THE WALKING DEAD: A NEW FRONTIER | Mais grosso que a água

O quarto episódio não teve tantos desenvolvimentos e acontecimentos quanto esperávamos

Nota do editor: Como The Walking Dead: The Telltale Series – A New Frontier será dividido em cinco episódios, o Jornada Geek vai publicar reviews individuais de cada capítulo, com exceção dos dois primeiros, que foram lançados juntos. Não iremos atribuir notas individuais para cada capítulo, deixando para o texto do último episódio uma avaliação completa do jogo. Por se tratar de um jogo episódico, essa review contém spoilers que podem estragar a experiência do jogador. Leia por conta e risco!

THE WALKING DEAD: A NEW FRONTIER | Mais grosso que a água

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É isso aí. The Walking Dead: A New Frontier está quase no fim. Mais grosso que a água é o penúltimo episódio da temporada, e teve a dura tarefa de criar  tensão e direcionar o conflito para uma conclusão. O episódio foi bem cauteloso com alguns pontos e, infelizmente, previsível. Mas teve seus lados bons também. Vamos ver mais sobre isso agora, em mais uma análise do Jornada Geek. Confira as reviews dos dois primeiros episódios aqui e do terceiro episódio aqui.

Aqui mais um dia, sobre o olhar solitário do vigia

O episódio começa de uma maneira bem esperada. Temos um flashback (que tem sido usado em todos os episódios) com David e Javi. Aqui, vemos uma pouco mais da relação tensa que eles tinham antes do apocalipse. Enquanto rebatiam bolas de baseball em uma atração de um parque, vemos também como o Javi sentia falta da sua vida de jogador, e como o David parecia invejá-lo. Essa parte termina com uma escolha importante, que até aparece naquelas estatísticas do fim de cada episódio. Mas, infelizmente, ela não tem nenhuma influência no episódio em si. Foi um início bem calmo e pouco impactante, o que eu acho que não acaba sendo um bom uso de tempo. Principalmente no penúltimo episódio.

Depois disso, tomamos controle do Javi enquanto ele está (mais uma vez) preso na quarentena de Richmond. Daí fugimos, nos encontramos com Gabriel e descobrimos que uma horda está cercando a cidade. Os zumbis são uma ameaça bem externa nesse episódio, salvo por uma rápida sequência no final. Isso é legal, pois eles são usados mais como algo para criar uma atmosfera opressiva do que ser um risco em si. Uma mudança bem vinda da fórmula tradicional.

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Mas, no entanto, isso contribui para que esse episódio seja bem mais parado que os anteriores. O que não significa que seja chato. Temos muitas coisas acontecendo, desde o resultado de nossa escolha de matar ou não o Conrad até a resolução da tensão amorosa que existe entre a Kate e o Javi. Muitas questões são resolvidas ou engatilhadas para terem uma conclusão no último episódio que está por vir.

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Brigam como cão e gato. Mas, no final, eles se amam. (Fonte: Reprodução)

Puberdade e eutanásia

Outra coisa interessante é que The Walking Dead: A New Frontier mostra Clementine finalmente chegando na puberdade. Em um momento, quando estamos no consultório do Dr. Lingard, ela mostra que está sentindo dores. Será que ela foi mordida? Esfaqueada? Baleada? Nope, nada disso. São cólicas menstruais. É interessante o game mostrar esse amadurecimento dela, e escolhermos respostas para conversar e aconselhá-la acaba sendo engraçado pra caramba. O Javi realmente não é o melhor conselheiro nessas horas. Mais para frente ela conversa com a Kate, em off, e presumimos que as duas tiram todas as dúvidas.

Nesse mesmo escritório, também, descobrimos que AJ está vivo e onde ele está sendo mantido. E podemos decidir eutanizar, ou não, o Dr. Lingard. Eu citei isso aqui porque fiquei surpreso mesmo com a possibilidade e nem esperava que algo desse tipo fosse acontecer. Outra coisa interessante, mais para o final, foi quando Joan nos manda escolher quem deve viver ou morrer.

Eu virei meus olhos e pensei: “meu Deus, isso de novo”? Escolhi o Tripp porque, mesmo ele me odiando por ter matado o Conrad, era um amigo que tinha comigo desde o primeiro episódio. Só que o jogo colocou uma reviravolta aí. Na verdade, o personagem que vive é aquele que eu não escolhi. Quebrou minhas expectativas, e cria um conflito possível para o desfecho final que vai ser muito interessante de ver. Bem jogado Telltale, bem jogado.

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Sob efeito de drogas pesadas. (Fonte: Reprodução)

Conclusão

O penúltimo episódio de The Walking Dead: A New Frontier foi bem seguro quanto ao passo e acontecimentos. Ainda assim, ele conseguiu montar uma situação interessante para o desfecho da temporada, envolvendo os conflitos contra a Nova Fronteira e os personagens principais.

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Uma coisa que não me agradou muito foi como o jogo começou a “forçar” certas coisas. Tudo parece nos direcionar para um relacionamento com Kate e uma boa convivência com o David. Eu escolhi assim, mas e se não fosse o caso? Isso passa um pouco daquela impressão que nossas escolhas não são tão pesadas e valiosas quanto nos dizem que são. Mas, tudo em tudo considerado, me agradei. A escrita continua sendo uma das melhores da Telltale até hoje, e a dublagem está de parabéns. As traduções também, salvo uma capengada aqui ou ali.

Mas o quarto episódio de The Walking Dead: A New Frontier foi o mais fraco até aqui, na minha opinião. Não que tenha sido ruim, longe disso, mas ele não teve tantos desenvolvimentos e acontecimentos quanto eu esperava. Ainda mais se tratando do penúltimo episódio da temporada. Mas, ainda assim, ele fez seu trabalho e o grand finale promete. Só espero que o Javi saia vivo disso tudo, porque vou adorar vê-lo em mais games da série.

 *Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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