AMERICAN HORROR STORY – COVEN | EM DVD / BLU-RAY

American Horror Story - Coven
American Horror Story – Coven

Um projeto seguindo uma linha completamente diferente do comum em tempos atuais. Essa talvez seja a melhor definição para American Horror Story, já que ele aposta em suas antologias para um desenvolvimento isolado de suas temporadas. É claro, existem outros títulos que seguem o formato, mas foi a ideia de Ryan Murphy que acabou trazendo tal característica para um meio mais popular nos últimos anos. Além disso, uma outra questão interessante é o retorno do elenco, colocando um artista conhecido do público dentro do mesmo programa, em uma temática diferente, interpretando outro papel. Foi exatamente isso o que aconteceu em Murder House e Asylum, gerando destaques, discussões e chamando atenção dos fãs do gênero de horror. Seguindo a mesma ideia em Coven, agora é a vez das bruxas ganharem o seu espaço.

A trama do novo ano começa mostrando uma adolescente, Zoe Benson (Taissa Farmiga), descobrindo de uma forma incomum que na verdade é uma bruxa. Encaminhada para a escola Madame Robichaux, ela passa a conviver com outras jovens que detém poderes e personalidades diferentes, tendo como responsável pelos seus ensinos a diretora Cordelia Foxx (Sarah Paulson). No local, logo é mostrado que as jovens bruxas do Clã da Sra. Robichaux estão sob ataque de atos de ódio e ignorância. Mas a poderosa Fiona (Jessica Lange) e sua obsessiva busca pela imortalidade irá guiá-las e cruzar seus caminhos com uma rainha do Vodoo (Angela Basset) e uma assassina (Kathy Bates), dono de escravos, amaldiçoados com a vida eterna.

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Variando entre diversas temáticas, o terceiro ano de American Horror Story criou grande expectativa ao ter sua ideia divulgada. Contudo, sua narrativa não conseguiu corresponder. Mesmo utilizando bruxas como o centro do seu desenvolvimento, Coven é ambientada no presente, utilizando o passado poucas vezes. É o primeiro erro do material apresentado, já que foge de Salem para a atualidade, mas não o único. O maior erro do roteiro é quando decide seguir bruxas adolescentes, mostrando intrigas e criando rivalidades digna de suas idades, assim como personagens completamente mimadas. Enquanto isso, a direção segue o objetivo de mostrar o poder de um clã, conseguindo isso apenas quando é permitido migrar para um foco mais adulto. É claro, como sempre, maquiagem, ambientação e figurino apresentam belos resultados.

Entre erros e acertos. Talvez essa seja a melhor palavra para representar tudo o que é mostrado no decorrer dos 13 episódios da temporada, alternando entre o bom e o ruim. Não que seu elenco jovem não saiba atuar, longe disso. Se existe algo que esse programa não sofre é com falta de talento, pelo contrário. Taissa Farmiga está desenvolvendo cada vez mais suas habilidades de atuações, assim como Emma Roberts, Jamie Brewer e Gabourey Sidibe. Todas são impecáveis, mas a abordagem construída para suas personagens fica longe de ser o correto para o desenvolvimento de um carisma do público por elas.

Por outro lado, é no destaque do elenco adulto que o melhor acontece. Novamente, Jessica Lange é a responsável por guiar o programa com seu talento, enquanto o roteiro também consegue ser correto ao ir mostrando cada vez mais pontos de sua personagem. Não sendo única, Kathy Bates é mais um belo destaque ao interpretar uma assassina que não consegue ser vilã, nem heroína. Enquanto isso, é com a presença de Angela Basset que as verdadeiras batalhas surgem, fazendo com que poderes sejam expostos e clímax criados para um maior e melhor desenvolvimento. Além disso, Sarah Paulson ainda serve como o equilíbrio do projeto, convivendo com os dois núcleos e sendo destacada quando necessário.

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Falar que a trama não passa por desenvolvimentos seria uma grande mentira, mesmo pecando em momentos já comentados. Na verdade, tirando as briguinhas e passando para verdadeiras ameaças, a série de TV alcança momentos de grande intensidade ao mostrar também caçadores e assassinos, criando diversos elos para um melhor aproveitamento de suas personagens. Erra ao mexer com mortos em excesso no início, mas consegue consertar tal erros e permite que os personagens masculinos também acabem se mostrando bem encaixados em um plano completamente dominado pelas mulheres. E claro, como sempre, mortes são pontos evidentes com o passar dos capítulos.

Talvez o que mais incomode seja essa grande pompa criada para o tema do terceiro ano, já que Murder House e Asylum foram tão marcantes para o público. Erros finalmente são cometidos no programa, que até agora mostrava uma perfeição abusiva ao conseguir criar um grande suspense e proporcionar ótimas revelações. Por isso as expectativas não foram todas cumpridas, mesmo existindo os momentos para ficar surpreso. Com a qualidade decaindo um pouco, é através do talento do elenco e em suas atuações que as falhas acabam sendo amenizadas, fazendo com que American Horror Story continue merecendo a atenção dos seus fãs.

Classificação:
Bom

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Marco Victor
Marco Victor
Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pela UniAcademia, e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.

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