Os esportes eletrônicos são uma vertente em constante crescimento mundial e, no Brasil, não é diferente. A curva exponencial em que a modalidade vem se destacando têm atraído a atenção de clubes de futebol, empresas não endêmicas e, claro, de mais fãs. Considerado o terceiro país com mais audiência no ramo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos, os esports ainda tem um grande caminho para explorar no país. Foi por isso que surgiu a Esports Week (ESW), um evento que promete revolucionar o mercado e a forma como as empresas enxergam os esportes eletrônicos.
Conversamos com Rodrigo Trece, Diretor de Conteúdo e Novos Negócios da Esports Week, que nos revelou algumas informações do evento, que acontece em São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças, entre os dias 6 e 9 de fevereiro de 2019. Confira a entrevista!
Jornada Geek – Como surgiu a ideia de criar a Esports Week?
Rodrigo Trece – Empreendedores, amantes de games e esports que somos, identificamos uma necessidade de aproximação entre os três pilares que consideramos essenciais para sustentar a evolução deste segmento: Capacitação, Entretenimento e Negócios. Acreditamos que haja certa carência de conteúdo qualificado e propagação de ideias neste universo, em função do enorme foco dado ao entretenimento. Há que se perceber que esports não é só diversão, mas sim um mercado gigantesco de oportunidades, possibilidades e carreiras operando nesta entrega. A soma dessa percepção com a formação de boas parcerias, entre produção, operação, promoção e conteúdo, nos faz acreditar que a escolha foi bastante assertiva. Nosso papel é preencher estas carências e entregar ao público, por meio deste evento, uma imersão mais completa em todas as áreas impactadas pelos esportes eletrônicos. Estamos muito otimistas!
Como você vê o mercado de esports no país?
RT – Enxergamos o Brasil como potência mundial dentro deste contexto, enquanto consumidores de conteúdo e entretenimento. Contudo, penso que temos pecado em nos contentarmos somente com isso. Talvez nosso maior desafio esteja em migrar talentos, recursos e investimentos para desenvolvimento educacional e geração de negócios, de forma equiparada e proporcional ao consumo, mas acredito que estejamos no caminho certo. Há relatos regulares de surgimento de novas equipes, investidores, empreendimentos. Passeamos por um cenário de oportunidades e considero ainda estarmos no início do processo. Quem souber aproveitar disto colherá bons resultados. A Esports Week será agente ativo nesse sentido.
Quais atrações já estão confirmadas no evento?
RT – Já temos confirmados diversos profissionais de destaque no cenário brasileiro, incluindo alguns internacionais, bem como equipes, torneios e personalidades. Vocês terão acesso à programação completa e aos primeiros nomes confirmados agora em setembro, mês em que o evento será oficialmente divulgado.
Por que criar um evento acadêmico nessa área?
RT – Percebemos esse gap do cenário, que privilegia o entretenimento em detrimento dos outros pilares que propomos, como desenvolvimento de negócios e a própria capacitação do setor. Não podemos deixar a diversão de lado, mas é preciso mais. Não há autores nem referências bibliográficas de conteúdo para o esporte eletrônico, em português, por exemplo. Tudo o que temos acesso é, em maioria absoluta, de base inglesa. Não há cursos de graduação ou especialização da área no país, já percebidos e iniciados em outros países. Percebemos um mercado fechado para novos profissionais, interessados em ingressar no setor, com habilidades e competências muito específicas. Nossa pretensão é colocar tudo isto em pauta e incentivar uma mudança efetiva na base executiva, profissional e acadêmica dos esportes eletrônicos no Brasil.
Para quem a ESW é voltada?
RT – O projeto foi idealizado para ser bastante democrático. O Auditório de Palestras privilegia aqueles com interesse em aprofundar conhecimento e debater ideias. A Arena de Entretenimento privilegia os entusiastas e amantes de esports que buscam a diversão e contato mais próximo com seus ídolos e equipes prediletas. A Feira de Expositores alavanca possibilidade de negócios e networking, enquanto os Workshops capacitam e atualizam profissionais já atuantes ou interessados no setor.
Vai ter edições em outras localidades?
RT – No momento estamos concentrados em realizar uma boa primeira edição em São Paulo, mas não descartamos essa possibilidade.
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