Metroidvania é um subgênero de jogos de ação-aventura, baseado em franquias que fizeram sucesso no passado, como Metroid e Castlevania (daí o nome!). Mesmo que esses títulos tenham evoluído nos últimos anos, é comum ver o estilo representado atualmente, já que a nostalgia bate forte no universo dos games com frequência. Dandara, game brasileiro lançado pelo estúdio Long Hat House, de Belo Horizonte (MG), é o mais novo representante nacional do estilo.
E como será que o título se saiu? A nossa opinião você confere agora, em mais um review do Jornada Geek!
“As ações de Dandara não serão esquecidas”
Dandara é um título com uma história simples. Ao iniciar o game, a única informação que recebemos é de que a personagem principal estava adormecida, mas desperta para salvar seu povo. Por meio das descobertas que o jogador faz ao avançar pelas fases, você consegue novas informações sobre o game, por meio de legendas que surgem na tela.
Além disso, os personagens secundários e os próprios cenários tem informações relevantes sobre os acontecimentos do game e para onde ir. É uma narrativa interessante, embora possa deixar alguns jogadores mais confusos por não ter direções de para onde ir.
Pula-pula?
A primeira mudança em Dandara em relação aos demais metroidvanias está na jogabilidade. Ao invés de você andar com a personagem, aqui ela pula de um ponto a outro do mapa. Embora tenha sido algo diferente do habitual, o game ficou legal dessa forma, visto que você tem uma liberdade bem maior ao avançar pelas fases.
Uma outra mudança interessante que Dandara traz é no próprio sistema de fases. Com transições bem rápidas, o jogo tem uma jogabilidade bem fluída, que nos permite ir e voltar à um determinado ponto do mapa enquanto exploramos. Essa diferença em relação aos metroidvanias mais clássicos é interessante, afinal, nem todos os pontos são acessíveis na primeira vez que passamos por ele. Além disso, para subir de nível, é necessário acampar, como em Final Fantasy XV.
No mais, é importante chamar atenção para o belo trabalho visual criado pelo Long Hat House. Dandara tem gráficos pixelados, mas moderno o suficiente e cheio de animações, o que torna ainda mais divertida a exploração. Afinal, o que se esconde na próxima fase?
Super-heroína
O combate de Dandara também tem um jeito de super-heroína. A personagem tem habilidade de soltar raios com as mãos e é assim que os inimigos serão enfrentados no jogo. Mas esse “poder” não torna o jogo fácil. A movimentação pelo mundo é o fator mais importante no jogo, afinal, um pulo para um local errado e você pode ser atingido por um inimigo, ou algo da fase.
Outro ponto interessante é que os chefes do jogo são bem construídos e possuem um nível de dificuldade relativamente alto. Como a jogabilidade é um pouco diferente do usual, é comum encontrar mais dificuldade, e é nesse ponto que os bosses acabam levando um pouco mais de vantagem sobre você, principalmente no começo do jogo. Mas não é nada que seja um problema. Para mim, é um fator motivador ao game.
Veredito
Dandara foi uma grata surpresa neste começo de ano. Com um subgênero recheado de bons títulos, o jogo brasileiro é um ótimo representante na área. Com uma jogabilidade diferenciada, gráficos bonitos e uma forma alternativa de se revelar a história, o jogo mostra que o mercado brasileiro segue produzindo games de destaque.
O game está disponível para Nintendo Switch, Xbox One, PlayStation 4, PC, iOS e Android desde o dia 6 de fevereiro e o preço varia de acordo com a plataforma. No Metacritic, Dandara teve média de 70 pontos na versão avaliada.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.