A Codemasters trouxe para os fãs de Fórmula 1, um novo passo para os jogos desse tão competitivo esporte. Esse passo foi dado com o F1 2010, o título que mudou completamente o foco da franquia, dando aos fãs da competição uma experiência nunca antes vista.
Em F1 2015, foi lançado o primeiro título para a oitava geração de consoles. Apesar do fracasso, foi o primeiro tijolo pra construção de um jogo que vem se superando a cada ano. No último título lançado, em 2017, tivemos um game com qualidade inquestionável, o que aumentou nossas expectativas. Resta saber se a Codemasters manterá o nível em F1 2018. Foi dada a largada para mais um review do Jornada Geek!
O legado de F1 2017
Um jogo anual tem a difícil missão de sempre se superar. E tem feito isso muito bem após o deslize cometido na mudança de geração, em F1 2015. No último título, F1 2017, tivemos um ótimo game, que não deixou muitas brechas para melhorias gráficas e nas mecânicas. Mas, sem dúvidas, a Codemasters não errou na mão no lançamento deste ano.
Mesmo sendo um jogo muito parecido com seu antecessor, houveram melhorias sim, e são visíveis. Antes de falar da parte gráfica e jogabilidade, falaremos das corridas. Diferente de outros esportes, a Fórmula 1 costuma ter mudanças entre temporadas, às vezes bem significativas. A mudança mais aparente nesse ano é a implementação do Halo, um sistema de proteção de colisão um tanto chamativo, que com o intuito de proteger a cabeça do piloto, acaba se projetando na visão do mesmo. Felizmente os produtores criaram uma opção que retira a barreira visual, algo excelente para os jogadores.
Todas as mecânicas de balanceamento do veículo, desenvolvimento de partes e leitura das pistas estão presentes, nada foi retirado. Uma novidade é o maior aprofundamento nas questões sociais do seu piloto, suas declarações em entrevistas podem intervir no seu relacionamento com a equipe e construtores, e moldar sua personalidade seja ela de espírito esportivo ou mais carismática.
A realidade nas curvas
Um padrão na série F1 da Codemasters é a direção precisa e realista em comparação aos carros reais. Conforme já dito, as mudanças entre temporadas interferem nas máquinas, e consequentemente na direção delas. Tais mudanças podem ser reparadas pelos jogadores mais atentos, a maior potência pode ser sentida.
Algo que chama a atenção na hora da pilotagem são as curvas, que dão ao jogador uma sensação maior da aderência dos pneus nas diversas condições climáticas, permitindo sentir a força exercida durante uma curva fechada. Mesmo com poucas mudanças, o padrão de qualidade técnica cresceu e tudo funciona como esperado.
A beleza das corridas
A beleza gráfica sempre foi presente nos jogos da série F1 da Codemasters, e no caso de F1 2018 não foi diferente. Além dos belos gráficos já apresentados em F1 2017, novos efeitos estão presentes e as diversas condições climáticas estão mais belas devido a eles. Detalhes nas pistas chamam a atenção do jogador, borracha nas curvas e poças de água são exemplos disso.
Mesmo com novos efeitos, as mudanças gráficas não são tão significativas, algo que é esperado, o motor gráfico é o mesmo, estamos chegando no ápice do uso do hardware atual e seria difícil fazer mudanças tão grandiosas em tão pouco tempo. Os gráficos já estavam bonitos há alguns jogos e as mudanças cabem aos detalhes.
Já vi isso antes…
O modo carreira é um dos mais procurados ao começar o jogo e criar novidades é essencial para manter os fãs entretidos. Quando comecei a carreira tive a sensação de estar jogando o título do ano anterior. Uma mudança pequena aqui ou ali, mas o script foi exatamente o mesmo. A implementação do maior aprofundamento nas entrevistas não foi o suficiente para mim e senti falta de algo realmente novo.
E a presença de carros clássicos não podia faltar, nunca me canso de pilotar a lendária McLAREN MP4/4 de 1988. A novidade que chegou tímida em F1 2013, é de extrema importância para os títulos futuros e principalmente para os amantes saudosistas do automobilismo.
Veredito
F1 2018 mantém a grande qualidade esperada de um título da franquia. Tudo que o faz bom está presente e as coisas novas também. Mesmo com mudanças relativamente pequenas em comparação com outros games da série, tudo que chegou foi muito bem-vindo. Penso que a Codemasters chegou num ponto onde há uma dificuldade em achar pontos específicos nos quais poderiam aprimorar e só descobrimos eles quando mudam. O modo carreira traz pouca novidade em relação à F1 2017, com as maiores mudanças do jogo tendo sido feitas pela própria nova temporada da Fórmula 1. Tais fatos não tiram o mérito de ser um ótimo jogo.
F1 2018 está totalmente traduzido e dublado para Português Brasileiro, e tem o lançamento marcado para o dia 24 de agosto, com versões para PlayStation 4 por R$229,99, Xbox One por R$ 230,00 e PC, via Steam por R$109,99.
*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.