GLEE 6ª TEMPORADA | PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Durante três temporadas “Glee” foi sucesso entre o público e a crítica. Com uma fanbase fiel, releituras de clássicos da música pop e de grandes musicais da Brodaway, a série, criada por Ryan Murphy, modificou a vida de vários adolescentes tratando de assuntos como homossexualidade, bullying, gravidez na adolescência e auto-aceitação de forma simples, sincera e delicada, ao mesmo tempo em que trabalhava com um roteiro irônico e engraçado.

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Foi na quarta temporada que a série desandou. A mudança de alguns personagens para Nova York, a aquisição de novos para o New Directions deixou a série com um ritmo estranho. Mesmo assim, o show foi renovado para mais duas temporadas. Quando a quinta temporada ainda estava em pré-produção, um dos atores principais, Cory Monteith, que dava vida ao quarterback Finn Hudson, faleceu. Vítima de uma overdose de heroína e de uma luta de anos contra a dependência, Cory não deixou apenas um vazio físico na série, mas também sentimental. Finn era alma do show, era o equilibro para a ganância exacerbada (e às vezes louca) de Rachel Berry (Lea Michele) e era a cola entre os núcleos de “Glee”. A morte de Cory Monteith deixou marcas significativas na série. Mesmo assim, contratos já haviam sido assinados e o show tem que continuar.

A sexta e última temporada de “Glee” começou no início de janeiro. Ao contrário das anteriores, esta terá apenas 13 episódios. Ao final da temporada anterior podemos ver Rachel Berry finalmente estreando na Broadway em “Funny Girl” e então desistindo dos musicais para estrelar uma série de tv em Los Angeles. A nova temporada começa um ano depois disso tudo. Rachel retorna a Lima sem emprego, sem faculdade e humilhada pela baixa audiência do seu programa de tv de gosto duvidoso. Rapidamente se encontra com Blaine (Darren Chris) que deixou Nova York após o término do noivado com Kurt (Chris Colfer), Sam (Chord Overstreet) que desistiu de sua carreira de modelo na Big Apple e agora ajuda a treinadora Beiste (Dot-Marie Jones) no McKinley High e, mais tarde, com Kurt que retorna a Lima para um trabalho do NYADA. Logo, Rachel é orientada por Mr. Shue (Matthew Morrison) a assumir o glee club.

O destaque desse início de temporada é, como sempre, a diretora Sue Sylvester (Jane Lynch). Ela é uma das personagens mais interessantes do show. É ácida, engraçada e tem as tiradas mais inteligentes que eu já vi em séries. Sabe aquelas coisas absurdas que acontecem no show? Os roteiristas vão usar a Sue para te fazer lembrar que aquilo foi realmente absurdo. Claro, Jane Lynch parece se divertir o tempo inteiro. Além disso, alguns atores do elenco original retornaram para alguns episódios, deixando a série com mais cara de despedida. “Glee” apresenta ao público seus personagens mais adultos, crescidos e amadurecidos

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Uma parte desta que vos escreve, fã da série desde 2009, acredita que “Glee” deveria ter terminado ao final da terceira temporada. O elenco original era ótimo e toda o plot até lá fazia sentindo. Depois algo se perdeu. Mas, mesmo assim, sorrio ao assistir “Glee”. Quando o último episódio for ao ar no dia 20 de março alguma coisa no entretenimento vai perder a graça. “Glee” me apresentou dezenas de artistas e músicas que eu não conhecia e sei que modificou a vida de vários adolescentes que eram diferentes da norma e sofriam por não serem aceitos e não se aceitarem. Ryan Murphy, um dos caras mais inteligentes da televisão norte-americana, abriu espaço para que o musical se tornasse realidade e virasse um gênero dentro da tv. É difícil escrever sobre o que esperar destes poucos episódios. Torço para que a série termine de maneira inteligente e divertida. Que todos os altos e baixos durante estes seis anos deem lugar a um desfecho a altura do que “Glee” significa para tanta gente.

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