Nota do editor: Como Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series será dividido em cinco episódios, o Jornada Geek vai publicar reviews individuais de cada capítulo. Não iremos atribuir notas individuais para cada capítulo, deixando para o texto do último episódio uma avaliação completa do jogo. Por se tratar de um jogo episódico, essa review contém spoilers que podem estragar a experiência do jogador. Leia por conta e risco!
Seguindo a jogatina da série Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series, o episódio 3, intitulado “Mais Que Uma Sensação” consegue ser ainda melhor do que o anterior, surpreendendo em seus momentos, cada vez mais tensos. Se você perdeu a review do último capítulo, clique aqui.
Quer saber o que acontece na aventura dos heróis mais complicados do universo? Confira aí então mais uma crítica do Jornada Geek!
Concluindo o chamado
Neste episódio de Guardians of the Galaxy, uma das conclusões mais esperadas é a do chamado da mãe de Peter, que aparece constantemente em seus flashbacks. Os eventos passados e a ligação direta com a Forja da Eternidade me surpreenderam, sobretudo por passar longe do que eu esperava. Vale ressaltar que poderoso artefato ainda será motivo de muito caos até o último episódio.
Por meio dos seus poderes mentais, a personagem Mantis induz o pensamento de Quill para que ele, acreditando que fosse sua mãe, a libertasse de um sono que durava a muito tempo. Essa personagem é a mesma que aparece no segundo filme dos Guardiões, sendo uma ótima adição ao grupo.
Confusões à vista
A entrada de Mantis possibilitou os melhores diálogos do terceiro episódio. A estranha personagem que conta com alguns problemas ao se socializar com os heróis acaba se intrometendo sem querer em questões muito profundas de cada um deles. Seu poder de telepata consegue fazê-la enxergar memórias profundas que podem trazer à tona inúmeras emoções, o que acontecerá em variados momentos.
Além disso, ela é a única que entende melhor o poder da Forja, auxiliando os Guardiões ao explicar seu uso (de trazer de volta à vida qualquer pessoa) e os seus grandiosos riscos, sobretudo na mão de pessoas erradas – ou seja, Hala, a kree.
Casos de família
Com o desenrolar da trama, a saga de Gamora e Nebula, filhas de Thanos, segue complicada. Ao trazer de volta questões do passado, o jogo parece querer criar no jogador, além de mostrar os fatos, um certo vínculo com as personagens e isso é muito interessante.
A competitividade acirrada desde criança entre as duas por Thanos deixou marcas irreversíveis em Nebula, que é mais uma espécie de androide do que um ser vivo. Tudo isso para tentar se igualar à sua irmã, uma guerreira superior. Este conflito faz com que Thanos desconfie de Gamora, solicitando a Nebulosa que a finalize assim que tiver a oportunidade.
O aspecto mais interessante neste embate é o poder de manipulação de um pai cruel sobre as filhas, colocando uma contra a outra de forma que reste só uma. Por sorte, isso não acontece e elas acabam tendo um desfecho interessante neste episódio. Neste caso, optei por uma reconciliação, sobretudo por ter o coração muito mole e isso acontece, adicionando a temida irmã ao squad.
Destruir ou não a Forja?
A decisão mais densa deste capítulo e que causa impactos terríveis nos Guardiões da Galáxia é certamente a escolha que deve ser tomada por Peter: destruir ou não a Forja da Eternidade? Se mantê-la, ele pode trazer sua mãe de volta a vida, mas há o risco de Hala e os krees a recuperarem, causando assim um caos em toda a galáxia. Aqui optei por seguir os vários conselhos de Mantis e destruí-la, algo que dividiu o grupo. Rocket e Drax queriam rever seus entes queridos mortos, o que trouxe um clima negativo e bem denso no conflito.
A vilã Hala ainda consegue alguns momentos com seu falecido filho que desaparece assim que a Forja é destruída, sendo o seu ódio por Peter o combustível que dará mais força aos próximos dois capítulos.
Considerações
Pois bem, o jogo segue com suas tramas psicológicas, sendo bem interessante, sobretudo por mostrar um aspecto mais emotivo de cada um dos personagens. Se no início Peter e Rocket foram mais analisados, aqui a trama toma um aspecto mais familiar. E isso é muito legal.
As decisões que devem ser tomadas ao longo do jogo ficam cada vez mais pesadas, o que nos faz refletir bastante antes de tomá-las. Eu mesmo uma vez ou outra esgotei o tempo de resposta, o que teve um certo impacto na trama. Agora, resta saber como os Guardiões vão lidar com a escolha feita pelo Senhor das Estrelas e, mais ainda, como Hala acabará lidando com o fim da Forja.
Marvel’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, Mac, iOS e Android. Os preços variam de acordo com a plataforma. Já no Metacritic, a média do episódio foi de 72 pontos na versão que utilizamos para a crítica.
Nossa curiosidade cresceu ainda mais para saber o que vai acontecer no próximo episódio. A resenha, claro, você confere aqui no Jornada Geek!
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.
