
Nicholas Hathaway (Chris Hemsworth) é um ex-prisioneiro que é também um gênio da informática. Liberado pela polícia para auxiliar em uma investigação, ele então começa a participar de uma emboscada a uma rede de criminosos que estão utilizando um código já conhecido pelo mesmo. E assim, no meio desta investigação que conta com parceria entre americanos e chineses, o mesmo vai se envolvendo cada vez mais pessoalmente e em busca da sua liberdade, cruzando o mundo em uma caçada que o faz viajar a Chicago, Los Angeles, Hong Kong e Jacarta.
O roteiro do filme já começa exatamente apresentando toda a situação ao seu espectador, com uma narrativa que aos poucos vai se mostrando bem estruturada e apresentando os seus personagens no decorrer das cenas seguintes. E assim, com uma ideia situada em ataques cibernéticos, a produção vai ganhando sua estrutura definida em uma abordagem que também é mesclada com o gênero ação. O roteiro no entanto, mesmo que bem estruturado inicialmente, começa a passar por oscilações em certos momentos e faz com que o interesse vá sendo diminuído e sendo recuperado em outros. Além disso, fica também evidente que pelo que foi trabalhado, a direção não conseguiria salvar o título em momentos assim. Com isso, é claro, pontos negativos e qualidades da produção vão sendo expostas com o passar das cenas.
Por sua vez, o elenco de todo o projeto pode ser considerado um dos seus pontos altos, já que vão aos poucos apresentando uma química de tela correspondente ao quanto os personagens vão se conhecendo e apresentando evoluções em suas convivências. Entretanto, é em Hathaway (Chris Hemsworth) que todo o destaque acaba centrado, já que o mesmo está tentando sua liberdade em uma única cartada e acaba se envolvendo mais do que o esperado com a evolução de toda a situação. Além disso, todos os acontecimentos vão começando também a se mostrar como um grande desafio para o Hacker e ele vai testando assim os seus limites em busca de respostas.
Neste ponto envolvendo desafios, perguntas e soluções, o projeto consegue chamar atenção até certo ponto, As determinações dos personagens são bem usados, assim como boa parte do mistério mostrado. As falhas aparecem mesmo quando o roteiro passa por momentos de calmaria e envolvimento entre personagens, tirando um pouco do foco no que era de fato interessante ser apresentado e deixando a trama um pouco mais lenta. Além disso, a falta de mais reviravoltas do que as que acontecem também causam certos incômodos. Em si, o projeto tem apenas uma grande mudança, proporcionando perdas e descobertas, para assim fluir com mais facilidade e determinação.
O que mantém mesmo a atenção do espectador é o interesse pela resolução do que está acontecendo e sua temática, mas falta aquele vilão mais marcante para os personagens e com convicções que causem ainda mais impacto em descobertas. E com a ausência destes pontos e mesmo passando por alguns problemas para sua evolução, Hacker torna-se apenas um bom entretenimento para quem gosta do gênero e já espera um final sem grandes surpresas.





