Logo quando foi anunciado, Assassin’s Creed Odyssey chamou todos os olhares do mundo dos games. Seguindo um caminho próximo do seu antecessor, Assassin’s Creed Origins, o novo título tem como pano de fundo a Grécia da Antiguidade Clássica. E bem, particularmente, enquanto historiador, me interessei muito em ver como fariam isso.
Mesmo com pouco tempo de lançamento do último título, a Ubisoft buscou mostrar a que veio, fazendo jus à grandeza da Grécia. Mas será que o jogo é só uma repaginada advinda do Origins? Será que há algo realmente novo para se mostrar? Vamos descobrir juntos então em mais mais uma review do Jornada Geek!
As guerras gregas
Se tem uma coisa que me chama muita atenção na série Assassin’s Creed é a preocupação com o pano de fundo histórico. Logo no início do jogo, temos a oportunidade de controlar Leônidas na Batalha das Termópilas, também conhecida como a Batalha dos 300 de Esparta contra o imenso exército persa de Xerxes. Mas não, você não controlará o lendário guerreiro durante o jogo, devendo escolher os seus descendentes fictícios: Kassandra e Alexios.
Entre ambos, não existem grandes diferenças. Ao escolher um dos personagens, ele será utilizados durante toda a jornada, diferenciando-se do que foi visto em Assassin’s Creed Syndicate, onde os personagens se revezavam entre as missões. De toda maneira, achei uma excelente ideia dar aos jogadores esse poder de seleção, mesmo que não tenha impactos na história em si.
O pano de fundo de ambos é posterior a Batalha das Termópilas, entrando no conflito entre Atenas e Esparta, a conhecida Guerra do Peloponeso. E em meio a isso tudo, você será um mercenário (ou mercenária) que buscará respostas do seu passado e, ao longo disso, influenciará na história de um dos maiores conflitos do mundo antigo.
Ver a preocupação tida pela Ubisoft em captar detalhes muito importantes, prezando em utilizar inclusive as localizações gregas foi um ponto maravilhoso para poder imergir na Antiguidade. Mesmo tendo furos históricos e devendo relevar alguns exageros, há de se pensar que esta é uma obra de ficção, que aliás faz muito bem o seu papel. Em especial, tive um enorme prazer de ver Heródoto, um dos primeiros historiadores do mundo, sendo representado. Isso por si só já mostra como a publisher francesa fez o dever de casa.
Mudanças?
Lembro que desde que foi lançado o primeiro trailer de jogabilidade, muitas pessoas alegavam ser “o mesmo jogo de antes, só que com o pano de fundo diferente”. E nisso eu discordo. O sistema de batalhas está mais simples, contando com habilidades muito úteis para os confrontos. Uma delas é o famoso “Chute Espartano”, fazendo uma clara referência ao filme 300, co-escrito e dirigido por Zack Snyder.
No geral, Odyssey aprimorou as coisas. A movimentação dos personagens está ainda mais apurada, sobretudo na hora de elaborar combos e usar as habilidades. Outro aspecto que continua auxiliando são os pontos de referência para viagens rápidas. Particularmente, ao longo dos pontos que encontrava, eu gostava de ir explorando com Ikarus, a ave de rapina que nos acompanha, para encontrar cavernas e pontos inimigos que pudessem me dar itens melhores e experiência. Aliás, esse é um ponto chave aqui: a exploração. Nessas cavernas, você poderá encontrar muitos itens raros e lendários que facilitarão a matança.
Ao iniciar a aventura, você terá a opção de escolher entre o modo Tradicional, já observado nos jogos anteriores, e o modo Exploração, onde as missões e locais irão aparecer se você literalmente explorar o mapa, que é considerado o maior da franquia.
Há também um sistema de mercenários no jogo, mas que não serão nada amistosos. Como se pode imaginar, as atitudes tomadas ao longo do jogo tem peso. Ou seja, se você matar, roubar e etc, os dois lados da guerra podem ficar infelizes, mandando mercenários para te aniquilar. Nesse caso, o sistema até lembra um pouco o que foi feito em Terra-média: Sombras da Guerra, embora os mercenários existam em números limitados, divididos por níveis. E sobre isso, aqui vai uma dica: não tente enfrentar inimigos com níveis muito acima, pois isso é pedir pra morrer. Caso apareçam (pois eles surgem do nada), corra muito, evolua de nível, escolha boas habilidades e aí sim, enfrente-os sem nenhum problema.
