Lançada em dezembro de 2019, a série The Witcher é considerada hoje por muitos um dos maiores sucessos da Netflix ao longo dos últimos anos. E com tal status de aposta, a mesma claramente vai conquistando cada vez mais o seu espaço.
O sinal de sucesso era tanto que uma 2ª temporada da série The Witcher foi encomendada antes mesmo do seu lançamento, chegando a inclusive ter a produção dos seus novos episódios iniciada em fevereiro deste ano. Entretanto, acabou também sendo um dos projetos afetados pela pandemia e tendo suas filmagens paralisadas logo depois.
Entretanto, é válido destacar que os sinais envolvendo uma expansão da franquia começaram a surgir há meses através do anúncio de um filme animado que levará o subtítulo de Nightmare of the Wolf. Mas isso está longe de ser tudo…
Meses após tal a paralisação envolvendo o desenvolvimento da 2ª temporada, e com a produção definida para ser retomada ainda na segunda metade de agosto, The Witcher voltou a ganhar novidades recentes envolvendo o anúncio de uma minissérie derivada que funcionará no formato de prelúdio.
E é justamente este o tema do nosso texto. Afinal, o que este programa irá mostrar ao público? Bem, no texto abaixo você pode conferir teorias sobre alguns dos temas que devem ser abordados.
Trama da série prelúdio de The Witcher é ambientada 1200 anos
O anúncio divulgado pela Netflix destacava que a minissérie, intitulada The Witcher: Blood Origin, será um “prelúdio ambientado 1200 anos antes da história de Geralt. A trama de Blood Origin contará uma história perdida no tempo – a origem do primeiro Bruxo, e os eventos que levaram à crucial “conjunção das esferas”, quando o mundo de monstros, homens e elfos fundiu-se para se converter em um só”.
A Primeira migração
Como destacado pelo site Screen Rant, não existem historiadores imparciais no mundo de The Witcher e, como resultado, não existe também uma história aceita por todos. Cada raça tem sua própria mitologia e sua própria versão do passado. Contudo, de acordo com o anão Yarpen Zigrin, as primeiras raças a se estabelecerem no continente foram os gnomos, seguidos rapidamente pelos anões e depois pelos elfos.
Como no mundo real, a migração levou ao conflito entre as raças, mas os elfos – também chamados de “Aen Seidhe” – foram os vencedores. Esses Elfos estabeleceram uma terra paradisíaca, vivendo em harmonia com a natureza. Em um dos contos de Sapkowski, o Aen Seidhe Filavandrel lançou uma crítica amarga em que ele se lembrava desses tempos antigos.
“Nunca cultivamos a terra”, disse ele a Geralt, que considerava um representante de toda a humanidade. “Ao contrário de vocês, humanos, nunca a rasgamos com enxadas e arados. A você, a terra paga um tributo sangrento. Ela nos concedeu presentes. Você arranca os tesouros da terra à força. Para nós, a terra deu à luz e floresceu porque nos amou”.
Ou seja, este é o tipo de mundo que o prelúdio da Netflix possivelmente estará retratando, o que é muito diferente daquele que já conhecemos em The Witcher. Embora existam conflitos, também possivelmente veremos situações mágicas e muito curiosas nos episódios deste novo projeto.
A conjunção das esferas
Este é um dos pontos mais interessantes da história no universo de The Witcher, já que trata-se justamente da calamidade multiversal que até o momento é encontrada somente em um diário que pode ser lido nos jogos de The Witcher. O conteúdo em questão foi escrito por um homem chamado Adam Nivelle, destacando que o evento resultou em uma espécie de fusão das realidades paralelas.
Como consequência, como citado no texto, diversas criaturas que ficaram “sem lar” acabaram passando a habitar em uma mesma realidade. Embora não seja de conhecimento aceito por todos, os elfos afirmam também que foi através deste evento de conjunção que os humanos chegaram ao mundo de The Witcher.
Confira o trecho em questão traduzido abaixo:
“O Cataclismo conhecido como Conjunção das Esferas aconteceu há um milênio e meio atrás. Uma colisão cósmica de vários universos paralelos, esse desastre deixou inúmeras criaturas não nativas de nossa realidade presas aqui. Por exemplo, carniçais e túmulos, que não têm os seus próprios nichos ecológicos são simplesmente relíquias da Conjunção.
Os elfos afirmam que os humanos também chegaram a este mundo durante a Conjunção. Isso ocorreu logo depois que eles conseguiram destruir o seu próprio mundo. Os elfos afirmam que foi durante a Conjunção que os humanos aprenderam a usar magia. “
O próprio Nivelle isiste que todas essas questões são “mentiras e invenções divulgadas por não-humanos”, acreditando que toda raça deseja reivindicar o direito de origem sobre as outras ao insistir ter habitado o continente primeiro e que as outras não são nativas. Entretanto, uma coisa é certa: a conjunção das esferas causou uma inevitável guerra no continente.
Ainda assim, claramente este seria um ponto extremamente importante a ser abordado pela minissérie The Witcher: Blood Origin, principalmente levando em consideração a sua ambientação e também o conteúdo destacado pela sua primeira descrição.
Ainda é válido destacar também que, nos livros, Ciri ganha o poder de viajar entre os mundos e chega ao que parece ser a Terra nos dias de Camelot. A implicação é que a humanidade começou na Terra, mas foi transportada para o mundo de Sapkowski pela Conjunção das Esferas. Ou seja, podendo assim fazer com que este capítulo da futura minissérie confirme o que foi escrito por Nivelle.
E além disso, é claro, isso nos leva também ao principal ponto de toda a história…
O primeiro bruxo
A trama da série prelúdio de The Witcher não promete apenas abordar as situações da conjunção das esferas, quando monstros, homens e elfos passaram a viver em uma mesma realidade, mas também se compromete a nos apresentar a origem e os acontecimentos que levaram a origem do primeiro bruxo.
Embora seja apontado para o público durante a jornada de Geralt de Rívia que os bruxos são vistos como uma espécie de escória da sociedade, e que poucos deles existem naquele momento, também é de conhecimento que eles tem a sua importância para a história do continente. E é justamente neste momento de conjunção, e no meio das guerras, que os humanos também aprenderam a usar a magia. O que, é claro, resultou na origem dos bruxos.
Levando em consideração tantos conflitos, e também preconceitos que existem no universo em questão, é válido destacar que acompanhar a origem do primeiro bruxo, os seus encantos, desenvolvimentos, caças, e até mesmo trabalhos será um tanto quanto interessante. Além disso, o quanto a trama irá cobrir? Veremos a ordem dos bruxos ser fundada neste 6 episódios?
No meio de tantas histórias recheadas de mistérios, e até mesmo possíveis mentiras, The Witcher: Blood Origin chegará de fato como uma oportunidade única para a Netflix puxar a cortina e revelar a verdade sobre o início de tudo isso.
Geralt de Rívia estará presente na trama?
Isto é algo que chega a ser possível, mas provavelmente somente como uma participação. Uma das possibilidades seria a de Geralt estar ouvindo uma história, mas essa também poderia acabar tornando o programa um tanto quanto parcial. Como já destacado: as histórias contadas realmente são sempre mostradas como dando ração para a raça que está lhe contando.
Entretanto, uma forma de encaixar Geralt de Rívia nos episódios seria a de uma curta aparição ao final, com uma narrativa de anos depois, e mostrando o mesmo em alguma viagem após termos conhecido toda a origem deste universo.
As filmagens de The Witcher: Blood Origin acontecerão no Reino Unido, mas uma data de estreia para o projeto ainda não foi revelada pela Netflix.
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