Nota do editor: Como Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series será dividido em cinco episódios, o Jornada Geek vai publicar reviews individuais de cada capítulo. Não iremos atribuir notas individuais para cada capítulo, deixando para o texto do último episódio uma avaliação completa do jogo. Por se tratar de um jogo episódico, essa review contém spoilers que podem estragar a experiência do jogador. Leia por conta e risco!
Depois de tanta curiosidade, decidi encarar o segundo episódio de Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series sem pausas. Sob pressão (originalmente nomeado Under pressure), tem uma pegada mais voltada para apelos familiares, mas mantém a tônica do primeiro episódio, divertindo e esclarecendo alguns pontos. Se você perdeu a review do capítulo inaugural, confira aqui.
Todo mundo tem um passado
O ponto principal de engate do primeiro episódio com o segundo é exatamente o passado de Quill com sua mãe, que foi reacendido pela Forja da Eternidade, sua salvadora. A partir daí surgem inúmeras questões entre os Guardiões, tendo ênfase maior na história de Rocket. Ele conta do seu passado para o Senhor das Estrelas, tentando descobrir se seria possível que a Forja pudesse ressuscitar uma figura importante de seu passado, Lylla (calma, darei mais detalhes na ordem). Mas, antes disso, a Milano encontra-se em péssimas condições, forçando então que Quill vá de encontro de Yondu Udonta, famoso saqueador que cuidou do Senhor das Estrelas quando criança.
Ao mesmo tempo, os Guardiões estão preocupados tentando entender os escritos em kree que reluziam no artefato, mas Gamora diz que só Nebulosa poderia traduzir, graças aos seus talentos robóticos. Entra aí o embate familiar entre as filhas do então falecido Thanos. Peter tem que escolher entre os dois caminhos: ajudar Rocket ou ir atrás da androide. Escolhi o que julgava mais racional pelo momento, afinal de contas, eu não fazia ideia do que a Forja da Eternidade fazia ao certo. E como é de se imaginar, Rocket fica decepcionado com Peter e segue sozinho em sua jornada ROUBANDO a nave de Yondu. Mais um problema para os Guardiões da Galáxia.
Quando os Guardiões terão sossego?
Depois de rastrear Nebulosa, Quill e sua trupe (juntamente de um Yondu indignado) chegam ao destino e a encontram em uma nave da Tropa Nova confiscando a embarcação de Thanos. Nebulosa sente-se ofendida por ter seu pai morto por sua irmã, acirrando competições vividas por ambas quando criadas pelo titã louco. Pra quem não sabe, ele fazia com que as duas lutassem constantemente para que uma delas fosse digna de chamá-lo de pai. Percebe-se isso pelas tantas próteses na irmã mais problemática: Thanos arrancava suas partes e as substituía por peças mecânicas. Ou seja, um trauma para Nebulosa.
Depois de muito resistir e acabar colocando novamente os Guardiões da Galáxia contra a Tropa Nova, Nebulosa finalmente é pega. Mas ela não cede fácil, sendo uma preocupação para o grupo, sobretudo por seus problemas com Gamora e por ser considerada a mulher mais perigosa do universo. Depois de negociar, Peter consegue o módulo de tradução e vai atrás de Rocket. Afinal, ele havia roubado a Forja em sua fuga!
Tantos caminhos…
Ao ir em busca de Rocket, Peter sente-se preocupado com o amigo e questões individuais surgem. Drax sente-se inútil para o grupo, Gamora busca se reconectar à sua irmã, Peter quer descobrir o que se passa com a Forja e as visões, Rocket quer ressuscitar o seu amor. E o Groot… Bem, ele é o Groot!
Ao encontrar então com o “guaxinim” (ele odeia que o chamem assim) e a Forja, Peter percebe que a tentativa de trazer Lylla de volta à vida não funciona, mas o artefato faz então uma ligação com o passado de Rocket, e Quill ao tocar a Forja, vê o que se passa. E esse seja talvez um dos pontos mais tristes deste episódio.
Ele mostra o período em que Lylla e Rocket viviam como cobaias de uma experiência, sendo que em um dado momento, os cientistas decidem sacrificar Lylla por não se desenvolver. Rocket sabe disso, burla o sistema e consegue abrir a sua jaula e a dela, mas infelizmente ela já havia sido perfurada por uma injeção letal – algo que Rocket só percebe no final. E aí vem a escolha mais dura do jogo: depois de uma fuga bem sucedida e a notícia de que Lylla não viverá, temos uma escolha a fazer – levar Lylla até a parte externa do laboratório ou deixá-la, como é o desejo dela. Pelas circunstâncias, decido acatar o desejo dela e partir sozinho. Confesso que isso me deu um puta peso na consciência, mas foi na pressão. É bom lembrar, em jogos da Telltale, algumas decisões devem ser tomadas rapidamente.
Peter sente-se tocado por toda a trama e tenta compensar Rocket, que decide ir para a nave e se isolar na sala de máquinas, algo até então compreensível por toda a questão revivida.
Templos, malditos krees e nenhum sossego
Finalmente conseguindo traduzir o que dizia a Forja, Peter então segue para o templo onde havia enfrentado Thanos outrora. Chegando lá, ele deve decidir quem ficará cuidando de Nebulosa. Por questões familiares, sugeri deixar Gamora, mesmo que ela tenha tido falhas nessa questão. Drax sente-se mal e sem utilidade para o grupo, se questionando muito. Logo, considerei ele uma melhor companhia para acompanhar Quill e Groot para o templo.
Lá eles percebem vestígios de que Hala havia estado por ali algum tempo antes, mas sem a Forja, que serviria como uma espécie de chave que ativaria uma série de mensagens em um painel secreto. Porém, nenhuma resposta é dada a não ser… Vá para outro templo!
Na sequência, os guardiões acabam sendo interceptados por um grupo de krees comandados por Hala, que buscavam a Forja. Eles tem a habilidade de ficar invisíveis, algo que não foi um problema para o grupo. Em meio ao confronto, Nebulosa sugere que a gente a solte para lutar lado a lado. Na dúvida de quantos krees estavam lá e se Hala também surgiria, acabei optando por soltar a irmã androide como um voto de confiança. Felizmente, ela não decepcionou e conseguimos deter a ameaça. Seguimos para o outro templo, exatamente onde o episódio termina.
No geral
A história segue excelente, porém tem uma pegada diferente, revelando o lado afetivo dos personagens, ficando cada vez mais interessante. Dou ênfase na história de Rocket, para mim o ponto alto da sequência.
Uma questão que critiquei no primeiro episódio e que piorou um pouco segundo foi a mobilidade nas cenas de exploração. Achei que os puzzles ficaram um pouco mais demorados e cortam um pouco do clima. Sorte (ou cuidado) da Telltale de amarrar tão bem a trama e torná-la palatável até o final.
Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, Mac, iOS e Android. Os preços variam de acordo com a plataforma. Já no Metacritic, a média do episódio foi de 72 pontos na versão que utilizamos para a crítica.
Nossa curiosidade segue grande para saber o que vai acontecer no próximo episódio. A resenha, claro, você confere aqui no Jornada Geek!
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.