Dizem que um jogo para ser bom tem que ser divertido. Mas será que só isso basta? Em A Grande Bagunça Espacial, game brasileiro produzido pela RMAL, temos literalmente uma grande zona, que vai dos seus menus até a hora da jogatina.
E você quer saber mais sobre minhas impressões desta verdadeira loucura intergalática? Então se prepare e pegue a sua moto espacial! É hora de mais uma crítica do Jornada Geek!
O título faz sentido
Ao iniciar A Grande Bagunça Espacial, um vídeo detalha a sua história, que é muito insana por si só. Waldisglédson, o personagem principal do jogo é um motoqueiro voador e deverá resgatar sua namorada, que foi sequestrada pelo vilão, o Monstro Cérebro do Espaço. Isso tudo é colocado na apresentação, que deixa clara a ideia do jogo. Ele traz uma série de clichês observados em games, vídeos e no cinema, onde o personagem principal vive uma epopeia em busca do seu amor. E nesta aventura, você poderá jogar com outros personagens desbloqueáveis. Não que isso melhore algo, mas…
Sim, A Grande Bagunça Espacial é uma verdadeira loucura. Extremamente tosco, conta com gráficos pífios e uma dublagem totalmente brasileira muito engraçada, dando a entender o nível de insanidade do seu criador. O jogo é uma grande brincadeira, mas se considerarmos a história dele, podemos dizer que não fica pra trás de grandes clássicos. Porém, existe a questão da jogabilidade, o grande ponto fraco do jogo.
É bom ou é só louco?
Pois bem, A Grande Bagunça Espacial até começa a convencer com sua história, mas esbarra na questão da jogabilidade e dos próprios gráficos. Sobre seus comandos, ele é bem simples, baseando-se nos clássicos shoot’em up característicos dos anos 80, onde você deve desviar dos tiros para sobreviver. A tela fica extremamente sobrecarregada de inimigos e destroços, fazendo jus ao seu nome, e isso não é tão legal. Além, claro, de ser bem enjoativo.
Os gráficos são propositalmente toscos, algo talvez feito para mostrar o quão louca essa ideia foi. As cutscenes vão mostrando isso, sendo muito engraçadas, mostrando os vilões mais bizarros que já vi em um jogo. Imagine lutar no espaço contra uma lagosta (sim, uma lagosta!). Pois é, nesta grande bagunça isso é possível. As dublagens são simples e dão um tom ainda mais satírico ao enredo. Mas isso não salva o jogo de ser uma grande e limitada zoeira.
Mas será que compensa?
Vamos aos fatos: A Grande Bagunça Espacial é um jogo feito de brincadeira, não há outra explicação possível. Distanciando-se TOTALMENTE dos melhores jogos da atualidade, faz uma sátira engraçada dos clichês mas, de resto, é ruim e clichê, sendo pior que qualquer outro shoot’em up dos anos 80.
Sua jogabilidade é sem graça e, o que salva a ideia do jogo é justamente as cenas entre as missões e os vilões bizarros. De resto, o jogo pode facilmente passar batido. A não ser que você goste de uma zoeira de primeira. Aí, sugiro mesmo que você jogue o máximo que aguentar. Talvez não seja meu tipo de jogo. Ou só talvez seja ruim mesmo. De toda forma, A Grande Bagunça Espacial pode agradar um ou outro em sua proposta nada ortodoxa.
Lançado em abril de 2016, A Grande Bagunça Espacial está disponível exclusivamente para PC, via Steam, custando apenas R$2,19. Não há nota no Metacritic.
*Cópia fornecida pela desenvolvedora.