As séries policiais sempre estão marcando presença em uma quantidade absurda, mas ainda assim existem aqueles que vão chamando atenção de alguma forma diferente. E foi exatamente assim que Chicago P.D. desde o seu lançamento. Chegando ao mercado como um crossover de Chicago Fire, o projeto foi logo encontrando o seu espaço ao longo dos episódios, mostrando um ótimo desenvolvimento através da sua trama. O segundo ano foi apenas a confirmação disso, com grandes casos, mas também questões pessoais rondando os seus personagens, o grande impacto ficou para o seu final. Agora, a 3ª temporada chega estabelecendo novos pontos e prometendo ainda mais.
Para começar, o novo ano de Chicago P.D. retorna pouco tempo após o final do seu anterior. Com Lindsay entregue ao seu passado, vícios e em contato direto com sua mãe, Halstead continua insistindo e tentando recuperar sua amiga e parceira. Entretanto, é quando as coisas pioram que ela acaba voltando ao seu estado, tendo a necessidade de entrar em cena novamente. A partir de então, a temporada já chega evoluindo e apresentando verdadeiros casos de impacto, envolvendo assassinatos infantis e desaparecimentos de jovens. E quando se achava que tudo já tinha sido mostrado, o passado de Voight e Olinsky retorna para cobrar uma antiga dívida.
Com essas temáticas entre afetar os seus personagens e casos mais chocantes, o seriado vai ganhando um impacto mostrado. Aqui, a tensão realmente faz parte da trama em todos os capítulos. É sentido pelo espectador que qualquer coisa pode acontecer nos episódios de Chicago P.D., ainda mais após a morte de Nadia na temporada passada. Cada episódio apresenta um novo aspecto, coloca um nome em foco e passa a sensação de que ninguém está realmente à salvo.
Além disso, o roteiro sabe exatamente como aproveitar essa colocação. Entretanto, o mais interessante no novo ano está sendo reparar um aprofundamento ainda maior na evolução de personagens. Parece que cada um está ganhando um pouco mais de espaço, sendo que até mesmo o misterioso passado de Voight e, principalmente, Alvin Olinsky está marcando uma maior presença. O primeiro pode ter sido o foco do capítulo 4, mas a vida de Al e o seu cotidiano estão tendo um bom espaço desde o retorno. Tal fato, por sinal, chama atenção para possíveis perdas e impactos, já que agora o espectador está bem envolvido com cada nome entre os protagonistas, sendo que até mesmo Mouse teve o seu momento de grande destaque.
E assim podemos começar a trabalhar com várias suposições, já que a terceira temporada começou mesmo no ritmo de uma season finale. Casos de impacto surgiram, já tivemos dramas bem profundos envolvendo os seus personagens, situações do passado retornaram. Afinal, o que mais pode tomar conta de uma série policial que mantém a tensão em alta? Mais uma perda acontecerá no que está por vir? A verdade é que, independente de tal possibilidade, a trama vai fluindo muito bem. E se não ocorrer alguma morte, saindo da questão profissional, o pessoal de cada membro da equipe também chama atenção com casamentos encaminhados, romances tomando cada vez mais forma, Voight preocupado com o passado. Ou seja, o novo ano de Chicago P.D. deve render muitos momentos impactantes para qualquer envolvido na equipe de inteligência.
Outro ponto que também deve ser muito válido ressaltar: os crossovers. Sem dúvida alguma devem surgir ótimos eventos envolvendo P.D., Med e Fire. Entretanto, agora a exigência para isso está alta. Os do segundo ano foram bem trabalhados e com um roteiro consistente. Com a chegada de mais um elenco completo e uma nova instituição, algo ainda mais amplo deve ser explorado dentro do que será construído daqui por diante.
Exibida nos EUA pelo canal NBC, a 3ª temporada de Chicago P.D. estreia no Brasil em 27 de outubro, terça-feira, às 23h, no Universal Channel.