ARAGAMI | Um indie para quebrar preconceitos

Com estilo próprio, game é obrigatório para fãs de stealth

Aragami chegou ao mercado no último trimestre de 2016 para computadores e para PlayStation 4. O game indie rapidamente conquistou seu espaço em ambas plataformas, bastando analisar que são 90% de avaliações positivas do título via Steam e alguns prêmios para a produção.

Fomos convidados pela Sony Music, publisher do título no PS4 no Brasil, para testá-lo, no início de fevereiro. Após alguns problemas em nossos equipamentos, finalmente, temos nossa review completinha para auxiliar nossos leitores do Jornada Geek. Confiram!

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História

Você está na “pele” de Aragami, um espírito das sombras invocado por Yamiko para liberta-la do Exército da Luz. O começo do game é um tanto confuso, com comando sendo apresentados aos montes, junto com várias outras informações. Você pode se sentir tão perdido e cheio de dúvidas quanto Aragami, mas a sensação passa rapidamente, assim que a jogabilidade e mais informações surgem.

Yamiko vai te revelar que fez parte do Exército das Sombas, Nisshoku, e que ficou presa pelos seus rivais após o fim da guerra. Mais uma vez, um jogo de videogame é construído com uma trama baseada em vingança pessoal. A evolução da história é bacana, vai te dando dicas daquilo que vai acontecer no final, e traz até mesmo algumas poucas surpresas. Como sempre, vamos evitar spoilers.

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Gráficos

Jogos indies carregam um certo preconceito, em sua maioria, por não apresentarem gráficos realistas. Em Aragami, este também não é o caso. Mas isso não tira o mérito dos criadores.

O título foi construído com uma arte bem bacana, característica, que lembram mangás. A ambientação do jogo, no Japão feudal, é um atrativo a mais para os fãs de cultura japonesa.

Aragami PS4
Foto: Divulgação

Um detalhe interessante é que, logo no início da trama, Aragami é informado que ele deixará de existir quando a manhã chegar. Então, toda a história se passará durante a noite. Os desenvolvedores fizeram questão de explorar o ambiente noturno. Um ponto negativo é a falta de generalidade dos inimigos e das cenas de assassinato, que têm uma variedade muito pequena.

De um modo geral, o visual de Aragami pode ser considerado bonito e bem agradável aos olhos.

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Jogabilidade

Aragami eleva o sentido do gênero stealth ao máximo. Não há outra palavra para descrever como você deve jogá-lo. Se pensa em se sentir um Nathan Drake e cair pra dentro, esqueça. Um golpe dos inimigos e você já era. Suas ações e movimentos devem ser friamente calculados para atravessar as fases e alcançar os objetivos propostos.

Ao longo da trama, Aragami ganha pontos de skills, que devem ser trocados na árvore de habilidades. Magias para ataque, esconder um corpo, criar uma sobra e se teleportar para ela são essenciais para o jogador atingir o fim do game.

Aragami PS4
Foto: Divulgação

Um ponto negativo é a inteligência artificial dos inimigos, muitas vezes sendo considerados burros mesmo. Se você for visto e conseguir correr para a sombra, eles até desistem de ir até você. No melhor estilo Metal Gear Solid, dá pra fazer a limpa no cenário sem ser visto e, se isso acontecer, é só ficar um pouco escondido que eles esquecem da sua presença.

Trilha sonora

Assim como a maioria dos jogos japoneses, Aragami traz uma trilha sonora original e gostosa de se ouvir. O sucesso é tamanho que ela é vendida separadamente na Steam e na PSN Store, por exemplo.

Posso comprar?

Se você é um fã de jogos stealth, de cultura japonesa e com boas trilhas sonoras, Aragami é um game que constar na sua biblioteca de jogos, quase que obrigatoriamente. Se o seu caso for para um jogador casual, a minha recomendação é esperar uma promoção e pegá-lo quando estiver um pouco mais barato, visto que na PSN custa R$ 71,50 e na Steam R$ 36 (um preço que eu considero mais justo para os nossos padrões). O título ficou com média 71 no Metacritic, tanto na versão PC, quanto na de PS4.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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Lucas Soares
Lucas Soares
Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem PS4, PSVR e PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, Red Dead Redemption 2 e The Last of Us completam o Top-5.

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