O grande buzz do ano é “Era de Ultron”, também conhecido como “Vingadores 2”. Muita gente não gosta de ver continuação sem saber o que vem antes, mesmo sabendo que o filme não vai ser um mar de complicações pra quem começar por ele. Pensando nisso, Kinos traz agora um guia básico pro espectador de primeira viagem na maior franquia que o cinema já viu. Como diria o esquartejador, vamos por fases:
Fase 1 – Aprendendo a jogar e entendendo os comandos das manetes.
Homem de Ferro – Tony Stark vai preso, quase morre, mas tem, mais que dinheiro, o DNA do MacGyver: metal retorcido + chiclete = bomba atômica, ou melhor, Homem de Ferro, versão Gigantes de aço. Enquanto a armadura fazia dieta, Tony Stark encontra seu alter-ego Hugh Hefner numa festa, descobre que o vilão é seu sócio e mostra que ser slim é melhor que ser gigante. O prêmio: uma visita de Nick Fury depois dos créditos.
O Incrível Hulk – Bruce Banner era um pacato morador do Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, da qual só não gostam a imprensa brasileira e o exército americano. Perseguido, o genial cientista volta para os Estados Unidos pra tentar se curar da radiação gama e aproveita pra chutar milicos bombados com o soro do supersoldado (em hulkês: pouco mais que Red Bull). Quando Banner, interpretado por Edward Norton, tenta encontrar dados secretos, seu primeiro rival é o Norton Antivírus. Curado, se suicida (numa manobra repetida pelo Capitão América sete filmes depois), levanda qual Lázaro do asfalto e finalmente mostra o que o Hulk faz: esmaga. Longe de tudo, Banner aprende a respirar feito o monstro verde e o general Ross, bêbado, recebe uma visita de Tony Stark.
Homem de Ferro 2 – Howard Stark não era um gênio sozinho, mas era um gênio, e quem mostra isso pro filho dele é a dupla Nick Fury e Viúva Negra, que conversam com Tony Stark como se ele fosse uma criança. Uma criança deles. Com trama de política interna, além de abrir as postas para uma eventual Guerra Civil (falta pouco), o filme mostra-se um enorme exercício de tecnologia a serviço do show-business. A criança cresce e inventa novos brinquedos, mas o mais poderoso quem encontra é o agente Coulson, no Novo México: um martelo.
Thor – O deus nórdico rouba a cena ao tentar boicotar tudo e ganhar um filme só pra si. Esse deus é Loki, a melhor atuação de todos os personagens da franquia. Não há beleza de Thor, efeitos especiais ou participação apagadamente especial de Natalie Portman que o ofusque. Talvez as poucas aparições de Stelan Skarsgård cheguem perto, Anthony Hopkins só cumpre tabela e o filme é mesmo do Tom Hiddleston. Mas o Thor salva todo mundo, conhece a Terra e ainda é observado pelo Gavião Arqueiro. Cena final com Loki de novo, deixa para o futuro da franquia.
Capitão América: o primeiro Vingador – Tira do Incrível Hulk o título de pior da franquia até então. O que diferencia Jar Jar Binks de Capitão América é que o Capitão tem salvação, mas não foi neste filme. Personagem chato, garoto propaganda insosso e filme que vale mais pelas referências a Stark e Hilter do que pelo próprio protagonista. Ainda bem que ele morre no final. Pronto, contei. Mas é filme da Marvel, tem outro final depois.
Os Vingadores – Tudo junto e misturado, com boas sacadas como a da Viúva Negra em sua primeira cena ou o fantástico fora que Stark dá em Loki (entre um gole de uísque e outro): we have a Hulk. Verdadeiro trabalho em equipe, cada um dando o que pode, das tiradas aos tapas, e livrando Nova York de ser engolida para o além. Se os Vingadores esperam se separar depois de comer na lanchonete, Thanos não deixará, mas ele é o vilão final da fase três. Nova York vira o 11 de setembro da franquia (parece redundância…)
Fase 2 – Os vilões ficam mais difíceis e precisamos dos macetes pra vender, digo, vencer. Pra isso, além dos filmes, tem que ver a série Agents of S.H.I.E.L.D., onde muito do que acontece na telona é citado ou antecipado.
Homem de Ferro 3 – O maior vilão do filme é o próprio Homem de Ferro. No primeiro filme, ele enfrenta o sócio de Tony Stark; no segundo filme, ele enfrenta Tony Stark; neste filme, como Tony Stark está namorando, ele resolve se enfrentar. E não basta ter um espelho: toda uma história de armaduras do Homem de Ferro sai voando pelo filme e dá trabalho pro titular. Mais um filme de referências pros fãs e ação pros leigos, com destaque pro Gandhi Mandarim e pra melhor cena do filme: Stark e Banner pós-créditos.
Thor: o Mundo Sombrio – O maior vilão do filme é, claro. Loki, que só não pode roubar a cena porque está preso, e quem está preso não rouba. E mesmo de seus poucos metros quadrados atrás da vitrine, é quem manda em tudo o que acontece. Brilhante de novo. Na verdade, a trama toda parte do elfo Malikth, mas sua inimizade é secundária perto de toda a desconfiaça que Loki gera. Com porradas, efeitos, magia e boa encenações, parece ser uma história sem vínculo com a franquia, mais pra deixar o público aquecido. Se foi pra isso, conseguiu melhor que o anterior.
Capitão América: o Soldado Invernal – O vilão do filme é o seu melhor amigo, digo, do Capitão. Depois dos primeiros minutos que fazem pensar que o filme vai ser como o primeiro, um jorro de ação, mais tiradas legais, porradas e uma trama que nem parece história do Capitão América. Por trás de tudo, o parceiro Bucky que, coincidentemente, também sobreviveu ao inverno da guerra.
Guardiões da Galáxia – O grande vilão do filme deve ser o iPod: se um aparecer, os Guardiões o exterminam sem dó nem piedade: ninguém pode mais que o Walkman da Sony e sua trilha sensacional, com direito a árvore dançando Michael Jackson. Mais do que os outros, um filme divertido, em que as piadas parecem ter sido pensadas antes das cenas e nem por isso gratuitas (nada melhor que a da perna). Ronan e Thanos fazem a dobradinha de sucesso, combinando nas cores e nos planos iniciais, mas Thanos sempre leva a melhor, mesmo quando perde (e tem que estar vivo pra Fase 3, só deu um olá novamente). A pergunta que não quer calar: de que cor Zoe Saldanha estará em Star Wars?
Os Vingadores 2: A era de Ultron – O maior vilão do filme deve ser Ultron, é o que dizem os trailers, que também dizem: Breve nos cinemas.