CADA UM NA SUA CASA | CRÍTICA

Cada Um Na Sua Casa
Cada Um Na Sua Casa

A DreamWorks Animation segue sua trajetória em tentar aperfeiçoar seu mainstream e se igualar à sua grande rival quando o assunto é animações, a poderosa Disney/Pixar. Para isso, amadureceu seus roteiros e emplacou sucessos não só de publicou, como a mega bilionária franquia Shrek, mas também se entendeu com a crítica. Com Como Treinar Seu Dragão 2, no ano passado, atingiu um status de excelente, fazendo com que o Oscar da categoria para Operação Big Hero, da Disney, fosse contestado, algo impensado anos antes. Porém, para provar que não atém apenas na vontade de se tornar a rival, o estúdio traz uma animação à sua moda, singela, que fala de amizade e família, e mesmo que volte apresentar um roteiro frágil, diverte com as tradicionais gags visuais e personagens apaixonantes.

O alienígena amável e desastrado Oh (Jim Parsons) está feliz por seu povo, os Boov, terem encontrado um novo lugar para se esconder. Porém, este lugar é a Terra, onde eles capturam os humanos e os isolam em comunidades cheias de gente e diversão no deserto australiano. Quando por ação Oh coloca a existência de sua raça em perigo, mandando uma mensagem para seus inimigos, ele é tido como um procurado. Ao fugir, acaba se unindo à única humana livre, a mandona Tip (Rihianna) que pretende resgatar a mãe. Esse encontro os levarão à aventuras que nunca imaginaram, além de lhes proporcionar aprendizados preciosos.

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A intenção do roteiro escrito a quatro mãos por Tom Astle e Matt Ember, baseado na obra de Adam Rex, é muito bem intencionada, com uma bela história de amizade firmada por seres de raças diferentes. É um libelo contra o preconceito e contra a intolerância, além de ressaltar qe todo mundo é importante de alguma forma. Porém, além de ser facilmente comparado à outros tantos enredos do tipo, entre eles E.T. – O Extraterrestre (1982), e a produção da Disney Lilo & Stich (2002), o filme sofre por falta de cadência, que às vezes parece não saber realmente aonde quer chegar. Problema conhecido nos filmes do estúdio.

Entretanto, o diretor Tim Johnson, que esteve à frente de filmes mais fracos da produtora, conseguiu inserir um pouco de química nos personagens principais, e ao contrário de seus outros filmes, achou uma forma de conduzir a maluquice de um jeito que não se sobrepusesse ao que o público queria realmente assistir. Mesmo que o roteiro seja apenas uma razoável coleção de clichês de muita coisa que já se viu, a diversão e as reflexões acabam por funcionar e conquistar o público.

Mas há de se destacar uma peça importante que faz a engrenagem encontrar um funcionamento satisfatório: a trilha sonora. Com grandes nomes da música pop americana atual, inclusive Rihianna que dubla a personagem Tip, quase impossível que o público não seja levado pelo mesmo swing que hipnotizou Oh, e rendeu uma das passagens mais divertidas d filme. Claro, vale também uma menção honrosa para os traços que estão cada vez mais excelentes, mas que mantém um toque singular, que caracteriza as produções DreamWorks.

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Longe de ser um filme que expõe a ótima fase que vive o estúdio, Cada um na sua casa ao menos prova que a DreamWorks não pretende ficar apenas na tentativa de “copiar” sua principal concorrente. E se a crítica não ficou satisfeita com o resultado final deste seu novo filme, é a prova que já chegou em um patamar onde o bom já não é o suficiente. O que é bom, mas também perigoso, pois se não quanto mais alto se chega, maior o tombo. Torcemos para que não caia.

Classificação:
Bom

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