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Conhecida justamente por apresentar ao público constantemente uma linha de jogos exclusivos para os seus consoles, a Sony já entregou ao público no lançamento do Playstation 5 os jogos Spider-Man: Miles Morales e o remake de Demon’s Souls. Entretanto, o ano de 2021 é realmente apontado como o início desta geração pelos muitos rumores e anúncios realizados até aqui. E para dar este pontapé inicial, tivemos recentemente o lançamento do aguardado Returnal. Mas será que o jogo desenvolvido pela Housemarque entrega tudo aquilo que vinha prometendo através de vídeos e da sua campanha promocional? É isso que vamos explorar no texto abaixo aqui no Jornada Geek.
A premissa de Returnal
Apresentado desde o início como um jogo de tiro em terceira pessoa com elementos roguelike, o jogo Returnal é situado em um cenário de ficção científica futurista. O jogador controla Selene, uma piloto espacial feminina, equipada com um traje e armada com armas de alta tecnologia, que está presa em um mundo estranho e presa em um loop temporal. Após cada morte, a piloto é ressuscitada, seguindo um padrão de atravessar ambientes estranhos e combater entidades extraterrestres com visões crescentes em um mundo em constante mudança.
O primeiro exclusivo de 2021 no Playstation 5 chega de forma competente
Aproveitando desde o início a nova geração de consoles, a Sony lançou o Playstation 5 em 2020 já acompanhado por exclusivos como o remake de Demon’s Souls e Spider-Man: Miles Morales. Entretanto, ainda assim expectativas foram criadas para o lançamento de um grande título que explorasse também todas as funcionalidades do DualSense. Bem, isso aconteceu nos últimos dias justamente com o lançamento de Returnal.
O jogo não apenas nos apresenta gráficos excelentes, que merecem ser extremamente destacados, mas também brinda o público com a exploração de todas as funções do novo controle da empresa. Cada função é utilizada de alguma forma, seja no comando de tiro do L2, dividido desta vez em dois gatilhos, ou simplesmente no cair da chuva que faz todo o Dualsense tremer em diferentes intensidades nas mãos do jogador (a). E claro, tudo isso acaba também influenciando positivamente em outro fator: a jogabilidade de Returnal.
São através destes pequenos cuidados no uso deste novo controle, ou nos gráficos do planeta Atropos através dos seus diferente biomas, que a Housemarque nos apresenta algo inovador e que merece o destaque que vem sendo conquistado como um grande sucesso recente. Contudo, ainda assim, estes são apenas 2 pontos do sucesso grandioso que nos foi apresentado.
Returnal é frustrante e desafiador ao mesmo tempo
O mais interessante sobre toda a abordagem de Returnal é o fato de que ele consegue ser justamente o que o tópico já nos indica: frustrante e desafiador ao mesmo tempo. Com elementos definidores do estilo roguelike sendo aplicados desde o seu primeiro momento, o jogo consegue prende a sua atenção. E, ao invés de simplesmente desistir pelas mortes e retornos para o início, isso acaba estimulando quem está com o controle em mãos a buscar soluções, criar estratégias, e explorar suas habilidades de uma forma competente.
É ainda válido destacar que o ritmo apresentado neste novo título da Housemarque é muito fluído, mas por vezes se torna insano nas batalhas. Situações como os cenários de confinamento acabam criando uma atmosfera diferente, desafiadora, e extremamente perigosa. Afinal, se você morrer, tudo começará novamente e com um mapa planejado de forma diferente. Ou seja, a cada passo, o seu progresso pode estar em jogo.
E se você pensa que em algum momento ficará mais fácil, então está enganado. Os 6 biomas apresentados ao longo de toda a trajetória de Selene passam apenas a sensação de que a dificuldade vai crescendo cada vez mais, principalmente por sempre contarem com novas criaturas. Entretanto, ao lado dos inimigos, temos também novas armas e modificações que se tornam cada vez mais necessárias para o avanço da trama. A regra, entretanto, é sempre clara: evite morrer.
Afinal, vale a pena jogar Returnal?
Se você gosta de jogos desafiadores, então certamente Returnal é um jogo obrigatório para a sua diversão nesta nova geração de consoles. Embora seja difícil por conta dos seus elementos, o título acabou conquistando a sua fama rapidamente justamente em cima de todas as suas características. Alguns, obviamente, sentirão falta do save game. Contudo, é sempre válido citar que essa ausência é justamente um dos elementos da proposta do jogo.
Afinal, gostando ou não, a trama é justamente sobre estar preso em um ciclo temporal. Tal ausência então acaba fazendo um extremo sentido. Além disso, outros pontos que fazem com que Returnal se torne não importante neste momento são aqueles que já abordamos ao longo do nosso texto sobre o seu gráfico de nova geração, o uso do controle do dualsense, e até mesmo a mudança na configuração do seu mapa quando retorna para uma nova vida. Com tudo isso somado, o jogo acaba se tornando aquilo que prometeu: um título inovador e desafiador da forma que estávamos precisando.
*Texto escrito a partir da experiência no Playstation 5, com o código fornecido pela Sony e Housemarque.
Confira o trailer de Returnal: