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Séries de TV envolvendo diversos temas vem surgindo ao longo dos anos, mas nos mais recentes é interessante observar como algumas acabam também rendendo bons derivados que vão ganhando força através da sua abordagem e desenvolvimento dos episódios. Um bom exemplo tal construção é Chicago Fire, que logo também apresentou personagens de outro departamento que conseguiram conquistar a atenção do público. E assim, com tal ideia e expandindo um universo, no ano seguinte Chicago P.D. surgiu apresentando uma ótima qualidade policial. Agora, a 1ª temporada já está também disponível no mercado home vídeo.
Chicago P.D. mostra a realidade do 21º Departamento de Polícia de Chicago, formado por dois grupos distintos: o dos oficiais de uniforme, que patrulham a cidade e lidam com crimes urbanos, e a Unidade de Inteligência, formada por um time especializado em combater crimes mais graves como crime organizado, tráfico de drogas e assassinatos de alto calão. No comando desta unidade está o sargento Hank Voight, um homem que não mede esforços para aplicar a lei ao seu modo, o seu parceiro de longa data, Alvin Olinsk, e o Detetive Antonio Dawson.
Seguindo um padrão, a produção não foge muito da sua temática. E assim como outros programas, a narrativa vai logo apresentando momentos profissionais e pessoais dos seus protagonistas. Entretanto, tal padrão também consegue ser quebrado em certos momentos. Aqui, no meio dos tradicionais casos semanais, certos assuntos e abordagens começam a ficar mais profundas ao longo da trama. E é exatamente através disso que logo uma barreira menos comum é quebrada, seja para citar o passado de certos personagens ou até mesmo situações do presente envolvendo outros.
Tal aspecto trabalhado sobre os pontos únicos de Chicago P.D. ganha força exatamente por conta dos seus acontecimentos e evolução seus detetives. Situações destacando a corrupção fazem parte do DNA da sua trama, ainda mais quando o assunto é Hank Voight. Aqui, longe de ser o antagonista mostrando inicialmente em Chicago Fire, o personagem é muito explorado dentro de suas várias limitações. Seja o detetive que quer pegar o criminoso, sem importar como, ou o corrupto que irá virar o rosto, tudo isso é mostrado sem medo. Essa, sem dúvida alguma, é a grande diferença para qualquer outro título que possua temática policial.
E se engana quem pensa que tudo acaba por aí. No meio de todas essas questões envolvendo um dos seus protagonistas, ainda existem também muitos outros personagens. Erin e Jay são dois bons exemplos. Eles acabam ganhando um certo foco em cima de um clima de romance proibido, mas que também mostra um pouco mais da sua parceria policial em momentos complicados. Por sua vez, Antonio sugue entre a lealdade e dúvida sobre as atitudes de Voight, enquanto Olinsk faz o tipo quieto sabendo demais.
Do outro lado, nas patrulhas, o roteiro ainda aproveita para explorar todas as abordagens possíveis dentro de uma delegacia. Através da dupla formada pela policial Kim Burgess e Kevin Atwater, o programa acaba também mostrando desde ocorrências pequenas através de um assalto a uma padaria, até um corpo ligado ao crime organizado ou algo ainda maior.
E assim, com todas essas questões ligando os seus personagens sendo misturadas entre profissionais, pessoais, mas também fazendo com que a unidade funcione como uma família, a série de TV consegue ir prendendo a atenção do espectador da forma correta ao apresentar uma primeira temporada de casos variados. Além disso, ainda aproveita exatamente todas as suas questões para provar que pode seguir caminhos únicos para um programa de temática policial. Com todas essas questões, logo Chicago P.D. vai encontrando momentos certos para expor sua polêmica, desenvolver os seus personagens de formas variadas e mostrar um grande potencial para o que está por vir.