DEADPOOL | CRÍTICA

Classificação:
Excelente

Deadpool posterHá alguns anos, quando os filmes baseados em quadrinhos ainda não estavam tão em alta, o personagem Deadpool finalmente apareceu na tela grande. Entretanto, sua versão em X-Men: Origens – Wolverine deixou muito a desejar, gerou reclamações e muitas críticas do público por conta da abordagem totalmente desnecessária e modificada dada ao personagem. E assim, com a ascensão do gênero, logo um teste vazou na internet e o filme solo do mercenário tagarela foi aprovado pela Fox. E assim, no meio de muita desconfiança, ele também foi traçando o seu caminho e prometendo muita irreverência no que estava por vir. Agora, após uma grande campanha de marketing, a espera por Deadpool finalmente acabou.

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A trama acompanha Wade Wilson (Ryan Reynolds), ex-membro das Forças Especiais, que se tornou um mercenário com o passar do tempo. Entretanto, quando descobre ter câncer terminal enquanto vivia uma grande história de amor com Vanessa (Morena Baccarin), ele acaba aceitando ser submetido a uma perigosa experiência que lhe deixa com poderes de cura acelerada, assumindo assim o alter ego de Deadpool. Agora, armado com suas novas habilidades e com um senso de humor sombrio e distorcido, Deadpool caça o homem que quase destruiu a sua vida.

Poucos projetos conseguem entregar aquilo que realmente promete, mas dessa vez este não é o caso. Desde a primeira cena, com os créditos ao som de Angel of the Morning, cantada por Juice Newton, a produção deixa claro que não será levada em nenhum momento à sério. E olha, acertam em cheio nisso. A partir dali, quase todas as sequências acabam contando com alguma referência em cena ou através das falas dos personagens. E elas são variadas, quebrando barreiras de estúdios, e com o personagem sem medo de zoar até a própria franquia dos X-Men. E o melhor: você nunca sabe pelo que esperar. Ou seja, risadas garantidas.

E isso não para por aí. Ryan Reynolds está mesmo, sem dúvida alguma, interpretando o papel da sua vida. O humor do ator é constantemente afiado, com ele apresentando ótimas tiradas até mesmo com o seu passado. Ele foi sem medo, se entregou ao papel como poucos e agora irá tirar um grande proveito de tudo isso. Com todos esses aspectos e entregas de cada membro da equipe, vale a pane também ressaltar a coragem de Tim Miller. O diretor fez um excelente trabalho ao lado dos roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick, sabendo até mesmo direcionar e escolher os momentos certos para utilizar a quebra da quarta parede. Sendo assim, fica claro que o protagonista sabe exatamente o que está acontecendo ao longo de toda a trama.

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Mas nem tudo são referências e coragem. O talento de cada um dos envolvidos vai ganhando o merecido destaque com a evolução do trama, mas sempre mantendo a linha já conhecida do seu protagonista nas HQs. Em um formato não linear, o espectador é levado de cenas de ação e frases engraçadas para alguma situação do passado envolvendo Deadpool, a descoberta da sua doença e o seu grande romance. Aqui não existem intenções de salvar o mundo, mas sim aquela que Wade Wilson considera o grande amor da sua vida.

O mais interessante é que no caminho para isso tudo ele não quer mesmo saber de nada, sem ao menos medir qualquer consequência para o que está fazendo. Não importa o sermão ou quem tiver que sair no braço, o mercenário não tem medo. E quando a ação é necessária? Bem, são cenas espetaculares formadas por tiroteios, lutas com espadas, giros no ar, ótimas sequências de golpes e MUITO sangue. Neste título os fãs vão ver o que provavelmente nenhuma outra produção de quadrinhos terá coragem de fazer por algum tempo. Deadpool tem sangue, sexo, palavrões e tudo o que um herói não deve fazer. Afinal, como ele mesmo diz ainda no início, ele nunca será um herói. Palmas para a Fox que não se intrometeu no filme desta vez, assim como também para todos os envolvidos pela coragem. Sim, nós temos o filme que o maior tagarela da Marvel realmente merece!

P.S: a produção contém 2 cenas pós-créditos.

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Marco Victor
Marco Victor
Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pela UniAcademia, e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.

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