ALWA’S AWAKENING | Passado, passado

Game puxa pela memória e nos leva aos tempos de Nintendinho

Alwa’s Awakening é o novo título retro da produtora indie Elden Pixels. Ele foi criado com aquele feel de jogos dos anos oitenta, em 8-bits, focados em exploração, quebra cabeças e aventuras. Para bem e mal, o jogo captura de uma maneira bem feita a sensação de jogar um game feito nessa época, e apela bem para nossa nostalgia. E ele é feito no estilo metroidvania, que em minha opinião engloba muitos dos melhores jogos de plataformas já desenvolvidos.

Mas, será que tem mais aqui para elevar a experiência além de um simples jogo à moda antiga? Veremos agora, em mais uma análise do Jornada Geek.

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Gameplay à moda antiga

Alwa’s Awakening é mais um game no estilo retro, fazendo um ode aos velhos tempos do Nintendinho e Master System. A história aqui é feita como naquele tempo, envolvendo heróis com memórias perdidas e reinos que devem ser salvos. Controlamos Zoe, uma garota que foi convocada ao mundo de Alwa para salvá-lo da destruição. A história não é lá muito explorada, com poucos NPC’s e muita coisa mostrada na construção dos coloridos cenários. Cenários esses, que aliás, possuem cores vibrantes e ficaram muito bem feito e charmosos. Pense em algo como vimos em Momodora: Reverie Under the Moonlight.

O foco do game é mais em exploração, combate e solução de quebra-cabeças que combate, na real. Os movimentos e habilidades da heroína são simplistas, e a maioria dos upgrades que pegamos lidam com criação de plataformas para pular e manipulação do mundo, e não combate. Felizmente, os controles do game são muito bem feitos e responsivos, fazendo com que as partes de plataformas não sejam chatas ou injustas. Contudo, achei a velocidade de pulo lenta demais, o que se torna enfadonho com o tempo.

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O game tem vários quebra cabeças divertidos de resolver. (Fonte: Reprodução)

Outra coisa maneira é o tamanho do mapa. O game possui uma boa quantidade de lugares para explorar, e muitos deles são bloqueados até termos determinadas habilidades. Desde o começo o game nos mostra essas salas, o que nos motiva a continuar explorando e adquirindo meios de ir cada vez mais fundo nos cenários. Uma pena que o mapa não mostre os artefatos que restam ser colecionados e paredes secretas que já encontramos. Uma forma de marcar pontos de interesse no mapa também seria bem vindo. Tipo foi usado em Castlevania: Mirror of Fate.

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O mapa é grande, mas poderia ter mais recursos de visualização. (Fonte: Reprodução)

Som e visual

O game captura bem o estilo 8-bits, sendo uma homenagem fiel. Os gráficos são cativantes, os cenários são variados e as cores são muito boas. Realmente se passa por um game de Nintendinho em seus últimos anos, com pixels bem feitos, animação fluída e estética agradável aos olhos. Se você curte esse estilo retro vai gostar do que Alwa’s Awakening tem a oferecer.

A trilha sonora também ficou muito boa, condizente com a temática e o estilo da obra. Todas as trilhas tem personalidade e uma batida boa, que não se torna enjoativa. O que é bom, porque temos uma música por “mapa” e ela pode se repetir bastante conforme vamos de um lado para o outro do cenário explorando e descobrindo coisas novas. Confiram uma das minhas músicas favoritas que ouvi enquanto jogava, direto do canal do game no Youtube:

Veredito Final

Alwa’s Awakening é um metroidvania muito bem feito, que pode ser apreciado por todos. Especialmente aqueles que tem um gosto especial por games feitos nos moldes antigos, tanto em mecânica quanto em audiovisual. O combate simplório rouba alguns pontos, e faz com que lutas com chefes e outros inimigos sejam uma oportunidade desperdiçada. Mas isso é compensado com o prazer da exploração e de resolver desafios usando as habilidades e movimentação, auxiliado por um esquema de controle preciso e satisfatório. Se você curte esse estilo de game, não pode deixar de conferir.

Nota ótimo

*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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