As batalhas navais seguem no jogo, sendo bem interessantes. A física dentro do mar está muito bem feita. Viajar de uma localização para outra chega a ser bacana. É bem comum cruzar com embates ao longo dos mares gregos, sendo possível destruir navios inimigos justamente para conseguir novos itens, configurando mais uma maneira de lootear os rivais. Em uma dessas, sem querer, consegui alguns itens raros e um lendário.
A Ubisoft segue tendo o mercado de itens voltado para o dinheiro real, os “helix credits”, mas não se preocupe. A empresa não tem a gana de te fazer vencer só com esses tipos de itens pagos, sendo possível concluir o jogo com os achados ao longo da jornada. Ela oferece também missões com tempo fixo para que você adquira oricalco, uma outra espécie de moeda, que também pode ser trocada por itens especiais em NPC’s encontrados no jogo. Ou seja, a publisher dá essa possibilidade de se armar bem gratuitamente.
As missões
Como em todas as versões anteriores, Assassin’s Creed Odyssey conta tanto com as missões primárias dos capítulos, quanto com as secundárias, que também trazem histórias menores, que acabam sendo surpreendentemente divertidas. E o melhor de tudo é que não são repetitivas ao ponto de desanimar do jogo.
Aliás, se tem uma coisa que eu gostei nesse jogo, foi justamente as coisas aleatórias que podem acontecer ao longo do caminho de uma missão. Você pode se deparar com um mercenário armado até os dentes, com inimigos que circulam pelas estradas, ou até mesmo ursos, leões e outros animais selvagens. A imprevisibilidade é um aspecto chave para prender nossa atenção.
Gráficos
Neste aspecto, Assassin’s Creed Odyssey está em sua melhor forma. Testando entre o modo “Ultra” e o “Very High”, foi possível jogar de forma bem tranquila, mesmo com minha modesta máquina. Aspectos como a profundidade, a beleza dos detalhes e a iluminação encantam. Passear pelo jogo e perceber esses detalhes é uma experiência muito especial. As casas, vestimentas, detalhes que passam batidos devem ser exaltados nesse esforço da desenvolvedora.
Todavia, ainda existem alguns bugs gráficos e de jogabilidade. Mas não são extremos ao ponto de te fazer desistir. São pontos simples, mas que devem ser evidenciados em uma crítica. Em alguns momentos pude perceber a animação do personagem atravessar a armadura, mas não foi nada muito além disso. Para um jogo dessa grandeza, o mapa é o maior de todos os jogos da franquia, vale ressaltar, os carregamentos são muito rápidos.
Veredito
Assassin’s Creed Odyssey foi uma grata surpresa, aprimorando o que já havia sido feito em Origins. Com algumas modificações, a Ubisoft acertou em cheio, trazendo uma experiência imersiva sensacional. Vale lembrar que o jogo é totalmente em português, contando com uma dublagem extraordinária. Sua história é simplesmente genial e prende nossa atenção, a jogabilidade está ainda mais refinada e os gráficos são um dos melhores que já vi. Com toda certeza, Assassin’s Creed Odyssey tem tudo para brilhar.
Assassin’s Creed Odyssey está disponível em formato físico para Xbox One e PlayStation 4,em duas versões: padrão e steelbook. Já no formato digital, o game é encontrado com versões a partir de R$ 199,00 na Microsoft Store, R$ 199,99 na PlayStation Store e R$ 135,99 na Nuuvem. No Metacritic, o título conta com a incrível média de 90 pontos na versão avaliada.
*Review elaborado usando as versões de PC e PS4 do jogo. Cópias fornecidas, respectivamente, pela loja Nuuvem e pela desenvolvedora.
Sobre a Nuuvem
A Nuuvem é a maior loja de jogos digitais da América Latina, feita de gamers para gamers. Focada na transparência com o consumidor, a loja já conta com mais de 1.6 milhões de usuários. Fundada em 2012, a empresa teve sucesso em atrair a atenção do mercado global de games para o Brasil e outros países das Américas, obtendo parcerias diretas com as maiores produtoras de jogos do mercado, como: Warner, Ubisoft e 2K. Trabalhando com o objetivo de oferecer sempre preços mais acessíveis, a Nuuvem possui hoje um catálogo com milhares de títulos, incluindo lançamentos e pré-vendas. Adquira Assassin’s Creed Odyssey e outros jogos para computadores agora mesmo!