Catacumbas, armas, areia, monstros (muitos monstros) e um narrador fanfarrão dão o tom de Strange Brigade, shooter em terceira pessoa da Rebellion. Com uma fórmula bem simples, semelhante a filmes de aventura, o título diverte e impressiona em seu excelente modo cooperativo.
Se você é fã de jogos de aventura e exploração, repleto de puzzles, fique ligado em mais uma crítica do Jornada Geek!
Fórmula que dá certo
Se eu fosse resumir Strange Brigade de forma simples, eu diria que ele é um jogo bem básico. Conta com um modo história divertido, que pode ser jogado tanto em um jogador, quanto em modo cooperativo online, que é muito mais emocionante. Existem também outros modos onde é possível desbravar mapas cheio de quebra-cabeças e muitos inimigos, culminando no chefão, geralmente uma criatura imponente, e até mesmo em um modo onde quem marca mais pontos ao matar monstros, vence.
O jogo não é difícil, mas é desafiador em alguns momentos, onde hordas de inimigos surgem incessantemente por várias partes do mapa, encurralando os quatro heróis selecionáveis, que contam com diferentes habilidades e armas. Aliás, esses aspectos são relativamente customizáveis, mas cada personagem conta com uma história específica, algo que torna a experiência ainda mais legal.
A história é bem simples: a rainha feiticeira Seteki ressurge, trazendo consigo inúmeros monstros, sendo a “Brigada Estranha” a única forma de parar esse terrível exército. Bem, parece “um pouco” clichê, não é mesmo? Pois é…
Gráficos e mecânica
Se, por um lado, a fórmula de Strange Brigade lembra um filme pastelão da Sessão da Tarde, os gráficos são dignos de Hollywood. Com mapas, personagens e inimigos bem detalhados, o jogo consegue chamar atenção no aspecto visual. A física das armas e dos movimentos dos personagens é muito simples, tendo poucos erros.
Há a possibilidade de executar o jogo pelo DirectX 12 e pela plataforma Vulkan API, não tendo grandes diferenças aparentes na parte gráfica, mantendo inclusive níveis próximos de frames por segundo. De toda forma, percebe-se o esforço da Rebellion em lançar um game atrativo e com várias opções de customização. Ponto para a desenvolvedora.
Jogabilidade
No geral, o jogo é bem intuitivo, sendo totalmente legendado, aspecto que auxilia aos novatos. Os mapas, parte crucial de Strange Brigade, não contam com caminhos que levarão a lugar algum, coisa bem comum (e irritante) do estilo. Neles, existem alguns puzzles que podem dar moedas e itens que auxiliam os personagens no decorrer da aventura, prolongando a experiência em jogo.
Não bastassem esses aspectos, existem também obstáculos que podem ser ativados por tiros espalhados pelas catacumbas, auxiliando na matança dos inimigos, que “dropam” pontos azuis, que são utilizados para preencher uma barra de habilidade, que pode ser modificada. Uma das que mais usei, consistia em correr para cima do inimigo e lançá-lo para longe. Não bastasse o golpe, o inimigo ainda explodiria, dando dano de área em vários outros.
No decorrer dos tiroteios, comumente as balas acabam. Isso é chato, mas existem vários pontos onde é possível recarregar, além de alguns poucos loots que caem, dando alguns cartuchos na hora do desespero.
Ainda sobre as armas, é possível customizá-las com pedras, que adicionam diversos poderes aos tiros. Um dos mais interessantes, é o de poder congelar os inimigos, facilitando uma possível fuga ou afastamento das incansáveis hordas que chegam.
Modo cooperativo
Não há como falar de Strange Brigade sem se aprofundar um pouco no modo cooperativo online. Particularmente, prefiro dividir a experiência dos jogos com amigos, mas dessa vez tive de jogar com pessoas do mundo todo. Salvo alguns momentos de lag, algo normal, dependendo de onde o servidor é hospedado, a jogatina fluiu muito bem, rendendo boas risadas.
Não fugindo da fórmula, morrer no jogo não é tão difícil. Mas a sorte é que seus parceiros ou parceiras podem te ressuscitar, justamente com o intuito de não estragar a aventura. Afinal de contas, seria bem chato ficar assistindo os amigos levarem os louros enquanto você nada pode fazer. Bem, eu não gostaria…
Veredito
Como qualquer jogo, Strange Brigade tem sim alguns bugs, mas nada que atrapalhe a experiência. O modo singleplayer é até interessante, mas não se compara com a experiência compartilhada. Os gráficos são muito bons, bem polidos e vívidos, aumentando ainda mais o clássico estilo aventura. Strange Brigade não é um jogo perfeito, mas cumpre muito bem o que propõe, rendendo boas horas de diversão. Particularmente, também trouxe boas risadas e, acredite, alguns sustos.
Disponível para Xbox One por R$ 99, PlayStation 4 por R$ 191,90 e PC, via Nuuvem, por R$ 93,99, Strange Brigade tem, no momento, a média de 72 pontos no Metacritic.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela loja Nuuvem.
Sobre a Nuuvem
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