Ancient Frontier é um RPG de estratégia espacial baseada em turnos, produzido e distribuído pela Fair Weather Studios, que traz uma premissa muito simples. Aliás, o jogo todo, por si só, é o que eu costumo chamar de “basicão”: seus comandos, gráficos e ideias não são sensacionais, fazendo o simples para que o jogo seja palatável.
E você pode saber por quais motivos eu cheguei a essa conclusão a partir de agora, em mais uma crítica do Jornada Geek!
Feijão com arroz
Ancient Frontier tem uma jogabilidade pobre: é um game espacial, com poucos elementos nos mapas para serem observados, os personagens que não são muito desenvolvidos e com diálogos que pouco acrescentam ao enredo, sendo até muito exagerados se comparados com outros aspectos. A imensidão do universo é o principal pano de fundo e é onde você encontrará com seus inimigos.
O jogo apresenta uma espécie de tutorial não-jogável que pouco ajuda no final das contas, sobretudo pelo tudo ser extremamente simples e intuitivo, sendo mais fácil aprender na prática do que apenas lendo. Ah, e o jogo não é traduzido para o português. Ou seja, mais um obstáculo para os jogadores que não dominam a língua do tio Sam.
No menu inicial também é possível perceber a presença de dois modos campanha que são consideravelmente curtos, mas até que divertidos para o que o jogo se propõe. Escolha entre jogar com a Alliance ou com a Federation e veja as duas formas que as histórias se desembolam. Mas já aviso: não espere coisas incríveis. Se possível, opte por fazer algumas missões paralelas, que auxiliam na na conquista de novos recursos e itens.
Jogabilidade e gráficos
Semelhante a um jogo de tabuleiro ou aos outros títulos de estratégia em turnos, em Ancient Frontier nos deparamos com o espaço sideral sinalizado por polígonos que delimitam o espaço onde as naves podem circular e os limites dos mapas. Além disso, a movimentação funciona por cliques, bem como o uso das habilidades específicas e customizáveis em cada uma das naves. Nada de novo, certo?
Os aprimoramentos que podem ser feitos com peças compradas ou adquiridas em missões trazem mais opções para que a jogatina torne-se mais fácil e até mais interessante, visto que poder customizar cada uma das espaçonaves pode auxiliar muito nas missões mais difíceis. Aliás, errar tiros é até comum em alguns casos e isso pode ser solucionado com aprimoramentos. Você também pode ter novas naves na frota, aumentando assim o poder de fogo contra os crescentes inimigos.
Os gráficos… Bem, os gráficos não apresentam nada de extraordinário e são muito simplórios. A arte do jogo até que arrisca, mas não traz nada de novo para o espaço sideral: é simples demais. As naves são pouco detalhadas e os tiros, mapas e obstáculos são sem sal, sendo até desanimadores e enjoativos, já que os cenários pouco mudam.
Veredito
A Fair Weather Studios bem que tentou, mas entregou um jogo batido, mesmo que com alguma história em meio a diálogos toscos e mal interpretados. Monótono, o título feito com o auxílio de usuários pela plataforma Kickstarter não empolgou, sobretudo pelo preço de R$45,99 na Steam, sendo lançado apenas para PC.
Para um valor desses, a desenvolvedora poderia ter caprichado muito mais, mas, ao que o jogo indicou, ele não é tão digno assim da atenção dos gamers fascinados com a temática espacial, mesmo obtendo a média 8.0 entre os usuários do Metacritic. Não há nota da mídia especializada.
*Cópia fornecida pela desenvolvedora.