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Existem incontáveis projetos policiais, investigativos e jurídicos sendo desenvolvidos atualmente. São temas muito ligados, mesmo que os diversos títulos possuam sua característica de grande destaque dentro da temática. Ainda assim, sempre existe um espaço para algo que consiga ser diferente na televisão. E isso aconteceu recentemente dentro dos gêneros citados. Trabalhando todas as três características de uma forma bem diferente, ressaltando cada vez mais toda a sua trama dentro dos aspectos, How To Get Away With Murder foi lançada. Agora, após conquistar um grande público e seguindo o mesmo caminho de outros títulos, a 1ª temporada da série de TV chegou ao mercado home vídeo.
Na trama, Annalise Keating (Viola Davis) é uma professora que domina sua sala de aula com tanto poder quanto domina a do tribunal. Um fato já é tradição em sua disciplina: todo ano ela escolhe alguns dos melhores estudantes de direito para ajudá-la em seus processos de grande visibilidade, mas moralmente ambíguos. Entretanto, tudo acaba tomando um rumo diferente quando a linha que define o limite entre defender e cometer homicídio logo começa a se apagar através de um caso recheado de surpresas e reviravoltas que acaba envolvendo Annalise e seus alunos intimamente em um homicídio sórdido, capaz de destruir todos eles.
Mesmo trabalhando com uma temática tão popular, é fácil ressaltar que a narrativa de How To Get Away With Murder é um dos grandes motivos do seu sucesso. Mesmo que envolva os casos semanais, a sua principal abordagem é toda desenvolvida através de flashbacks e flashfowards, criando assim uma grande expectativa em seu público. Entretanto, o roteiro inteiro também ajuda em tal abordagem. Sem entregar os pontos principais, mas sabendo trabalhar em cima daquilo que é mostrado, os capítulos vão caminhando da forma correta para que tudo isso aconteça. Obviamente, a direção também tem os seus méritos em saber como apresentar cada fato da forma necessária.
Além disso, outro ponto muito fácil de destacar é o seu elenco. Liderados pela excelência de Viola Davis, todos acabam apresentando atuações interessantes em cima de perfis completamente diversificados. No entanto, a mistura e a forma com que cada um dos personagens aparece ajuda muito em tudo o que vai sendo mostrado. Mesmo com destaques envolvendo Annalise Keating, Wes Gibbins e Rebecca Sutter, todos os outros envolvidos tem o seu momento e perspectiva de destaque.
No geral, o programa ao misturar todas as suas características cria um grande suspense. Surpresas vão aparecendo desde o começo, seja envolvendo questões profissionais ou pessoais de cada um. Obviamente, todos esses fatos vão também apresentando tensões e reações interessantes, criando dúvidas e mexendo com a opinião do espectador. E é exatamente esta uma das melhores colocações do programa criado por Shonda Rhimes ao longo de cada momento dramático, a descoberta de um detalhe ou reviravolta apresentada.
Ok, existe um certo momento, após tantas mudanças e perspectivas, que até pode surgir o pensamento de que já está na hora de finalizar para alguns. A série encontra os seus momentos de dificuldades por cerca de 1 ou 2 episódios no meio da sua narrativa, enrolando um pouco o seu desenvolvimento ao focar mais no pessoal dos envolvidos, mas logo acaba voltando ao esperado. E ao final disso tudo, quando realmente é chegado o momento de respostas, o interessante é ver as novas mudanças e constatar que a maior pergunta de toda a temporada de How To Get Away With Murder continuou ali até o final. Na verdade, o mais incrível é perceber que eles conseguiram responder uma ao criar um grande gancho para o que está por vir.
