Análise de “Wall Street – Poder e Cobiça” de Oliver Stone: Entendendo os mercados financeiros

Wall Street Poder e Cobiça
Divulgação

O filme “Wall Street” de Oliver Stone se ambienta no final da década de 80, apresentando a jornada de Bud Fox. Interpretado pelo ator Charlie Sheen. Quem tem a oportunidade de assistir a esta obra-prima do cinema ganha como bônus entender um pouco mais sobre os mercados financeiros. 

A história mostra o quanto é necessário aprender as nuances da escola de negócios. Assim como, compreender que a performance na bolsa de valores vai além de “fazer dinheiro”. Consiste em visualizar a cultura financeira como um todo, analisando métodos convictos e éticos para realizar operações. Sem deixar de assimilar o período atual do mercado.

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Como plano de fundo, o espectador percebe o cenário financeiro americano em Nova York, 1987. A partir da ótica do jovem que inicia sua jornada de trabalho no mercado. Isto é, prestando serviços para o destemido empresário e bilionário Gordon Gekko, vivido por Michael Douglas. No entanto, é possível destrinchar que as ações de Gekko acabam saindo dos limites éticos.

Para entendermos um pouco mais, faremos a Análise de “Wall Street – Poder e Cobiça” de Oliver Stone: Entendendo os mercados financeiros.

A perspectiva “insider trading”

Você já ouviu falar em insider trading? Segundo o site tradingnobrasil.com , a expressão é fortemente consolidada através da jornada dos protagonistas, que usam informações privilegiadas para fazer negociações na bolsa.

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Estes dados ainda não são de conhecimento público, por isso mesmo são considerados como “informações privilegiadas”. As quais geram certa vantagem para o investidor em relação aos demais, favorecendo seus lucros exponencialmente. 

A obra de Oliver Stone revela o brilho no olhar de Fox, o protagonista, ao se deparar com o desempenho do seu mestre durante as primeiras negociações. Fazendo com que, durante a trama, o personagem de Sheen se torne mais audacioso. Mudando até mesmo seu caráter e idealizações, resultando em ações fora da moralidade requeridas por Gekko. A ganância se transforma em porta de entrada para insider trading no filme, por exemplo.

Visualizando o mercado financeiro pela ótica de Stone

Se naquela época o mercado financeiro se configurava estável para investidores que assistiram “Wall Street – Poder e Cobiça”, isso mudou um pouco depois. Com a notável crise financeira imobiliária de 2008 que quebrou as ações.

Mas, voltando ao filme da década de 80, vale destacar como este valorizou a figura do investidor ambicioso. O objetivo de Stone era pregar os perigos da ganância no mercado financeiro americano. Dessa maneira, “saía” do aspecto seguro, regular; que oferecia operações lucrativas e relacionamentos interessantes sem fugir de normas. 

Retratando assim outro lado da moeda: operações ilegais de instituições financeiras. Ou seja, a indústria de valores facilitava o sucesso dos grandes empresários que percorriam o lado oculto da história. A forte ascensão do mercado financeiro durante todo aquele período, incluindo a década posterior, levou à terrível crise de 2008 que falamos. 

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Analisando deste modo, notamos que mesmo com as perspectivas perigosas de “Wall Street – Poder e Cobiça”, o número de traders só aumentou. Revelando a intenção de lucrar mais e mais no mercado de valores. Ou seja, a obra serviu de grande inspiração, cativando diversas pessoas a considerar esta forma de ganhar dinheiro e estabilidade até hoje.

A estética do mercado financeiro

Diferente de outros filmes que enaltecem características próprias dos investidores, “Wall Street” de Stone explora a estética do mercado financeiro. Valorizando o contorno dos prédios imponentes de Wall Street, gráficos de ações da bolsa, competitividade de empresários e negociadores e multidões caminhando pelas ruas de Nova York. Simbolizando indústrias e seus usuários.

Atraído por estes pontos e pela performance de Gekko, o protagonista simula o sonho de carreira dos novos investidores. Os traders iniciantes também sinalizam sua vontade de fortalecer-se financeiramente ao estudar o mercado de valores e o que ele pode oferecer.

A concorrência

Partindo deste princípio, o filme configura não só os investidores, mas a alta competitividade no ramo. Especialmente entre grandes e pequenas empresas. 

Bud Fox é pego de surpresa em uma cena, em que seu mentor, Gekko, ratifica os perigos de criar laços. Mas logo em seguida fala amistosamente com outro investidor. Contudo, o espectador, assim como Fox, percebe a intenção de Gekko: observar dados através de um espelho na cena. Sua atitude é totalmente proposital; detectar instrumentos que lhes serviriam.

Saindo um pouco do filme, vale lembrar que atualmente, mesmo diante da concorrência no mercado financeiro, existe o Copy Trading. Nada mais é do que a possibilidade de tomar como referência posições abertas e gerenciadas por outros investidores. Permitindo uma atuação mais eficiente nas operações financeiras.  A ferramenta oferece mais conhecimento antes de efetuar operações, sem burlar nenhum tipo de lei.

O poder de Wall Street

Quando se questiona sobre sua personalidade conforme o perfil poderoso de Wall Street exposto por Gekko, Fox é confrontado. De maneira perspicaz, o mentor explora a vontade de seu aprendiz de fazer parte daquilo. Levando-o a passar por cima de seus princípios, caráter e normas a fim de trabalhar para ele. 

Com isso, o espectador nota o quanto o personagem de Douglas manipula seu aprendiz. Nada que fuja da dinâmica explícita de Wall Street no filme, ok? O projeto, embora não seja tão “incontestável” nas experiências humanas, traz à tona as movimentações do mercado financeiro americano. Sem abster-se da corrupção que este pode produzir em vários investidores e instituições.

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