após iniciar o desenvolvimento de títulos mais puxados para dramas e comédias, até mesmo no universo de heróis o serviço de streaming acabou se envolvendo. Quer dizer, neste caso foi mais para vigilantes. Com o início de uma nova abordagem iniciada por Demolidor, ainda em 2015 também foi lançada a série Jessica Jones. Obviamente, logo as renovações começaram a surgir. Agora, trabalhando na introdução de novos personagens, o demônio de hell’s kitchen ganhará uma nova temporada em 18 de março. Bem, nós já vimos os 7 primeiros episódios e comentaremos um pouco abaixo. Obviamente, evitando dar grandes detalhes.
O novo ano segue exatamente a abordagem anterior, destacando a luta de Matt Murdock como advogado e vigilante de Hell’s Kitchen. Entretanto, logo começam a surgir outras ações que você sabe que não seriam tomadas por aquele personagem apresentado na 1ª temporada ou outros já mostrados em Jessica Jones. Logo somos apresentados ao The Punisher, um homem que insiste em fazer justiça com as próprias mãos. E assim, ainda tentando equilibrar a sua vida profissional, pessoal e de vigilante, Matt deve lidar com um homem decidido e que lhe obriga a analisar o verdadeiro significado da palavra “herói”.
É exatamente o clima descrito acima que os episódios iniciais da 2ª temporada de Demolidor apresentam ao seu espectador. Sem ter medo do sangue, marca já registrada do primeiro ano, mas também sem abusar de tal qualidade, a trama apresenta um Justiceiro realmente em busca de vingança e caçando os criminosos com as próprias mãos custe o que custar. Neste ponto, logo a atuação de Jon Bernthal acaba ganhando grande destaque ao longo das cenas.
Mostrando um homem perturbado, mas ainda assim decidido, o ator e personagem acabam roubando a cena em diversos momentos por conta da faceta vigilante, que ao mesmo tempo é completamente diferente do Demolidor. É também muito interessante ver a química que rola entre Bernthal e Charlie Cox nas cenas em que estão frente a frente. Não apenas pelas lutas bem coreografadas, mas também em situações que são grandes homenagens aos quadrinhos, com discussões dos personagens tentando cada um proteger a sua visão e o modo de agir.
É também por conta da introdução do Justiceiro que podemos ver a busca de um equilíbrio na trama envolvendo vigilantes e a vida diurna de Murdock. O mesmo está perdido em suas relações pessoais, incluindo o crescente interesse por Karen. Com isso, e outros detalhes e fatos que vão surgindo, os episódios fluem de uma forma ainda melhor neste ano.
Para terminar, o primeiro arco ainda é responsável por finalmente nos apresentar Elektra Natchios. Obviamente, tudo fica ainda mais confuso com a sua aparição em um momento já complicado. Ela ainda não é aquela personagem que chegamos a conhecer nos quadrinhos, podendo ser um pouco comparada com a jornada do Demolidor ao longo do primeiro ano. Obviamente ela já estudou lutas e tem suas habilidades, mas é diferente. O foco principal é realmente em sua relação com Matthew, seja através do passado ou presente. Outro ponto forte é também a sua personalidade, que ao mesmo tempo preocupa e diverte por conta das piadas e decisões inconsequentes.
No geral, Marvel e Netflix mostraram neste primeiro arco que o que já estava fantástico ainda pode melhorar. Sem se prender apenas ao trabalho de vigilante, a produção explora a qualidade do seu elenco através de atuações. A química entre qualquer um deles é facilmente destacável, independente do nome que está em cena. Mais uma excelente expansão para o seu projeto, que promete cada vez mais e cria grandes expectativas. Agora, a única pergunta que fica é: falta muito para o dia 18? Eu preciso ver o resto com certa urgência.
E claro, já vá se preparando para passar o dia na frente da televisão.
