As décadas de 70,80 e o começo de 90 serviram para apresentar novos cineastas e grandes projetos ao cinema hollywoodiano. Foi uma época muito ativa para Spielberg e alguns dos seus títulos marcantes como Tubarão, E.T. e Contatos Imediatos do Terceiro Grau, mas também um momento em que grandes franquias envolvendo outros nomes ganharam forma. Naquele período de tempo o mundo viu o nascimento de franquias histórias e que marcam presença até hoje no cinema como O Poderoso Chefão, O Exorcista, Star Wars, Indiana Jones, Jurassic Park, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, Halloween, Alien e, obviamente, Exterminador do Futuro. Ainda assim, isso não significa que todas estão indo muito bem atualmente.
E não, eu não estou falando apenas das principais franquias de terror. Obviamente nomes como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo passaram por remakes que não foram bem aceitos nos últimos anos, mas eles não são os únicos. Entretanto, o foco aqui ainda é outro projeto que não agradou em suas três últimas continuações. Sim, O Exterminador do Futuro. Agora, após ser exibido nos cinemas, a nova sequência, com o subtítulo de Gênesis, chegou ao mercado home vídeo para reforçar algo já conhecido: ele é apenas mais um filme de ação.
Arnold Schwarzenegger está de volta, boa parte dos outros nomes possuem uma certa qualidade de atuação, mas o título em questão não funciona de forma grandiosa como os seus dois primeiros capítulos. Na verdade, o grande erro da trama foi exatamente tentar mudar o passado na proporção envolvendo os seus originais. Foi isso o que transformou tudo em apenas um número dentro de um gênero batido, com mudanças drásticas e criando uma grande confusão de linha temporada.
E este é apenas um dos pontos que incomodam, já que além de decidir alterar os fatos da sua linha temporal, a nova produção também acabou se concentrando muito em correrias desenfreadas e explosões constantes. Cenas foram elaboradas com grandes quedas, explosões de esconderijos, motos e ônibus no estilo mais clichê de perseguições em ponte. Obviamente, serve muito bem para um filme de ação, mas a única coisa além disso que consegue ser sobressaltada são as confusões temporais.
Mesmo que tivesse seus momentos de ação antigamente, as primeiras produções de O Exterminador do Futuro conseguiam explicar de forma simples as viagens no tempo dos seus personagens e desenvolver toda uma trama ao redor disso. Neste isso passa longe, já que fatos envolvendo um exterminador e mais velho, interpretado por Arnold Schwarzenegger nem se quer é explicado. Confusões são criadas desde tal momento, com John Connor virando uma nova máquina, conhecida como T-1500 e tentando matar os próprios país. Ele ainda dá a entender que eles estão em um espaço temporal em que tudo é possível, mas nada é realmente explicado.
Verdade seja dita: o roteiro em questão parece ter sido pensado apenas para trazer o astro dos primeiros filmes de volta de alguma forma. Com isso, nem mesmo a participação da atriz Emilia Clarke é totalmente aproveitada. Ainda assim, pelo menos Sarah Connor continua uma personagem realmente forte. Com todos esses fatos e misturas, O Exterminador do Futuro vale um entretenimento, apresenta algumas respostas em sua última cena, mas não se encaixa dentro do que foi apresentado até aqui e cria uma grande confusão sobre o envio da primeira máquina.
Agora, após isso tudo, nos resta apenas esperar para ver se uma continuação ainda será produzida ou se o público ficará com esse enorme buraco de dúvidas em sua cabeça por tempo indefinido.